Destroy All Humans!: O retorno dos homenzinhos “verdes” em um remake fiel | Análise
As missões são divididas entre furtivas e destruição e em ambas você dará boas risadas
Analisado no PC
Destroy All Humans é um jogo de ação e aventura desenvolvido pela Black Forest Games, Pandemic Studios e distribuído pela THQ Nordic. Foi lançado em 28/07/2020 com versões para PC, PS4, Stadia e Xbox.
Se você teve um PS2, provavelmente já jogou ou já ouviu falar de Destroy All Humans. O primeiro jogo da franquia foi lançado em 2005 para PS2 e Xbox original e rendeu algumas continuações, que não tiveram sucesso, com o último jogo sendo lançado em 2008. Em 2019 a THQ anunciou o remake do primeiro jogo e já posso adiantar que é assim que um remake deve ser feito.
Destroy All Humans é um remake completo do primeiro jogo, todos os personagens, estágios e assets foram recriados do zero utilizando ferramentas e hardware atuais. A Black Forest Games fez um belo trabalho, recriando toda a história fielmente, desde os personagens, diálogos, missões e até as cutscenes. Tudo é bem semelhante ao primeiro jogo e a única diferença é a jogabilidade que está mais atual.
Para quem não conhece a história, aqui vai um resumo. O excesso de clonagem fez com que o DNA dos Furons começasse a se degradar. Para manter a imortalidade da raça que foi obtida pela clonagem, Pox um cientista Furon de alta patente, envia o clone Crypto 136 para Terra com a missão de recuperar DNA Furon puro que foi armazenado aqui a muitas eras atrás. Crypto 136 chega na terra na década de 50 e é capturado por militares americanos. Pox cria um novo clone Crypto 137 ou Crypto para os conhecidos e dessa vez acompanha o novo clone para garantir o sucesso da missão.
Nós jogamos com Crypto e teremos de completar várias missões de reconhecimento e destruição, para recuperar o DNA Furon e impedir que os humanos consigam extrair e utilizar a tecnologia Furon adquirida no acidente de Crypto 136.
Para completar suas missões, Crypto possui um grande arsenal a sua disposição, nos equipamentos temos um jetpack, patins para correr, além de seu disco voador e várias armas como, arma de choque, um raio desintegrador e até uma sonda anal. Mas isso não é tudo, Crypto também possui várias habilidades psíquicas, ele pode levitar objetos e pessoas, controlar pensamentos, se disfarçar utilizando o “Holozé” e até explodir a cabeça de humanos.
Na dúvida culpe os comunistas, o jogo é recheado de humor com várias sátiras, direcionadas aos supostos avistamentos de óvnis e a guerra fria. As missões são divididas entre furtivas e destruição e em ambas você dará boas risadas, seja arremessando uma vaca radioativa ou ouvindo aos pensamentos peculiares dos habitantes.
Os visuais estão lindos, o remake consegue capturar a mesma atmosfera do primeiro título, só que agora com modelos atuais. Existem vários detalhes espalhados pelo cenário, temos pessoas trabalhando, vários utensílios nas casas e o que mais achei interessante são os interiores das lojas bem detalhados, que deixam a cidade mais viva.
Como nenhuma invasão planetária é perfeita, Destroy All Humans sofre com alguns pequenos problemas. A começar pela mira que é automática e geralmente trava no alvo errado, principalmente quando se tem vários inimigos juntos. Existem pequenos bugs que forçam você a recomeçar a missão do início, um deles é o Crypto simplesmente sair voando para o alto após uma explosão ou um simples disparo no chão, essa situação sempre faz a missão falhar, porém é rara de acontecer.
A maior dor de cabeça foi o bug onde inimigos aparecem na sua frente após o loading, esse problema aconteceu várias vezes, principalmente nas missões furtivas que falhavam automaticamente, esse bug geralmente acontecia nos checkpoints e não tinha o que fazer, a única solução foi recomeçar as missões do zero. Nenhum dos bugs impede o progresso, eles só vão fazer você recomeçar algumas missões, mas no geral o jogo rodou perfeito sem maiores problemas.
Destroy All Humans! é o exemplo de como um remake pode ser feito mantendo a fidelidade do primeiro título, temos a história original com gráficos e jogabilidade melhorada. O jogo continua curto, você irá levar entre 5 e 6 horas para terminá-lo, o que na minha opinião é um bom tempo para a aventura acabar antes de ficar repetitiva. Infelizmente o preço cobrado é um pouco salgado pelo tempo de jogo oferecido, assim se você se interessou eu recomendo esperar por uma promoção.