Pixel Ripped 1989 – Uma Viagem ao Passado
Pixel Ripped é um jogo brasileiro criado pela Ana Ribeiro, game designer é natural de São Luis do Maranhão.
Apaixonada pelos anos 80 onde cresceu jogando vídeo games, Ana tenta nos transportar de volta a uma época considerada de “ouro” por muitas pessoas inclusive esta que vos escreve.
O que posso adiantar querido leitor, é que ela fez um trabalho excepcional nesse game!
A História
Tudo estava tranquilo em Farofa Land, Dot estava jogando vídeo game em seu quarto todo pixelado, quando o noticiário interrompe sua diversão. Câmeras flagram o perigoso Cyblin Lord (um Gobblin) roubando a poderosa Pedra Pixel, uma pedra que nos leva a qualquer dimensão imaginável.
Quando Cyblin Lord destrói o teto da casa de Dot – que além de ser uma excelente jogadora, também é a Guardiã da pedra Pixel – ele abre um portal levando caos para outra dimensão.
Imediatamente o Sábio entra na sala e diz que Dot precisa recuperar a pedra Pixel, mas que para isso precisa da ajuda de uma humana… Quê, humana? Sim amigos, Dot é a personagem principal de um game chamado Pixel Ripped que nós humanos jogamos na vida real.
Enfim, Dot precisa da nossa ajuda para pegar a pedra Pixel de volta, e o Sábio acaba encontrando Nicola, uma menina de 9 anos que está jogando Pixel Ripped nesse momento em uma escola Inglesa. Dot entra no portal e vai parar dentro do Gear Kid (uma espécie de Game Boy) da menina e é aí que entra a parte de jogabilidade.
Jogabilidade
O jogo é exclusivo para óculos VR, dentro do jogo nos vemos os braços da Nicola, suas pernas, toda a sala de aula e o mais importante, nosso Gear Kid.
A sensação de estarmos segurando um video game portátil é incrível, os gráficos mostrados nele são tipo os do primeiro Game Boy, aquele com a tela esverdeada, os botões funcionam perfeitamente, bom, perfeitamente pra quem jogou os dificílimos Mega Man, controlamos a personagem com o direcional digital ou analógico, vai se sua preferência, usamos o quadrado para atirar e se segurarmos, Dot corre, o botão X serve para pular. Pixel Ripped é um jogo side scrolling que remete à época dos anos 80 e 90. Mas não é só isso, fora do Gear Kid temos que nos preocupar com a professora linha dura que chama a atenção da classe toda, principalmente de Nicola, que é a pior aluna, para despistar a professora contamos com um tubo de caneta onde atiramos bolas de papel com cuspe nos objetos da sala de aula, assim desviando a atenção da professora por um tempo para podermos continuar a jogar. O destaque mais bizarro fica pra quando jogamos uma bola de papel na lixeira, e aparece um jogador de futebol na sala caindo e depois se jogando pela janela.
Gráficos
A parte gráfica com certeza sofre bastante perda no PlayStation VR, resolução baixa, alguns serrilhados, mas NADA que atrapalhe seu glamour, por isso ainda insisto que os gráficos são nota 10, afinal não é sempre que um jogo consegue realmente me fazer sentir estar dentro dele.
A carteira de Nicola é cheia de detalhes, com destaque para um desenho feito por ela de um Pac Man atrás de um fantasma, revistas sobre games, caneta bic de 10 cores, grampeador, tesoura, tudo muito bagunçado mas que nos remete à uma sala de aula de uma criança de 9 anos mesmo, bem, talvez aquelas crianças problemáticas e bagunceiras (risos).
Os amigos de Nicola não são tão diferentes dela, há um gênio, um dorminhoco, a bonitinha da sala, a cdf e temos até um hamster como companhia. O primeiro, e o quarto estágios são dentro da sala de aula, o segundo é na hora do recreio e o terceiro é na sala do diretor, todos são muito legais e sempre tem um Easter Egg se você procurar bem.
Dentro do Gear Kid é tudo pixelado nos remetendo aos games de antigamente, há várias referências de Alex Kidd, Ghosts’n Goblins e principalmente Mega Man. É lindo e ponto!
Som
O áudio realmente nos remete à década de 1990, o som do Gear Kid é bem parecidos com o som dos video games antigos, Game Boy, Nintendinho, Atari.
O som da sala de aula é bem parecido com uma sala de aula mesmo, crianças conversando, a professora gritando, tudo faz o seu papel de manter a magia de estarmos lá mesmo.
Conclusão
Pixel Ripped com certeza é meu jogo preferido de Realidade Virtual, ele conseguiu me levar de volta para minha infância, quando eu tinha um Game Boy e jogava escondido na sala de aula. O jogo é tão imersivo e nostálgico que terminei em uma jogada só.
O tempo de jogo é mais ou menos de duas horas, o que pra época do Game Boy e Nintendinho era muito tempo. Com chefes de fase que saem da tela do Gear Kid e vão para o mundo real, com o som de 8 Bits, jogabilidade excelente, concedo nota máxima para esse jogo! Parabéns a ARVORE Entertainment e à Ana Ribeiro, que conseguiu me fazer voltar a ser criança novamente.
Confira o vídeo de gameplay de Pixel Ripped 1989:
Pixel Ripped 1989
Positivos
- Gráficos e som
- Divertido, viciante, desafiador e nostálgico
- Ótimos controles
- Imersivo demais
- O troféu LEAP OF FAITH que me deu muito trabalho pra achar (Simplesmente PERFEITO)
Negativos
- Apenas o tracking do controle que se perde da câmera do PSVR e precisa ser ajustado
- Nada mais relevante