BPM: BULLETS PER MINUTE – Tenha sorte, acerte o ritmo ou morra tentando | Análise

O ritmo da “musica” dita quase tudo, é preciso acertar o ritmo para atirar e recarregar a arma, caso você erre a ação é interrompida

Analisado no PC


BPM: BULLETS PER MINUTE é um jogo de tiro em primeira pessoa, roguelike com elementos de ação rítmica. Desenvolvido e distribuído pela Awe Interactive, BPM foi lançado para PC em 15/09/2020, com versões de console previstas para 2021.

BPM é um jogo de ação rítmica, que te coloca no controle de uma Valquíria, com o objetivo de impedir os demônios do submundo de invadirem o mundo de Asgard. Para realizar essa missão você terá de enfrentar masmorras geradas de forma procedural, além de acertar o ritmo da música, todo acerto é um disparo, todo erro pode te colocar em apuros.

Tudo aqui é simples, o jogo se resume a enfrentar levas de monstros, limpando cada sala, encontrando itens e progredindo até chegar no chefe da masmorra, o diferencial é a jogabilidade rítmica misturada com FPS.

O ritmo da “musica” dita quase tudo, é preciso acertar o ritmo para atirar e recarregar a arma, caso você erre a ação é interrompida e leva um período maior para ser realizada. Cada nível tem uma música diferente, porem a música não é quem realmente dita o ritmo, na verdade cada arma tem um ritmo de ação diferente que é independente da música, é preciso acertar o ritmo para atirar e recarregar e esse é o ponto que pode afastar vários jogadores.

A curva de aprendizagem é alta, você irá gastar algumas horas para aprender a lidar com os sistemas, grande parte desse tempo é usado para memorizar o ritmo de cada arma e as mecânicas de cada chefe. Para atirar basta apertar na hora certa, porem atirar e recarregar algumas armas é bastante frustrante, pistolas são fáceis, espingardas precisam de dois cliques, um para engatilhar e outro para atirar, temos outras armas especiais, mas o problema maior é quando você precisa recarregar armas onde é necessário carregar bala por bala, cartucho por cartucho, um erro e a recarga é interrompida, e se morrer é preciso voltar do início.

As masmorras são geradas de forma procedural o que é interessante pois você vai morrer bastante de início e terá de voltar no começo repetindo vários níveis. A geração procedural ajuda a quebrar a repetição, porem adiciona um fator aleatório que acaba fazendo com que várias tentativas sejam baseadas em pura sorte e não em habilidade. Essa aleatoriedade faz com que você possa encontrar uma sala com apenas 4 inimigos, assim como uma sala cheia de monstros, isso no primeiro nível, sem falar nos itens, várias armas são ruins e as que são boas não vem fácil, se você estiver com muita sorte em uma tentativa, vá com calma e tente não morrer.

A trilha sonora é boa, mas bastante limitada, as músicas se encaixam com o formato do jogo, mas só existe uma trilha para cada nível. Como você vai morrer bastante no início, você terá de repetir os mesmos níveis, escutando a mesma música por repetidas vezes o que acaba deixando tudo enjoativo com o tempo.

Os gráficos são simples, a arte poderia ser interessante se não fosse as cores escolhidas. Infelizmente tudo aqui é baseado em uma só cor, cada nível tem uma cor definida e tudo será colorido de acordo com alguma variação de tonalidade da cor do cenário. Essa escolha deixa tudo sem vida e em alguns níveis fica difícil diferenciar e identificar os inimigos.

BPM não é ruim, a mistura de ritmo com FPS é interessante, porém a curva de aprendizagem é alta e faz com que o jogo demore a engrenar, o que pode afastar vários jogadores. Se você gosta de jogos de ritmo e quer uma coisa diferente, BPM: BULLETS PER MINUTE pode ser uma boa opção, agora se você se interessou pelo sistema diferente eu recomendo que assista nosso vídeo, acertar o ritmo não é fácil e pode acabar não se tornando a melhor das experiências.

Confira o vídeo com o gameplay de BPM: BULLETS PER MINUTE:

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