Fomos conferir o último jogo de uma das maiores franquias de games, e encontramos uma ótima surpresa. Depois do fraquíssimo X e Y e do agradável porém previsível Omega Ruby e Alpha Sapphire, Pokémon retorna mostrando porque faz parte da nobreza dos games.
Dessa vez você é um treinador recém-chegado na região de Alola, vindo de Kanto (e as referências a Kanto durante o jogo são muitas, seria um prenúncio de um remake dos primeiros jogos?), e o Professor Kukui, que por acaso também é seu primo, diz que você deve ir pegar seu pokémon inicial com o Kahuna da ilha.
Uma pequena pausa para explicar: Alola é a primeira região da série principal a não ter um Liga; ao invés disso cada uma das 4 ilhas tem um Kahuna, que são líderes políticos e religiosos, que também testam os treinadores passando pelo Desafio das Ilhas. Abaixo dos Kahunas estão os Capitães, que aplicam testes aos desafiantes. O desafiante deve passar pelos testes de todos os capitães da ilha antes de desafiar o Kahuna da mesma e passar pelo grande teste. Ao passar os grandes testes dos 4 Kahunas, o desafiante deve então vencer os quatro novamente sucessivamente, se tornando assim o grande vencedor do desafio das ilhas.
Você pega seu pokémon inicial com o Kahuna de Melemele, mas não sem antes salvar sua futura amiga Lillie e seu pokémon Cosmog. Você logo conhece também seu rival bobalhão Hau, neto do Kahuna. A história segue no mesmo ritmo dos outros jogos da série: você completando seus desafios, capturando pokémon e batendo na equipe vilã da vez, Team Skull. Mas, chegando perto do final, algumas reviravoltas chocantes acontecem e partes muito comoventes que me deixaram com lágrimas nos olhos (pela primeira vez em um jogo de Pokémon).
O jogo está muito agradável, ainda que o começo seja demasiadamente fácil, com os treinadores inimigos usando no máximo 2 pokémon nas duas primeiras ilhas. Mas a dificuldade no final fica na medida certa (na verdade talvez até um pouco difícil), isso contando é claro que você desligue o Exp Share que você recebe logo no começo, e que deixa o jogo inteiro muito fácil por dobrar a experiência que você recebe. O jogo também conta com 3 mini-games: o Poké Finder, onde você tira fotos de pokémon selvagens em busca de likes; o Festival Plaza, um lugar pra interagir com outros jogadores de Pokemon pelo mundo, no mesmo estilo do Join Avenue do Pokemon Black e White; e o meu preferido, o Poke Pelago, que lembra bastante joguinhos de celular que você faz alguma tarefa e espera horas para ela ser concluída, mas que faz com que você use pokémon que ficariam pegando pó no seu box, e você pode conseguir itens, berries e até treinar eles!
Os gráficos estão lindos como já eram, apesar que às vezes no Poke Finder dá pra ver alguns pixelados, e os lags na batalhas em dupla continuam. É um pouco frustrante também que tenham tirado quase que totalmente o 3D, algumas partes realmente precisavam do 3d para reduzir o pixelado. Quanto à trilha sonora, é de longe a melhor de todos os jogos de Pokémon, simplesmente fantástica! Destaque à música havaiana do começo, ao rap do Team Skull e a música de batalha contra os Tapus (guardiões das ilhas). Deem uma ouvida aqui para ter uma noção:
Por superar todas as expectativas, apresentar uma história incrível, trilha sonora lindíssima e novos pokémon ainda melhores, além de mini jogos super viciantes, não podemos senão dar o selo Platina para esse marco dos jogos portáteis de 2016.