Imaginem um mundo pós-apocalíptico, onde a Terra é dominada por máquinas que se parecem com certos animais e os humanos não são mais a raça dominante e sim os dominados.
Agora vivendo em tribos isoladas, sem nenhuma tecnologia para ajudar, onde certas crenças e valores são discutíveis, mas a sobrevivência é o primordial num mundo dominado também pela natureza que triunfou novamente sobre os humanos.
É neste cenário que conhecemos uma recém-nascida chamada Aloy, que por não ter pais é expulsa da tribo Nora e passa a ser criada por Rost, um exilado.
E, de todos os pontos positivos que Horizon Zero Dawn tem, a história é a que mais se destaca. Acompanhar a evolução da personagem, a sua procura por respostas, os seus embates com as máquinas e acima de tudo sua descrença no mundo que vive, faz com que não queiramos deixar o controle do lado até sabermos mais e mais dos muitos mistérios e histórias que temos para descobrir no game.
Aloy não é uma personagem qualquer. A Guerrilla Games criou um personagem com alma e determinação e mais importante, uma figura feminina, se destacando em um mundo machista que ainda é o mercado de games.
Apesar de o game ser em mundo aberto, e denominado como um RPG Action, percebemos que a Guerrilla bebeu de várias fontes para compor seu jogo, principalmente em jogos de ação. Não tem como em determinados trechos não lembrarmos de “The Witcher 3”, “Far Cry Primal” se pensarmos no lado RPG, ou Tomb Raider, pela personagem feminina e determinada, ou até mesmo por “Monster Hunter” lembrando da caça aos monstros.
Mas o jogo não é uma cópia. Não mesmo. Ele apenas reuniu o que os games tem de melhor e montou um sistema simples de evolução de personagem e armas, sem a necessidade de perdermos tempo com coisas chatas ou missões repetitivas.
Nisso Horizon dá um show. A variedade de missões secundárias é bem grande. Além de aprendermos um pouco da história nessas missões, percebemos que elas não são apenas “Vé até lá e me traga isso”. Não. Há diferentes objetivos que temos que completar, mostrando que jogos de mundo aberto, não necessariamente precisam ser chatos.
Uma coisa que nos chamou a atenção foi a dificuldade do jogo. Isso foi muito bem dosado pelos produtores. Em nenhum momento o game é fácil, mas longe de ser difícil a ponte de em algum momento querermos parar tudo por aborrecimento em não vencer um desafio.
E os desafios são outra atração a parte. Aloy não é um Rambo. Ela foi criada para ser uma caçadora com poucos recursos a lutar contra máquinas que são espertas. Ela terá que aliar sua inteligência, com furtividade e as armas corretas para derrotar as máquinas.
E não são poucas as máquinas a enfrentar. Teremos inimigos de todos os tipos e variedades, cada qual com características únicas, tornando ainda mais difícil de vencê-los.
Aloy pode realizar ataques com armas, principalmente com seu arco, mas também conta com seus ataques físicos podendo ser um ataque forte ou outro veloz. Ela pode usar o cenário a seu favor, podendo subir em montanhas ou plataformas e até realizar ataques pelo alto.
Como todo jogo de RPG, ao jogarmos e também completando as missões secundárias, vamos acumulando pontos de experiência, que nos permite a evolução do personagem e também das armas.
Em relação ao personagens, existem 3 tipos de evolução: Ação Furtiva, Combate Físico e Sobrevivência. As armas e poções também permitem evolução, como também a quantidade de itens para armazenamento e as roupas.
Desde os primeiros trailer, já percebíamos que Horizon Zero Dawn seria um jogo muito bonito, mas sinceramente poucos acreditavam que ele pudesse se tornar um dos jogos mais lindos do Playstation 4, o que na minha opinião, é o jogo mais bonito criado para o console da Sony.
A diversidade do cenário, a modelagem dos personagens e criaturas, as cores usadas no game, as paisagens presentes, tudo recriado com uma perfeição digna dos mais altos elogios. Nesse quesito ele está perfeito para o PS4 normal. O jogo roda totalmente estável e fluído, sem queda de frame rate , mas devemos ressaltar que o jogo fica ainda mais lindo se jogar em um Playstation 4 Pro usando uma TV 4k com suporte a HDR.
A trilha sonora também é outro ponto alto. Ela se encaixa muito bem em cada fase do jogo, fazendo que mergulhemos ainda mais na imersão . Os sons do ambiente e das maquias são espetacular.
E a Sony mais uma vez provou que está se dedicando muito aos Gamers brasileiros. O jogo está totalmente localizado para nosso idioma, seja na legenda, menus ou dublagens que ficaram ótimas.
Mas, até Horizon tem seus pequenos problemas. Podemos perceber que em algumas CGs, os diálogos não estavam sincronizados e que as flechas simplesmente desaparecem quando Aloy guarda o Arco em suas costas. Outro detalhe são alguns roteiros em missões secundárias que poderiam ser mais trabalhados. Mas sinceramente, nada que tire o brilho do game.
Se a Guerrilla queria um desafio, com certeza ela provou que é um estúdio muito maior do que apenas Killzone. Mais do que isso, provou que jogos em mundo aberto podem ser criativos e contar uma história, sem a necessidade de ser repetitivo. Que gráficos e uma boa história podem andar juntos em um jogo.
“Horizon Zero Dawn” mostra que mesmo os RPGs ainda podem evoluir . Que sem criar algo novo, a mistura de estilos de jogos pode sim dar liga e se tornarem um jogo interessante e divertido. Com certeza atingimos um novo patamar que esperamos que vários jogos possam não só alcançar, mas até mesmo passar.
Por tudo isso, Horizon Zero Dawn leva nosso selo de Platina, sendo um jogo obrigatório para quem gosta do estilo e tem um Playstation 4.
Confira nossa Vídeo análise>
https://gaming.youtube.com/watch?v=hRYMI_6bMeI&feature=share
Se quiser conhecer mais do jogo, veja a nossa Live:
https://www.youtube.com/watch?v=S2YvheK1mM8&t=6696s