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Dragon Quest XI S: Echoes of an Elusive Age – Definitive Edition | Análise

Dragon Quest XI S: Echoes of an Elusive Age – Definitive Edition tem uma história profunda, complexa e com muitas idas e vindas que prendem o jogador por horas e horas

Analisado no PlayStation 4 Pro


Dragon Quest XI S: Echoes of an Elusive Age – Definitive Edition, é um JRPG Clássico, produzido e lançado pela Square Enix, esta versão está disponível no Nintendo Switch desde meados de 2019 e foi lançada recentemente no PlayStation 4, Xbox One e PC, o jogo recebe o termo definitive edition porque ele inclui e aprimora muitas coisas do jogo original de 2017 que fora lançado no PS4 e PC.

Como um bom título de RPG tradicional Japonês, e mais ainda como um bom Dragon Quest, essa décima primeira entrada na franquia faz jus ao título que carrega, Dragon Quest XI S: Echoes of an Elusive Age – Definitive Edition tem uma história profunda, complexa e com muitas idas e vindas que prendem o jogador por horas e horas envolvido nas tramas de vários personagens e claro, na história principal. Aqui você joga como o Herói, a reencarnação do Luminary, um ser poderoso que no passado nasceu para lutar contra as forças das sombras.

Dragon Quest XI S: Echoes of an Elusive Age – Definitive Edition
O início da jornada parecia calmo e tranquilo.

Logo de início o jogo nos apresenta alguns personagens da trama numa belíssima cena em computação gráfica, você é um jovem príncipe que nasceu com a marca do Luminary, mas acaba se tornando prematuramente órfão durante um ataque das forças das trevas contra o reino de Dundrasil, perdido nas correntezas do rio é encontrado por um senhor que estava tranquilo a pescar quilômetros e quilômetros de distancia desse incidente. Passados os anos, ao chegar em sua juventude um evento adverso faz com que seu verdadeiro poder se revele e com isso é posta a necessidade de cumprir sua tarefa como o Luminary reencarnado e salvar o mundo de um terrível destino.

Durante sua jornada muitos personagens serão conhecidos e muitos deles passarão a fazer parte da sua equipe de companheiros, cada um tem seu estilo próprio mas equivalente, o que é bem comum em jogos do estilo, o primeiro que encontramos é Erik, um ex bandido que decidiu seguir a profecia do herói, além dele, conhecemos pouco depois às gêmeas Veronica e Serena, idênticas na aparência mas muito diferentes em personalidade, Sylvando, um artista circense com grande capacidade de cavaleiro, e por final Jade e Lord Robert, ela uma poderosa lutadora de artes marciais, ele um gênio em magias, juntos serão as nossas forças contra os perigos da terra de Erdrea. Essa versão do jogo conta com algumas quests separadas para cada um dos personagens que não estavam presentes no jogo original, vai existir um momento na trama em que você vai jogar com alguns deles de cada vez.

Dragon Quest XI S: Echoes of an Elusive Age – Definitive Edition
O Herói a frente, com Veronica em vermelho, Serena em verde e Erki junto deles. (Sim, a Veronica está com um probleminha)

A jogabilidade proposta por Dragon Quest XI S: Echoes of an Elusive Age – Definitive Edition está dentro daquelas encontradas em outros RPGs em 3D com batalhas por turnos, mas nessa edição tempos a possibilidade de jogar em 2D com estilo 16Bit, lembrando muito os títulos da franquia que foram lançados no Super NES, sim é isso mesmo, o jogo completo pode ser jogado dessa forma se assim você quiser, ainda é possível alternar entre os modos pelas opções de salvamento, mas com um porém, sempre que fizer essa mudança você vai começar do início daquele “capítulo”, coloquei entre aspas porque o jogo não deixa bem claro o começo e final de um capítulo.

Além disso a cidade de Tickington foi adicionada à esse modo, é possível acessá-la em algumas áreas do mapa, ela contém missões e habitantes únicos, os Tockles, você vai encontra-los pelo mundo, dando a possibilidade de uma vez na cidade viajar para aventuras passadas de outros Dragon Quest, uma baita nostalgia.

Dragon Quest XI S: Echoes of an Elusive Age – Definitive Edition
Tickington é a cidade que pode ser acessada exclusivamente em 2D, mas o jogo todo pode ser jogado dessa forma

Voltando ao assunto, as batalhas o jogo seguem o estilo clássico por turno, mas sem uma clara indicação de quem será o próximo a atacar, essa versão do jogo incluiu modos de acelerar o ritmo das batalhas em 2x ou 4x, isso é bastante útil para confrontos simples onde o foco é ganhar experiência, além disso, o jogo conta com um ótimo sistema de automação tática, contando com seis opções básica de comando, sendo desde a mais violenta, passando por lutar com inteligência, mixando os golpes e habilidade, não usar os Magic Points, focar em manter todos curados e vivos e por fim o modo manual, onde você como jogador controla cada um dos personagens, outro ponto interessante é que que após um tempo os personagens vão entrar num estado de excitação, ficarão mais fortes e ágeis, esse modo é temporário mas é o suficiente para combinar com outro personagem que também esteja assim e juntos executar um golpe muito poderoso.

