Final Fantasy VIII Remastered – Demorou, mas ele veio com estilo | Análise
Analisado no PlayStation 4
Em 1999 eu tinha uma tremenda expectativa para o lançamento de Final Fantasy VIII, tendo em vista que o seu antecessor era o melhor jogo que eu havia jogado até então, ainda mais com as novidades que jogo iria trazer na parte gráfica, um salto de qualidade absurdo para a época, a possibilidade do seu grupo de personagens ser todo visível na tela durante a gameplay e por ai vai. Hoje em dia detalhes assim são praticamente imperceptíveis e insignificantes, mas para aquele garoto de 14 anos a espera de uma nova aventura em Final Fantasy aquilo era suficiente pra criar uma expectativa tremenda.
Quando tive a oportunidade de sentar em frente ao meu Playstation e começar a jogar aquele jogo a sensação de estar de frente a algo completamente novo era espantosa, a cada nova cena ficava perplexo com a qualidade e como aquele jogo atendia a uma necessidade criada desde FF VII (como seria esse jogo com uma qualidade maior).
Final Fantasy VIII é um jogo que inicia um tanto quanto morno, com uma história que não empolga logo de cara (apesar de eu ter ficado espantado com a cena de abertura do jogo), mas depois de algumas horas de jogo a coisa muda quando todas as perguntas e dúvidas colocadas no início começam a se resolver e você começa a ligar os fatos e ver que todo aquele mistério se encaixa perfeitamente.
Sendo um RPG, Final Fantasy VIII é um jogo que certamente irá de proporcionar várias horas de jogatina, mas se não bastasse isso existe outro ponto da jogabilidade que irá te garantir algumas horas extras de diversão, o minigame chamado Triple Triad, um cardgame que existe no mundo de FFVIII e que sinceramente eu adorava ficar jogando. O cardgame é bem simples e fácil de entender e me fez correr atrás de cada vez mais cartas, mais partidas e desafios para serem superados, o que aumentou ainda mais a minha experiência com o jogo.
Mas chega de falar do jogo em si e vamos falar um pouco das novidades inseridas no Remaster. Obviamente a principal delas é a melhoria gráfica, afinal é um remaster. Neste quesito a principal vantagem está na nitidez das texturas, tudo ficou mais limpo e menos “craquelado”, dando um visual melhor a tudo no jogo, até mesmo nos menus.
Existem outras três novidades no game, chamadas de Battle Assist, No Encounters e 3x Speed Boost, a primeira delas quando ativada garante que durante a batalha você tenha sempre o HP restaurado ao nível máximo e a barra de LIMIT BREAK ativa, a segunda elimina os encontro aleatórios fazendo com que você não tenha mais que se preocupar com os monstros do game e o último acelera o jogo de forma que tudo fica mais rápido, andar, os diálogos e as batalhas (com exceção das cutscenes).
Pra quem irá jogar Final Fantasy VIII pelo PC existem ainda mais facilidades com opções que liberam praticamente tudo o que o jogo pode oferecer, todos os itens, todas as magias, todas as habilidades e limit breaks, dinheiro máximo e também todas as cartas de Triple Triad.
Estas novidades podem ajudar aqueles que querem simplesmente curtir a história mais uma vez, sem ter que se preocupar em juntar magias, subir nível e preparar personagens. Se a sua pedida é simplesmente sentar e revisitar a história de Final Fantasy VIII essas adições irão colaborar e muito para a sua experiência. Claro que se você quiser reviver os desafios e aproveitar tudo o que este excelente RPG tem a disposição basta não usar essas facilidades que você poderá curtir o jogo da maneira original.
Infelizmente alguns pontos preciso considerar, ao que tudo indica esse remaster é baseado na versão PC do game lançada tempos depois da original de PlayStation, com isso algumas características daquela versão foram perdidas, por exemplo, na original de PlayStation o jogo tinha suporte a movimentação 360° com o uso do analógico, aqui isso não existe, você até controla o game com o analógico, mas são apenas 8 posições de rotação, além disso, o rumble que existia na versão original também é inexistente aqui, uma vez que faz sentido, afinal, PCs no começo dos anos 2000 não eram tão parecidos com os consoles como hoje em dia, e era necessário adaptar os controles para uso de teclado.