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Confira nossa análise de Breached

Você acorda de uma longa hibernação apenas para descobrir que seu suporte de vida está sem combustível e seu oxigênio está no fim. Você tem 7 dias para colher recursos, consertar tudo e sobreviver. Bem-vindo a Breached, um jogo sci-fi de exploração em primeira pessoa.

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O jogo se passa em uma ilha deserta e inabitada, mas com construções que remetem que era habitada até algo acontecer. A história é totalmente narrada pelo próprio protagonista (e único personagem) em suas várias entradas de diário, o que a torna completamente interpretativa, não há uma única verdade e cada um vai acabar entendendo um pouco da sua maneira, o que eu acho ótimo, e é uma estrutura muito própria de jogos exploração (ou walking simulator) como esse.

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A jogabilidade é feita totalmente pelo mouse, tanto para fazer as ações na base quanto para controlar o drone que coleta recursos para você no mundo de fora. A cada dia você tem 100% de energia (alguns dias menos) e cada ação gasta uma porcentagem de energia do seu personagem que só restaurada dormindo e passando o dia. Soltar um drone para coletar recursos, por exemplo gasta 40% de energia.
Falando em drones, a maior parte de real jogabilidade se dá quando você tá controlando eles. É pelos “olhos” deles que você explora o mundo e pelas “mãos” deles que você coleta recursos. Mas temos aqui dois poréns:
Primeiro que tem várias esferas de energia que queimam completamente os circuitos do seu drone quando entram em contato com eles. Eles são o “inimigo” do jogo, e seu posicionamento e comportamento no mapa deixam uma suposição no ar sobre sua real natureza que não vou dizer aqui, vou deixar a cargo de vocês. Mas ainda que tenham uma explicação, acho que a sua existência em um tipo de jogo como esse é desnecessária. Nem todos os jogos precisam de um inimigo, ou do perigo de morte e falha para que possam ser válidos. Claro que eles estão lá para impedir que o jogador explore infinitamente, mas poderiam ter outros mecanismos que poderiam cumprir a mesma função, como combustível pros drones ou acidentes naturais.
Segundo, o jogo tem apenas 3 mapas, e como cada drone só pode levar 3 recursos, você vai precisar revisitar muuuito os 3 mapas nos 7 dias que você tem, tornando o jogo um pouco repetitivo.

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Os gráficos são bonitos, ainda que ultrapassados para a atual geração, mas se tratando de um jogo indie, não deixa nada a desejar. A trilha sonora é ótima e faz com que a imersão seja completa. Você se sente totalmente dentro do jogo o tempo todo, o que é um aspecto fortíssimo do jogo.
Breached é um jogo indie, imersivo, curto, com bastante exploração de belíssimos cenários desérticos e uma história intrigante. Pesando os aspectos positivos e negativos ele merece o selo Prata da Gamers e Games.

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