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Spiritfarer – Aprendendo a dizer adeus… | Análise

Como Stella, cuide do barco que se tornará lar de seus espíritos companheiros e construa laços que duram para sempre.

Analisado no PC


Disponível para todas as plataformas e desenvolvido pela Thunder Lotus Games (responsável por Sundered e Jotun), Spiritfarer nos traz uma história recheada de sentimento. O jogador estará no papel de Stella, a barqueira responsável por fazer a transição dos espíritos quando estiverem prontos para aceitar o ‘pós vida’. E para isso o jogador precisará encontrar esses espíritos, dá-los um lar em seu barco e fazer com que se sintam bem, cumprindo pedidos enquanto descobre mais sobre suas personalidades.

Em um misto dos gêneros de plataforma, exploração e gerenciamento, o jogador deve explorar um vasto mapa com diversos pontos de interesse como cidades para compra de itens, ilhas contendo recursos naturais e navios naufragados com baús e tesouros. Conforme novos espíritos sobem a bordo de seu barco, novas instalações e melhorias são liberadas, como roçados e hortas para seus cereais e legumes, uma cozinha para fazer refeições para seus tripulantes, uma sala de tear para transformar fios em tecidos, uma serraria para transformar troncos em tábuas, entre outros.

Spiritfarer

Para todas essas atividades Stella conta com o “Everlight”, um cristal mágico que toma a forma de toda ferramenta necessária para o momento e Daffodil, seu gatinho tanto companheiro quanto ajudante na caça de recursos. A história se desenvolve conforme o jogador melhora o humor de seus tripulantes ao realizar pedidos que podem ser a construção de um espaço só deles, uma refeição que eles gostem ou levá-los em lugares específicos pelo mapa. E assim que um de seus tripulantes se sente pronto ele solicita a Stella que o leve até o Portal Eterno para se despedir deste mundo.

Apesar dos personagens terem aparências de animais, se entende que foram humanos em outra vida, compartilhando personalidades e histórias únicas que podem fazer com que o jogador se apegue a eles. Umas das ‘mecânicas’ de melhora de humor dos personagens é um simples abraço, e perdi a conta de quantas vezes usei a ação pelo simples fato de estar apegado ao personagem. Levar um deles até o Portal e se despedir não parece como a conclusão do objetivo do jogo, mas uma experiencia de transição para o jogador de absorve a história.

Spiritfarer

Spiritfarer também não peca em suas artes. A desenvolvedora se preocupou muito com a fluidez da animação tanto da protagonista quanto nos detalhes das expressões e posturas dos diversos personagens, bem como de suas ilhas e cidades que compartilham temas e biomas. O jogo possui uma trilha sonora coesa com faixas relaxantes, agitadas ou tensas de acordo com as situações propostas no jogo.

Sua velocidade de progressão pode ser o único ponto negativo para jogadores um pouco impacientes. A velocidade de movimento do barco pelo mapa não é tão rápida no começo propositalmente para que o jogador utilize o tempo para usar as instalações do barco enquanto chega em seu ponto de interesse. Porém se torna um pouco cansativo o “ir e vir” pelo mapa ao ter que coletar os mesmos recursos para as melhorais, felizmente o jogo conta com o sistema de viagem rápida em pontos chaves do mapa que ajudam na movimentação.

Fruto da soma de ótimas animações e trilha sonora, belas histórias e personagens carismáticos, Spiritfarer é uma boa recomendação para todos os jogadores.

Spiritfarer

9.5

Nota

9.5/10

Positivos

  • Artes e animações feitas a mão
  • Trilha sonora coesa
  • Belas histórias

Negativos

  • Progressão um pouco lenta no início

Diogo Espindola

Formado em Marketing. Nintendista assumido e fã da franquia Zelda, porém também apaixonado por jogos de ritmo e JRPGs.
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