Analisado no Xbox One X
Com certeza desde o ano passado os primeiros meses do ano vem se tornando um momento propício para a chegada de grandes jogos. Em 2019 não está sendo diferente. Um dos jogos mais esperados do ano chegou no último dia 25 as lojas trazendo o mais novo clássico do Survive Horror.
Lógico que estamos falando de Resident Evil 2 Remake, que traz, 21 anos depois do seu lançamento original, o mesmo sentimento que tivemos quando o jogo original chegou ao Playstation.
Era até difícil de saber o que esperar deste Remake. Ao mesmo tempo que já tínhamos a noção de que o jogos estava excelente (nós da Gamers testamos o jogo em um evento da Capcom), sempre vinha o medo de que essa nova versão pudesse não estar a altura do game original, que é um clássico e, pra mim o melhor jogo da franquia.
Mas a Capcom não decepcionou, mostrando que trabalhou sério e arduamente para que mais uma vez sentíssemos a sensação de medo e pavor que só o RE original dava, mas agora no Playstation 4, Xbxo One e PC.
Mas vamos começar mencionando que o novo Resident Evil realmente é um remake. Ou seja, o jogo todo foi feito do zero. Isso se nota em tudo, jogabilidade, dublagem, áudio, gráficos. Mas não se preocupe, apesar de tudo novo, o resultado final é o mesmo Resident Evil do passado, começando pela história.
Sim, apesar de algumas nuances serem diferentes do original, estaremos na pele de Leon S. Kennedy e Claire Redfield em duas histórias diferentes e distintas, mas que se cruzam em alguns pontos da trama. Leon chega a Raccoon City para o seu primeiro dia de trabalho, mas se depara com o caos de uma epidemia que assolou toda a cidade. Já Claire se encontra com Leon por acaso, indo a cidade a procura de seu irmão Chris, também policial e protagonista do primeiro jogo.
O mais interessante nessas histórias, é que apesar de acontecerem quase no mesmo lugar, encontraremos vários inimigos diferentes, áreas também diferentes e conheceremos personagens diferentes nas campanhas de Leon e Claire. Como disse anteriormente a Capcom foi muito inteligente em mudar algumas coisas na narrativa e nos personagens, nos mantendo ainda mais interessado em continuar no game. Dou como exemplo Mr. X e o vendedor de armas, que agora receberam elementos a mais de história. No geral, todos os personagens do original estão aqui, mas agora se tornando muito mais interessante e importante para o game.
Já em Raccoon City, dominada por hordas de zumbis, teremos que enfrentarmos nosso inimigos solucionando vários quebra-cabeças, uns fáceis e outros mais difíceis, além de ter que controlar bem nosso inventário e munições para sairmos vivos dessa. Uma das mudanças nesse sentido foi a faca, que agora não é mais infinita e vai se desgastando conforme a usamos e tudo isso nos deixa em pânico.
E é nesse ponto que a Capcom se superou. Explico. Quando pensamos que esse novo jogo está definindo mais uma vez o gênero Survive Horror, pode ter certeza que não é só por causa dos Zumbis. Lógico que os zumbis são parte importantes nesse aspecto, e tenho que concordar com um amigo que disse na Live que fiz do jogo, que “Isso é um zumbi de verdade”. É verdade, apesar de zilhões de jogos colocarem Zumbis, mais uma vez RE2 Remake nos diz: Era Zumbi que vocês queriam…tomem. Porém, há muito mais. A ambientação que o jogo trouxe está ótima, ajudado pela trilha sonora e apoiado em um pilar que nos deixa apreensivos o tempo inteiro: a gestão de inventário.
Em relação a gráficos, o jogo está exuberante. Sim, todo o tratamento de imagem e iluminação foi feito com bastante detalhamento, isso tudo graças ao motor gráfico RE Engine. O nível de detalhamento do cenário chega a impressionar. Outro detalhe muito importante é a câmera. Sim, agora ela está como nos jogos de ação em terceira pessoa, ou seja com a câmera em cima do ombro do personagem. Já o áudio consegue nos passar todo o clima aterrorizante da cidade, com barulhos e uma trilha que só de lembrar já nos causa calafrios. O personagens foram muito bem recriados, não apenas dos chamados humanos, mas também os zumbis que ficaram fantásticos.
Outra adição ao jogo foram os novos modos: O 4º Sobrevivente e o Tofu Sobrevivente. Apesar de serem legais para algumas jogatinas, não é algo que faça o jogar querer ficar rejogando sempre. Outro modo que irá chegar ao game será o Resident Evil 2: The Ghost Survivors, que será gratuito, mas que no enquanto estávamos fazendo o review deste jogo ainda não estava disponível.
Apesar de ser um ótimo Remake, Resident Evil Renake traz sim alguns problemas. Para os mais saudosistas e puristas, a nova versão deixou algumas coisas importantes do jogo original de fora, como alguns inimigos e cenários. Outro detalhe que percebemos é que apesar de histórias distintas entre Claire e Leon, muitos quebra-cabeças foram usados nas duas campanhas, o mesmo acontecendo com alguns chefões. Isso acaba frustrando um pouco o jogador. Já em relação a história, percebemos que ainda existem buracos na ligação das duas histórias, chegando ao final de uma forma abrupta.
Mas não tem como negar que o Remake conseguiu sua maior façanha. Em 2019, 21 anos depois do lançamento de Resident Evil, o jogo faz o mesmo, revolucionar o gênero Survive Horror.
Confira nossa live de Resident Evil 2 Remake: