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Crítica – Aquaman (Sem Spoilers)

Após pouco mais de um ano sem nenhuma estreia, e com a baixa bilheteria em seu ultimo filme, a DC/Warner retornou em 2018 com Aquaman, mostrando pela primeira vez um universo subaquático nunca visto antes em filmes de heróis em uma aventura divertida e muito, mas muito colorido! (Adeus tom sombrio!).

Apesar do personagem já ter sido apresentado em Liga da Justiça, Aquaman não teve tempo o suficiente para ser desenvolvido, porém o seu filme busca justamente aprofundar a origem de Arthur através de flashbacks espalhados durante o longa e mostrar sua jornada para se tornar rei de Atlântida. Aquaman abandona o tom escuro e sério que havia sido apresentado e utilizado desde Homem de Aço e abraça o tom divertido e despretencioso, relembrando algumas aventuras em filmes como Indiana Jones e até mesmo Star Wars, retratando diversos reinos diferentes com cores vivas que enchem os olhos do público.

Aquaman consegue encontrar sua própria voz durante as duas horas de duração com momentos dramáticos quando precisa, dando o peso necessário para a cena, além de leves toques de terror em certos momentos e principalmente em algumas criaturas. Porém, o filme se aceita em ser exagerado e cafona sem que se torne algo bobo, seja nas piadas, na trilha sonora ou ate mesmo em alguns visuais. As cenas de ação são o ponto alto do filme, com coreografias e cenários incríveis e algumas vezes utilizando apenas a movimentação da câmera sem cortes, fazendo com que o público consiga entender o que acontece nas cenas. A trilha sonora de destaca com batidas aceleradas e vocais eruditos dando a sensação da grande escala do filme, mas também se destaca por utilizar de músicas pop e até mesmo reggae em determinado momento.

Toda a mitologia de Atlântida e os reinos que compõem os oceanos são bem apresentados e explorados, retratando desde a queda de Atlântida e como alguns reinos se desenvolveram enquanto outros caíram. O filme possui um ritmo bem acelerado em seu primeiro ato, porém ao chegar no segundo ato o ritmo é diminuído para que possam aprofundar a relação entre Arthur e Mera e a trama principal, dando a sensação de que demora para a história se desenvolver, mas que é muito bem recompensada em seu terceiro ato em uma escala épica, apoteótica e repleta de ação que não há como botar defeito. O mesmo acontece com a computação gráfica que funciona muito bem debaixo d’água, esquecendo até mesmo que os personagens estão submersos.

Jason Momoa entrega um excelente Aquaman carismático, divertido, que transmite muita seriedade do personagem nos momentos de ação e drama. Todo o arco em volta do protagonista é interessante e bem explorado, sendo hoje difícil imaginar outro ator sendo Aquaman a não ser Momoa. O mesmo ocorre com Amber Heard e Nicole Kidman com suas personagens Mera e Atlanna, ambas possuem uma personalidade forte e grande destaque em tela além de serem muito Badass nas cenas de ação. A relação entre Arthur e Mera demora para realmente engatar, ainda que os dois dividem o mesmo tempo de tela, o desenvolvimento e os diálogos do casal parecem ser forçados no decorrer do segundo ato. Tanto os vilões Arraia Negra como Rei Orm(ou Mestre dos Oceanos como é conhecido) possuem boas motivações, apesar de pouco desenvolvidas, mas que futuramente podem ter um aprofundamento para a franquia.

Aquaman trás uma renovação para os filmes da DC, mostrando uma aventura simples, porém com conceitos importantes e muita ação e diversão. Além disso, mostra que o estúdio está buscando investir em histórias fechadas de seus maiores personagens, valorizando todo o potencial e essência do herói, para, quem sabe em um futuro, poder conectar com outros heróis.

P.S: O filme possui uma cena pós créditos, então fique de olho!

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