Dandara – Confira nossa análise

Dandara foi criado pela desenvolvedora brasileira Long Hat House e distribuído pela Raw Fury e está atualmente disponível para PC, Playstation 4, Nintendo Switch, Smartphones e Xbox One. Esta análise foi feita com a versão de PC.

“O Sal já esteve em plena paz. Criação e Intenção fundiam-se em crescimento e aprendizado, mas como câncer, uma ideia dourada cresceu. O equilíbrio se rompeu, e veio a opressão. Mas então, no Berço da Criação, uma nova esperança acordou. ” E é a partir desta premissa que o jogador assume o papel da protagonista Dandara, com o objetivo de salvar o Mundo de Sal.

A jogabilidade encontrada em Dandara tem mecânicas inovadoras dentro do já conhecido gênero “metroidvania”, onde o jogador percorre diversos ambientes coletando melhorias para seu personagem para poder prosseguir. As habilidades de Dandara tomam conta da mecânica do jogo, a protagonista pode se movimentar pelo chão, parede ou teto sem se preocupar com a gravidade, seu poder de ataque consiste nas flechas da liberdade, que atira três flechas de energia que possui um curto-médio alcance. O jogador deverá utilizar estas habilidades para se movimentar entre os cenários, desviar de inimigos e atacá-los. Apesar de inovadora a mecânica não é otimizada para o uso do mouse, o que pode dificultar a progressão do jogador por ter diversas partes onde tempo e agilidade são cruciais.

O jogo possui uma progressão de dificuldade um pouco alta levando em conta que não possui explicações além de como se movimentar e atirar. Conforme o progresso, o jogador irá coletar “Apelos de Sal” que servem como recursos para melhorias, como aumento de resistência – que pode ser lido como pontos de vida – aumento de energia, para ataques especiais e da Essência de Sal e da infusão de Sal, que servem como uma poção de vida e uma poção de energia, respectivamente. Porém as melhorias não são efetuadas a qualquer momento, apenas em acampamentos espalhados pelo mapa e somente nestes é possível recuperar seus pontos de vida. Como se não bastasse, caso o jogador perca todos os seus pontos de vida em algum dos ambientes, ele não somente voltará ao acampamento mais próximo, como perderá todos os seus Apelos de Sal já coletados, e para recuperá-los deverá voltar para o ambiente em que foi derrotado e absorver uma espécie de “essência” que permanece no local, mas caso perca seus pontos de vida no caminho até a essência, terá perdido todo seu recurso coletado.

Os visuais do jogo não deixam a desejar, feito em pixel art e altamente detalhado em ambientes como cidades, casas, museus e até florestar ajudam a criar uma boa ambientação junto com trilhas dedicadas a cada ambiente.

Algumas referências interessantes da cultura brasileira podem ser encontradas durante o progresso como a obra Abaporu de Tarsila do Amaral, que faz parte do jogo como uma personagem nomeada Tarsila. Apesar de não construir uma grande narrativa, Dandara é o tipo de jogo feito de mecânicas que podem agraciar jogadores que adoram um desafio, mas também frustrar jogadores casuais.

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