Confira nossa análise de Wasteland 2: Director’s Cut para o Nintendo Switch.

Depois de 4 anos, “Wasteland 2: Director’s Cut” finalmente chegou ao Nintendo Switch. Mas, para aqueles que não conhecem, é bom saber que o jogo original chegou ao PC em 1988, mas chegando ao PS4 e Xbox One em 2015.

Para muitos pode o jogo não parecer muito importante, mas sim ele é. O game original, trouxe para a época um mundo pós-pós-apocalíptico que serviu de inspiração para vários jogos, entre eles uma série muito consagrada, que é Fallout.

A história do jogo se passa no deserto do Arizona. Os Estados Unidos entrou em uma guerra nuclear que devastou seu país, e os sobreviventes desta catástrofe tem que, além de sobreviver, lutar contra mercenários, terroristas, ciborgues e até plantas que sofreram mutações.

Para combater tudo isso, você fará parte dos soldados de elite chamados Desert Rangers.

O jogo é um RPG mais tradicional, de turno, onde com certeza a estratégia é fundamental para o sucesso de suas investidas. Já aviso que para os que não estão acostumados com esse tipo de jogo, ao começar o jogo, na criação do seu esquadrão, o melhor é usar o Defaul Squade, para que seu time fique um pouco mais equilibrado. Já aqueles que tem experiência no gênero, pode montar seu esquadrão para os combates.

Um dos pontos positivos do jogo é seu enredo, que começa quando você e seu esquadrão vão atrás dos assassinos de um dos seus colegas. A partir daí, vemos uma boa história, apoiada em uma ótima ambientação e imersão graças a dublagem do jogo. O lado ruim, é que não temos legendas em português, o que pode fazer o jogador cansar um pouco, já que existem diálogos bem longos.

Sua jogabilidade de RPG de turnos mostra que jogos deste tipo não envelhecem, permanecendo muito gostoso as batalhas, principalmente porque a grande sacada da versão Director´s Cut é a possibilidade de mirarmos em pontos específicos de nossos inimigos. Isso nos dá uma boa vantagem que temos que usar para conseguir um exito maior. O grande problema aí é que é perceptível que faltou uma melhor adaptação do jogo ao console portátil da Nintendo.

Quando jogamos, percebemos que as mecânicas foram concebidas para se jogar no PC. Não houve uma adaptação do jogo, apenas sendo um porte. Isso faz que muitas tarefas acabam sendo um trabalhão quando poderiam ter sido facilitados com um simples comando na tela de toque por exemplo.

Outro grande problema é que muitas vezes ao andar pelo cenário, os textos são cortados e não podemos ver partes da história e nos deixando na mão sem informações para prosseguirmos no jogo ou enfrentarmos um inimigo. Ahh, também é bom estar com sua visão em dia. Sim, as fontes do texto acabaram ficando muito pequenas, caso você jogue o console da Nintendo na versão portátil.

Outra coisa que não estamos mais acostumados é o excesso de informação no jogo. Tudo é muito detalhado, mas até demais. Se por um lado é excelente você poder saber tudo sobre seu inimigo ou uma arma, há um excesso de texto que além de cansativo mais nos deixam confuso do que ajuda.

Outro detalhe que mostra que o jogo só recebeu um port, é seu gráfico, que apesar de bonito, fica muito longe de jogos atuais e que muitas vezes torna muito confusa a orientação e a distinção do ambiente e dos inimigos.

“Wasteland 2: Director’s Cut” mostra que RPG de turnos envelhecem bem, mas que não é qualquer port que cabe no Switch. Jogos para o console da Nintendo precisam de adaptação, senão acabam prejudicando experiência nesse console. E foi isso que aconteceu com Wasteland. O game, até pela importância que tem, deveria ter tido um pouco mais de carinho nesta versão para justificar, depois de tanto tempo, uma reaparição em um vídeo-game, ainda mais com as capacidades híbridas que só o Switch tem.

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