Mooseman (Homem Alce) é uma aventura narrativa e atmosférica 2D com elementos de puzzles produzido por um pequeno grupo de entusiastas da cidade de Perm na Rússia chamado Morteshka.
A história em que o jogo se baseia:
Mooseman é um personagem que tem sua origem nos objetos do estilo animal de Perm. Esses objetos fazem parte da antiga cultura étnica de Ural, um imenso território situado no centro da Rússia que liga a Europa à Ásia. Os objetos de Perm são estilosos artefatos feitos de bronze, cobre, madeira e ossos com desenhos e entalhes dos mais variados animais, pássaros, peixes e humanos, e foram encontrados ao longo dos tempos nesse território. Há muito mistério por detrás de seus verdadeiros significados, mas acredita-se que eles representam a percepção dos povos antigos sobre o universo e o lugar do homem dentro dele.
A estória do jogo:
O jogo se passa nas misteriosas terras das tribos anciãs Finno-Úgricas de Ural e você controlará o Mooseman, um xamã com o poder de ver além do mundo físico e enxergar um plano espiritual habitado por diversas criaturas fascinantes, e o acompanhará em uma jornada através dos planos de criação enquanto encontra artefatos e resolve os mistérios acerca do folclore dessas tribos.
Os planos de criação são três e foram criados pelo Deus Yen, o criador do mundo. O primeiro plano é o Mundo Inferior que é destinado aos espíritos ancestrais; o segundo é o Mundo Médio, habitado pelos humanos; e o terceiro é o Mundo Superior, a casa dos Deuses.
O jogo, sua mecânica, gráficos e sons:
Esse jogo é bem diferente e único, e apesar de ser basicamente um jogo 2D de progressão lateral com ênfase narrativo, você encontrará bastantes desafios até sua jornada terminar.
Os controles são bem básicos. Só o que você precisa é do X para alternar entre os mundos físico e espiritual; o botão O para acionar uma espécie de campo de proteção; e os botões L1 e R1 para ler mensagens encontradas nos totens e colecionáveis, isso com base no controle do PS4, para os demais sistemas basta substituir por equivalentes.
A parte narrativa do jogo se dá basicamente ao ler os Totens que oferecem uma explicação sobre o que está acontecendo na estória. Você pode jogar em vários idiomas, mas não em português, infelizmente. Ainda assim é possível completar o jogo, mas a estória não será entendida em sua plenitude. Algo que poderia ter sido melhor desenvolvido é o menu. O menu é importante para você acessar as informações coletadas, mas é bem chato de se navegar.
Você encontrará muitos puzzles durante sua jornada. Alguns são bem simples de resolver, outros já trazem bastante desafio e, portanto, será fundamental prestar atenção na parte visual e sonora. Os puzzles não estão relacionados somente à progressão do jogo, mas também aos colecionáveis (as figuras dos objetos de Perm), e se você quiser platinar o jogo, terá que encontrar as 52 figuras espalhadas pelo jogo. Isso pode tornar o jogo mais divertido e aumentar sua duração e desafio, já que é um jogo bem curto (e com fator replay baixo) que pode ser completado em menos de três horas tranquilamente.
Além dos puzzles, você também encontrará alguns chefes (os Deuses) bem interessantes e cada um oferecerá um desafio e forma diferente de se pensar para ser vencido. O jogo é dividido em capítulos e as transições entre eles são narradas em um dialeto de Perm, outro aspecto bem agradável.
Os gráficos são muito bem desenhados e lembram bastante o estilo gráfico do jogo Limbo, mas sua paleta de cores mortas é mais variada, criando assim belos cenários e uma estética única.
A trilha sonora (criada por Mikhail Shavachko) é muito atraente e é caracterizada por melodias folclóricas da região de Perm, estilo tribal ou ritualística. Além disso, a parte sonora tem papel importante já que alguns puzzles são sonoros.
Conclusão:
The Mooseman é um jogo para aqueles que gostam de vivenciar algo diferente, que gostam de apreciar uma boa estória, e nesse caso, aprender com ela. É um jogo relativamente curto, mas que sabe onde quer chegar, e o faz em grande estilo.
The Mooseman
Positivos
- Narrativa
- Aspecto cultural abordado
- Arte visual
- Trilha Sonora
Negativos
- Navegação do Menu
- Fator replay baixo
- Falta de legendas em português
