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Confira nossa análise de Mirror’s Edge Catalyst.

“Mirror’s Edge” era um dos jogos atuais que eu tinha vontade de conhecer pelo simples motivo de ter alguma novidade em sua mecânica, nesse caso, por conta dele ser um game que tem como premissa a utilização do Parkour. Pra quem não conhece, Parkour é uma pratica esportiva destinada a superar obstáculos com rapidez e eficiência, usando todas as capacidades motrizes do corpo humano (não sei se essa explicação ajudou muito, mas enfim).

Gráficos

Antes de falar qualquer coisa sobre os gráficos do jogo eu queria tentar dividir essa questão em duas. Mas como assim? Vamos pensar que estarei analisando esse quesito em dois níveis, onde o primeiro nível engloba a modelagem dos personagens e objetos e o segundo nível exclusivamente pensando nos cenários.

Grafico

No primeiro nível temos um trabalho apresentado com um elevado nível de qualidade. Os personagens possuem suas características únicas no visual, assim como os inimigos que podem ser identificados facilmente devido a suas características de vestimentas de acordo com o seu papel desenvolvido no game.

Passando ao segundo nível é onde, no meu ponto de vista, começam os problemas e o primeiro deles está no “mapa” do jogo, que na verdade é o topo dos prédios da Cidade de Vidro. Aqui eu senti que tudo é muito reflexivo, como seu tudo fosse literalmente polido. Acredito que faltou dar um pouco mais de tom opaco do concreto por exemplo. Da maneira como foi feito, ficou com um tom artificial acima do necessário.

Mapa

Outros problemas gráficos percebemos quando você começa a olhar os detalhes do mapa. Aqui você está se locomovendo no topo dos prédios, vez ou outra, você irá dar uma parada e observar a vida lá em baixo e é aí que grita a diferença de qualidade gráfica do que está apresentado “aqui em cima”. Claramente fica nítido que a desenvolvedora não teve nenhuma preocupação com esses detalhes e simplesmente inseriu gráficos que apenas representassem os elementos que se vê nas ruas, por exemplo, carros.

Jogabilidade

Como eu disse no começo dessa análise “Mirror’s Edge” é um jogo que trouxe uma nova temática para o mundo dos games, mas infelizmente isso não foi apresentado de uma maneira muito eficiente.

O básico de sua movimentação e combate são explicados através de tutoriais que demonstram o funcionamento da mecânica, porém quando você utiliza o sistema de evolução do game não há qualquer tipo de demonstração prática dos novos movimentos que você está adquirindo, ficando a explicação vaga e restrita a um texto que te fala em qual situação você deve usar aquele movimento e um pequeno vídeo que demonstra o que pode ser feito e qual o resultado daquele movimento.

Upgrades

Adicionar esses novos movimentos adquiridos ao seu gameplay é uma coisa que leva certo tempo, até que você consiga se acostumar em que momento pode tirar proveito daquilo que acabou de adquirir. Nesse quesito, eu acho que seria muito mais interessante se o jogo tivesse algum tipo de academia onde o personagem fosse aprender esses movimentos e te colocasse em algum tipo de percurso que simulasse o que você está prestes a comprar. Isso poderia muitas vezes até te ajudar a decidir qual movimento irá comprar primeiro, já que poderia testar a eficiência e praticidade de cada um deles.

Localização

Se você é daqueles que não gosta de um filme legendado certamente você terá problemas com “Mirror’s Edge”, aqui não existe dublagem para nosso idioma tupiniquim e somente a opção da legenda dos diálogos está disponível. Pra mim isso já é bom o suficiente, mas há quem prefira um trabalho completo de localização.

Bugs

Durante a jogatina do game no Xbox One, somente um erro apareceu e infelizmente ele afetou e muito a experiência do jogo. Em dois ou três momentos do jogo fui surpreendido com um travamento total do jogo que só consegui resolver ao fechar o game e abrir novamente. Nem preciso dizer como isso pode ser frustrante durante o seu gameplay e mesmo ocorrendo relativamente pouco durante as diversas horas do jogo é algo chato e que merecia ser ressaltado.

Avaliação

“Mirror’s Edge” tinha tudo para ser um jogo inovador e interessante, porém essa expectativa foi por água abaixo com um jogo bastante repetitivo e com uma mecânica um tanto quanto deficiente e quando digo isso quero ressaltar a falta de auxilio no aprendizado de tudo o que o game pode oferecer.

Os bugs encontrados foram outro fator que me fizeram desanimar um pouco com o jogo, pode parecer pouca coisa, mas ter seu game travado no meio de uma partida, sem qualquer motivo aparente e perder seu progresso desmotiva você a continuar no jogo (pelo menos comigo isso acontece).

Por último, e acho que o mais importante, durante as jogatinas que fiz para poder testar o game, em todas elas, quando parei de jogar e desliguei meu console tive uma sensação de cansaço muito grande, um cansaço mental, uma sensação estranha de estar com a “mente pesada” e tudo isso sem muitas horas seguidas na frente do console. Por diversas vezes já joguei outros jogos por muito mais tempo que “Mirror’s Edge”, como por exemplo, The Division que joguei por 24 horas seguidas no dia de seu lançamento, e nunca havia tido uma sensação como essa antes.

Enfim, agora basta torcer que esse reboot da franquia sirva de aprendizado e que futuramente possamos ter jogos com essa temática mais divertidos e eficientes, porque em meu ponto de vista a mecânica é interessante, mas falta polimento em alguns pontos. Por todos esses motivos “Mirror’s Edge Catalyst” leva o selo Prata.

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