Mas a final, quem ganhou a E3?
Pode parecer estranho quando pensamos quem ganhou, se levarmos em consideração que a E3 é uma exposição do mercado de games.
Mas, se pensarmos que esse mercado vem crescendo de forma assustadora, perceberemos que desde que as Publishers começaram com suas Conferências, o objetivo é sempre chamar mais a atenção que seus concorrentes.
A E3 ainda é o momento nessa engrenagem onde todo o mundo, principalmente no Ocidente, se volta para os games, para saber as novidades e as tendências que virão. E tudo isso vale milhões e milhões de dólares.
Por esse motivo, os veículos que cobrem a feira, sempre acabam decidindo os vencedores, os melhores jogos, os mais esperados e etc…
Em 2016 não foi diferente, a cada Conferência, as redes sociais ferviam de pessoas e jornalistas elogiando e criticando tudo o que acontecia. E nós da Gamers, que cobríamos em tempo real, também dava nosso pitacos, gravando logo após cada participação, um podcast com nossas opiniões. Você pode ouvir todos aqui
A E3 2016 foi excelente, uma das melhores que já existiu. A quantidade de bons jogos que chegarão em breve e a qualidade de todos, sem esquecer dos jogos Indie, foi o bastante para percebermos a evolução das produtoras para criarem e adaptarem os games para essa nova geração.
Gostaria de destacar o ponto alto de cada conferências.
A EA que abriu no domingo, trouxe uma apresentação certinha, mas sem nenhuma novidade. Tudo que foi mostrado já era esperado, mesmo assim, o destaque foi para Titanfall 2.
Já a segunda apresentação foi feita pela Bethesda. A empresa parece que tomou gosto pela E3 e não decepcionou neste ano, onde o ponto alto foi ver que Dishonored 2 vem com excelentes mecânicas.
A tão aguardada segunda-feira chegou com a Microsoft com uma ótima apresentação, onde destaco Halo Wars 2. Algumas pessoas podem estranha eu não falar do Scorpio que encerrou a Conferência da Microsoft e eu explico. Desta vez a companhia usou de um artifício que a Sony usa muito: falar de algo que vai demorar um tempo grande para chegar até nós. Sei que muitos ficaram extasiados, mas se pararmos para pensar, não sabemos absolutamente nada de concreto para afirmarmos qualquer coisa sobre esse novo console que só chega em 2017. Fora isso, esse anúncio acabou abafando o verdadeiro lançamento do Xbox One S, que tem várias novidades em relação ao console atual, como mostramos em uma reportagem.
Mais uma vez a Conferência reservada para os Pcs não funcionou. Apesar do esforço, quase nada chamou a atenção e não por causa dos jogos, mas pelo formato das apresentações. Temos que entender que a E3 realmente é um Show e se os Pcs quiserem espaço na feira, vão ter que rever essa forma.
A Ubisoft entrou em seguida. Talvez tenha sido uma das mais fracas da companhia dos últimos anos. Até seu encerramento, sempre marcado por apresentar um novo jogo AAA, desta vez foi surpreendido por um jogo que pareceu muito bom e promissor, mas que ficou longe do esperado. O destaque acabou indo para Watch Dogs 2.
A última da segunda-feira ficou a cabo da Sony. Mais uma vez ela surpreendeu já no início onde tínhamos uma orquestra fazendo as trilhas dos jogos apresentados. Outro detalhe foi que pela primeira vez foi abolido a falação, seja de números ou de diretores e produtores dos jogos. Ela preferiu emendar um gameplay ou trailer atrás do outro, se tornando em certo ponto uma metralhadora de jogos. Apesar de muitos jogos ótimos e muitas surpresas, o meu destaque ficou com God of War.
Já na terça, foi a vez da Nintendo, com seu Direct, mas já sabíamos que falaria quase que exclusivamente sobre o novo Zelda. Mas temos que ser sincero que apesar de simples, ela foi eficiente.
Mas a final, quem é que ganhou a E3?
Se formos analisar friamente, sim, a Sony levou este ano, pois aprendeu a dar o Show que os Gamers querem. Ao mostrar God of War, The Last Guardian, Horizon: Zero Down, ao revelar Resident Evil 7 e a volta de Crash Bandicoot, fez o delírio de muitos jogadores ao redor do planeta.
Em relação ao game da feira, não teve para ninguém. The Legend of Zelda: Breath of the Wild mostrou o quanto esse jogo estava sendo esperado e não apenas pelos fãs da Nintendo, mas por toda a industria, como Shuhei Yoshida, presidente dos Sony Interactive Entertainment Worldwide Studios que não se cansou de tecer elogios ao game.
Mas quem ganhou mesmo fomos todos nós, pois essa E3 mostrou que teremos uma excelente safra de jogos vindo por aí e independente do console, vamos nos divertir muito no final.
E para terminar, diferente do que muitos achavam, as feiras de games estão cada vez mais em alta. A E3 mostrou que ainda é a maior e mais importante, mas que outras já ganham relevância a cada edição como a Gamescom, A Brasil Game Show, a Tokyo Game Show, a Paris Games Week e até a Playstation Experience. E o mais legal, estaremos juntos em todas elas.
E para você, quem ganhou a E3 2016 e qual foi o jogo da feira? Deixe o seu recado.