Como um bom RPG Dragon Quest XI S: Echoes of an Elusive Age – Definitive Edition possui um enorme número de itens e equipamentos que podem ser comprados ou coletados, o Herói ainda pode usar sua “mini forja portátil” para produzir itens de receitas que ele adquire ao longa da jornada, elas podem ser encontradas em baús, livros e com algumas pessoas, isso pode ser considerado um mini-game dentro do jogo, uma vez que você tem que equilibrar bem onde bater, com que força, em que momento e assim conseguir um bom equipamento, se não, apenas desperdiçou os elementos. Ainda dentro do contexto da evolução de personagem, além de experiência e dinheiro você recebe outros pontos que podem ser investidos em ganhar novas habilidades e/ou aprimorar outras existentes.

Dragon Quest XI S: Echoes of an Elusive Age – Definitive Edition
Essa versão do jogo inclui algumas missões de história paralela para alguns personagens.

Visualmente falando o jogo ainda é muito bonito, infelizmente essa versão do game tem um visual mais simples se comparada à do lançamento em 2017, mas aqui temos prós e contras, por exemplo, sim o visual recebeu uma baixa, principalmente na modelagem dos personagens e efeitos de luz e sombra, por outro lado o jogo trabalha melhor na resolução nativa em 4K no PS4 Pro e no Xbox One X do que a versão passada, além disso, quedas de frames não são comuns. Um ponto que vale a pena mencionar é o cuidado que a equipe teve em cada cidade ou região, dando características únicas a cada uma delas, por exemplo, Heliodor se parece uma clássica cidade Européia da idade média (mas sem a sujeira toda), já Hotto que fica aos pés da montanha e está na porção mais oriental do mapa tem um visual bem asiático, isso pode ser notado em outras cidades nessa área, ainda temos Costa Valor que mixa um estilo arquitetônico grego com sotaque espanhol, essa variedade abrange mais culturas e dá uma sensação de mundo mesmo, de que cada lugar possui sua cultura e estilo dentro do universo de Erdrea.

Um detalhe que é impossível de se não notar é o trabalho de Akira Toriyama nos personagens, muitos rostos familiares serão vistos durante o game, mas é impossível negar que o estilo funciona bem demais para a proposta do game, feições, expressões, tudo combina, até os inimigos chegam a ter um estilo fofo e engraçado.

Já na parte sonora houve grande ganho, uma vez que em Dragon Quest XI S: Echoes of an Elusive Age – Definitive Edition você pode optar por voice over em Inglês ou Japonês, essa segunda opção é uma novidade, além disso, agora toda a trilha sonora agora é orquestrada, mas se você ainda preferir a versão sintetizada, sabe-se lá o porquê, é só mudar no menu, infelizmente o jogo não possui suporte algum ao nosso idioma, isso pode ser uma barreira grande de entrada para muitas pessoas, mas não tenha receio, não é tão complicado como parece.

Dragon Quest XI S: Echoes of an Elusive Age – Definitive Edition

Em resumo Dragon Quest XI S: Echoes of an Elusive Age – Definitive Edition é um jogo maravilhoso, ele faz jus aquilo que se espera de um grandioso JRPG, ele tem uma boa história, jogabilidade bem balanceada e visual aceitável com ótima trilha, não consigo entender a insistência (ou desleixo) da Square Enix em não localizar nada que não seja produção ocidental ou Final Fantasy, além disso, o sistema de carregamento do save após uma derrota pode ser um pouco confuso e você pode pagar caro por isso (nesse caso literalmente, muitas coisas a igreja do jogo te cobra para fazer). Enfim, se no passado você era fã de Dragon Quest ou de outros RPGs no estilo estará em casa no novo modo 2D, se não era mas quer conhecer o jogo pode jogar sem medo porque ele cumpre seu papel, além disso, ele está no GamePass para os consoles Xbox e PC, então, é só instalar e testar.

Confira o vídeo de gameplay de Dragon Quest XI S: Echoes of an Elusive Age – Definitive Edition:

Dragon Quest XI S: Echoes of an Elusive Age – Definitive Edition

9.5

Nota

9.5/10

Positivos

  • A História
  • Os personagens são carismáticos
  • Boas soluções para a jogabilidade
  • Mais conteúdo em relação ao original
  • Pode ser jogado todo em 2D 16Bit

Negativos

  • Tem muitos loadings
  • O esquema dos saves após uma derrota é um pouco complicado de se acostumar
  • Não tem localização alguma para o nosso idioma
  • O Herói poderia falar né?

Saulo Fernandes

Publicitário de formação, editor do Gamers & Games desde 2015. Gosto de jogos de exploração, aventura e corrida, comecei a jogar no Master System, mas o meu console queridinho até hoje é o GameCube.
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