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Confira nossa análise de Quantum Break

“Quantum Break” chegou esta semana para Xbox One, mas como recebemos uma cópia para uma analise antecipada nosso review chega praticamente junto com o game. Então sem enrolar muito vamos ao que interessa.

Gráfico

O game sempre demonstrou que os gráficos apresentados não seriam um problema, claro que algumas pessoas ainda podem criticar o que vinha sendo apresentado, mas eu particularmente nunca tive dúvidas quanto à qualidade.

Grafico

Geralmente quando um jogo é um exclusivo esse quesito é sempre muito bem desenvolvido já que a empresa responsável pelo console, nesse caso a Microsoft, não quer que um trabalho inferior seja apresentado pra não colocar em dúvida a qualidade do seu produto.

“Quantum Break” possui uma qualidade indiscutível tanto na modelagem de seus personagens como do ambiente e ainda possui um fator positivo que é a destruição do cenário. Por diversas vezes durante o game verá aquela parede de madeira que você está utilizando para se proteger simplesmente ir ao chão devido aos tiros de seus inimigos. Isso pode até ser um detalhe pequeno, mas que por vezes é muito criticado quando não acontece em outros jogos, como por exemplo, em “The Division”.

Outro pequeno detalhe que vale a pena ressaltar é o gráfico que representa algum tipo de distorção no tempo, no game chamado de colapsos, sempre que ocorre algum tipo de distorção temporal (comuns durante o gameplay) você claramente irá identificar tal fenômeno, primeiro porque geralmente tais eventos paralisam todos a sua volta, mas principalmente por conta dos bonitos efeitos onde as pessoas, objetos ou animais ao seu entorno parecem estar se decompondo em forma de pixels.

Grafico 2

Mas como nem tudo é perfeito eu tenho uma pequena ressalva a fazer neste quesito. Durante o gameplay o personagem Paul Serene é apresentado em duas “versões”, sendo um que representa o mesmo mais novo e o segundo sendo o personagem mais velho, mais experiente e é na primeira versão que eu tenho uma pequena crítica a fazer. A modelagem do personagem é praticamente igual, mas o que chama a atenção são os cabelos que no mais novo apresenta uma modelagem no mínimo questionável, com uma aparência bastante artificial e com um brilho desnecessário que faz parecer que o cabelo seja quase que reflexivo.

Combate

Uma das minhas curiosidades ao colocar as mãos nesse jogo era como iriam se desenrolar os combates, tendo em vista as habilidades de controle do tempo que Jack possui e te garanto que fui positivamente surpreendido aqui.

O sistema de combate é cheio de alternativas com diversos botões podendo ser utilizados, onde cada um deles libera um certo tipo de habilidade diferente como por exemplo, paralisar um inimigo, gerar um escudo de tempo ao redor de Jack, criar um explosão temporal que atingi a todos em uma determinada área, etc.

Combate

Pode parecer bastante complexo, mas o jogo apresenta um sistema de evolução que vai inserindo tais habilidades durante o decorrer da jogatina o que faz com que você tenha tempo de se adaptar a cada uma delas e principalmente para que possa aprender qual a melhor situação para utiliza-las.

À medida que as habilidades vão sendo liberadas o sistema de combate vai se mostrando bastante dinâmico, criativo e divertido já que a cada nova batalha ou mesmo quando se há a necessidade de se repetir algo, você pode encarar o desafio de uma maneira diferente, usando uma outras habilidade e uma estratégia diferente.

Os problemas neste quesito ficam por conta do sistema de cobertura e a variação de inimigos. O sistema de cover neste jogo é automatizado, ou seja, não existe um botão que deva ser pressionado para que o personagem assuma uma cobertura. A ideia foi interessante e na maioria das vezes funciona satisfatoriamente, mas o problema é que você fica constantemente em movimento pelo cenário, mesmo durante as batalhas, de forma que possa buscar uma melhor posição ou situação para utilizar suas habilidades e é nesse momento que as coberturas podem te atrapalhar, aconteceu diversas vezes de estar passando correndo próximo a um carro ou parede e ele assumir a posição de cobertura me deixando vulnerável ou mesmo atrapalhando uma rota até um inimigo que se deslocava pra outro local e eu perdia o “timing” de ataca-lo.

A variação de inimigo está relacionada a pouca quantidade deles, durante o jogo todo você irá encontrar no máximo uns três tipos de inimigos diferentes o que acaba baixando o nível de dificuldade já que fica bastante fácil decorar os padrões de ataques, a melhor forma de se derrubar os inimigos e as melhores habilidades que podem colaborar para enfrenta-los.

Jogabilidade

Junction

“Quantum Break” é um jogo dinâmico onde suas decisões podem afetar alguns fatos e o caminhar da sua jogabilidade. Para que isso funcione foram inseridos no game momentos cruciais onde você precisa optar por dois caminhos a seguir, as chamadas “junctions”. O jogo é dividido em 5 atos e ao final de cada ato você assume o personagem de Paul Serene e é com ele (que tem a habilidade de ver o futuro) que são apresentadas as possibilidades de desenrolar do enredo, evidentemente que as visões de Paul que o jogo te apresenta não demonstram todas as informações claramente, então a cada nova escolha você se pega pensando como a historia vai se desenrolar até aqueles eventos apresentados e principalmente como aquela decisão vai afetar a sua vida como Jack Joyce, se vai dificultar ou facilitar o seu jogo. Além de afetar o seu gameplay as “junctions” possuem outro papel fundamental que é moldar os acontecimentos e cenas mostrados na série que desenrola paralelamente ao game.

