Em 2015 a SUPERMASSIVE GAMES nos presenteou com uma obra prima chamada UNTIL DAWN.
Com gráficos realistas, uma trama bem elaborada, onde cada decisão tomada moldava o destino dos personagens, o jogo de terror adolescente nos levava à Blackwood Pines Moutain, uma montanha onde a neve predomina a maior parte do ano.
Durante a história de UNTIL DAWN, acabamos conhecendo o Sanatório de Blackwood, palco principal do jogo The Inpatient, produzido exclusivamente para o Playstation VR e um dos lançamentos mais promissores de 2018, mas será mesmo que a espera e toda a expectativa valeu a pena?
Confira agora!
Caso preferir você pode acompanhar a análise em vídeo:
A História
Ao começar o jogo temos as opções de escolher o sexo masculino ou feminino, e também escolher o tom da pele, isso não influencia em nada na história, a única diferença é que seu companheiro de quarto será do mesmo sexo que o seu e alguns diálogos mudam, nos tratando como homem ou mulher.
O jogo se passa em 1952 e começa com nosso personagem preso à uma cadeira, onde está sendo submetido à alguns testes em uma das salas do Sanatório de Blackwoods.
Após uma breve conversa com nosso médico, somos levados de volta ao nosso quarto, sem lembrança de quem somos ou porque estamos ali.
Uma novidade legal fica na parte das decisões que tomamos, assim como em Until Dawn, cada resposta pode mudar o rumo da trama, mas a diferença é que The Inpatient tem reconhecimento de voz, ou seja, quando alguém nos pergunta algo aparecem duas frases como opções, ao invés de selecionarmos com o botão, podemos falar a frase e o jogo a reconhecerá como resposta, aumentando mais ainda a interação com a história.
Gráficos
A qualidade gráfica do jogo surpreende, mas não chega a ser tão bonita quanto “Batman Arkham VR”, “Resident Evil 7”, e até mesmo “London Heist” (aquele que vem na coletânea de jogos “PlayStation VR Worlds”), para mim considerados os jogos mais bonitos de VR até agora.
O sanatório é muito bem feito e com muitos detalhes para apreciar, Infelizmente a maior parte do jogo é bem escura, impossibilitando de ver todos esses detalhes devido à nossa lanterna de luz fraca.
Os poucos personagens que existem no jogo se parecem bem reais, mas os movimentos deles ainda nos lembram bonecos sem vida, diminuindo um pouco a imersão que a realidade virtual nos traria.
Som
Um dos pontos altos do jogo é o som, ou melhor, a “falta dele”. Para aumentar a imersão, os sons que mais ouvimos são de pacientes gritando e médicos conversando, afinal estamos em um sanatório.
Essa fórmula nos leva ao suspense, que provoca o medo de levar sustos e de estar completamente sozinho em um lugar apavorante e silencioso.
Devo ressaltar que a dublagem em português é de ótima qualidade, e dá personalidade aos personagens.
Controles
Um dos pontos ruins desse jogo são os controles.
Temos a opção de jogar com o DualShock 4 ou com os controles MOVE, e na minha opinião ambos tem os seus problemas por acabaram diminuindo a sensação de “estar dentro do jogo”.
Com o controle DualShock o analógico esquerdo faz nosso personagem ir para frente e com o direito viramos a câmera, isso é bem similar à outros jogos em primeira pessoa, o problema aqui é que não conseguimos interagir com nada no cenário além dos itens pré determinados, pois não temos a liberdade de mexer nossos braços.
Falando em braços, sim temos braços e também um corpo!
Pra quem joga a algum tempo no PlayStation VR (ou qualquer outro dispositivo de VR) é bem comum ver jogos onde só aparecem nossas mãos, e sempre ficamos com aquela pergunta: Porque diabos não fazem braços ou um corpo?
Com os controles MOVE podemos mexer livremente nossos braços, eles não atravessam as paredes, batem embaixo das mesas e às vezes atrapalham um pouco, mas estão lá.
Os movimentos são limitados a apenas quatro botões, os dois gatilhos que servem para fechar as mãos possibilitando pegar vários itens no cenário, o que não é possível com o dualshock, e os dois botões Move, onde o botão do controle esquerdo faz nosso personagem andar para frente e segurando o botão do controle direito nos faz virar para esquerda ou direita com um leve movimento do controle para essas direções.
Demora um pouco para se acostumar, mas a melhor opção são os controles MOVE.
Veredito
Confesso que estava muito ansioso para jogar The Inpatient, pois os holofotes estavam todos em cima dele desde que foi anunciado, infelizmente me decepcionei mais uma vez por ter uma expectativa muita alto em um jogo mediano.
Quase não há sustos, e a história não surpreende, apenas mostra de forma muito tímida como foram os últimos acontecimentos antes do Sanatório ser fechado.
É possível terminar o jogo em menos de duas horas e meia (que é um tempo bem curto para um jogo de 40,00 dólares ou 150,00 reais na PlayStation Store) , mas além do tempo curto e um breve replay para pegar todos os troféus, dificilmente você voltará a jogá-lo.
Vale a pena esperar alguma promoção antes de comprá-lo.