Mesmo tentando inovar com essa interação entre o jogo e uma serie, “Quantum Break” aposta em mecânicas já consolidadas no mundo dos games, como por exemplo, um sistema de evolução de personagem e puzzles.

Evolucao

O sistema de evolução não utiliza nenhum tipo de experiência, mas sim um dos tipos de colecionáveis que você pode encontrar durante a jogatina, a fonte de cronum. No game cronum é a partícula que permite a viagem no tempo e você poderá encontrar pelos cenários as fontes de cronum, que são pontos que você pode coletar e depois usar para melhorar as habilidades de Jack.

Os puzzles ou quebra-cabeças do jogo são simples, nada que exija um grau de envolvimento ou raciocínio muito grande, mas o interessante é que a grande maioria deles exige algum tipo de interação com uma de suas habilidades para que possa ser superado, por exemplo, uma porta que se fecha rapidamente e precise de seu poder de parar o tempo para que você tenha tempo suficiente de atravessa-la antes que se feche ou um andaime que está desmontado e a habilidade de voltar o tempo permite que ele se monte novamente permitindo o acesso a um determinado local.

Localização

Esse é um ponto que cada vez menos precisa ser ressaltado nos games, várias empresas estão fazendo excelentes trabalhos no momento de localizar seus games para o mercado nacional e o trabalho aqui não foi diferente.

A dublagem do game é bastante convincente e bem trabalhada e só acaba cometendo alguns deslizes em alguns coletáveis que você descobre e que se apresentam no áudio original e sem a legenda. Vale ressaltar que a versão que foi disponibilizada para a analise é uma versão pré-lançamento e foi nos avisado que o jogo final irá possuir um pacote de atualização para corrigir alguns problemas já encontrados, sendo assim espero que um desses problemas seja esse pequeno deslize.

Bugs

Sinceramente durante a jogatina que fiz do game só encontrei dois problemas que nem sei se posso identificar como bug.

O primeiro deles foi relacionado à taxa de quadros por segundo, em alguns momentos durante a transição de uma “cutscene” e o gameplay, o jogo apresentou um leve travamento da movimentação dos personagens, nada que atrapalhe o jogo, mas com certeza perceptível, se você é um pouco mais exigente neste quesito pode se incomodar.

O segundo problema se apresenta durante os momentos em que é necessário escalar uma plataforma ou mesmo pular de uma pra outra. Por vezes o personagem parece não entender o que ele precisa fazer e basicamente bate com a cara na parede ao invés de se apoiar e subir na plataforma. Tal problema chegou há atrapalhar um pouco a jogatina e espero que o pacote de atualização do lançamento seja suficiente para corrigi-lo também.

Avaliação

“Quantum Break” era um jogo que eu estava esperando muito pelo lançamento devido principalmente a ideia de ter um serie em paralelo com o jogo e pela historia que aparentava ser interessante e bem fundamentada e sinceramente me surpreendi positivamente.

Serie

A web série que se desenrola junto com o jogo é de altíssima qualidade de produção e é capaz não só de responder algumas dúvidas que surgem sobre o que você acabou de jogar, mas também de te deixar intrigado e curioso sobre o que vem pela frente.

A história é muito bem desenvolvida e contada principalmente por dois fatores. Primeiro por conta das explicações dos elementos que fundamentam a trama que não são tão simples e precisam de um certo grau de atenção para serem entendidos para que você não se perca onde os fatos se encaixam, em que tempo aconteceram e possa assim encaixar todos os elementos da trama. Segundo porque a historia possui muitas intrigas, reviravoltas, conspirações e surpresas que fazem com que ela não caia na mesmice e se mantenha assim interessante do inicio ao fim.

“Quantum Break” é um jogo bastante linear e que possui um apelo ao replay muito grande, já que você terá o interesse de saber como o jogo vai se desenrolar se você fizer escolhas diferentes da que tomou da primeira vez. Se você é daqueles que gosta de sair explorando os cenários pode ser que tenha problemas com esse jogo, já que ele te restringe bastante quanto a isso, mesmo sendo necessário certo grau de exploração para encontrar todos os colecionáveis disponíveis.

A Microsoft veio com um exclusivo de peso e principalmente mostrar o tipo de investimento que está disposta a fazer no mundo dos games, “Quantum Break” pode acabar inaugurando uma nova maneira de se experimentar um jogo, aliando diversas mídias no entorno de um único “universo” e que na verdade se completam de maneira uniforme, onde as escolhas e atitudes de um, influenciam no outro.

Enfim, a experiência de jogar “Quantum Break” foi excepcional e ao mesmo tempo clara e objetiva, com uma historia intrigante, um fator replay garantido, uma mecânica de combate divertida e gráficos exemplares. Creio que todos os requisitos foram atingidos para que possa atribuir a ele a classificação Platina.

 

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