AnálisesNintendoPCPlayStationXbox

Narita Boy – Mais uma prova de que beleza não é tudo | Análise

Narita Boy é um daqueles jogos que chama atenção por seus diferentes e belos gráficos retro, mas essa lua de mel dura pouco...

Analisado no PC


Narita Boy é um jogo de ação e plataforma, desenvolvido pelo Studio Koba e distribuído pela Team17. Foi lançado em 30/03/2021 e se encontra disponível para PC, PS4, Switch e Xbox.

Narita Boy é um daqueles jogos que chama atenção por seus diferentes e belos gráficos retro, mas essa lua de mel dura pouco, pois a jogabilidade é cansativa e após algum tempo você se questiona se vale a pena continuar jogando.

Narita Boy

O universo é ambientado na década de 80, onde o console “Narita One” foi criado e o jogo “Narita Boy” foi um sucesso absoluto. Aqui nós acompanhamos a história de um garoto viciado no game, que é sugado para dentro do mundo virtual para incorporar o herói “Narita Boy”, o único capaz de empunhar a “Techno Sword” e lutar contra as forças de “HIM”, o vilão que está tentando dominar este mundo virtual.

A história é apresentada em duas frentes, temos a parte do mundo virtual mostrando a luta de seus habitantes e uma parte de memorias que conta um pouco da história do criador. A trama é até legal, contudo, as duas partes são um pouco desconexas, ficando difícil entender o propósito das memorias do criador.

Provavelmente você se interessou pelo jogo e chegou até esta analise por conta da temática e gráficos. Nestes quesitos Narita Boy não faz feio, o título conta com uma temática anos 80, trazendo gráficos pixel/retro recheados de cores vibrantes e luzes para todos os lados e é claro bastante neon.

A ambientação é muito boa, os mapas são cheios de detalhes e o plano de fundo sempre é bem desenhado e interessante. Para melhorar ainda mais a experiência o título contém uma bela trilha sonora, com músicas que combinam com a temática.

Narita Boy

Mas nem tudo são flores, em algumas partes este excesso de cores e luzes é um pouco demais e faz com que fique difícil ver plataformas e ataques inimigos. Eu cheguei até a ficar perdido em um lugar, simplesmente por não conseguir identificar uma plataforma.

Vamos falar de jogabilidade e infelizmente este quesito é o calcanhar de Aquiles de Narita Boy. A jogabilidade se resume a fazer plataformas e combate, só que nada aqui impressiona, os controles sofrem com um pouco de input lag e por causa disso algumas plataformas ficam frustrantes, para piorar não existe opção para se jogar com o D-pad e você tem que se virar com o analógico. No combate temos algumas habilidades iniciais e no passar do jogo ganhamos outras “especiais”, o problema aqui é que o jogador acaba preso em um loop, onde as habilidades básicas são utilizadas em 80% do tempo, existe pouca variação e o combate enjoa rápido.

Para tentar variar o jogo introduz diferentes inimigos e chefes, porem basicamente só existe uma maneira para se atacar e esquivar dos inimigos, você acaba sempre voltando para o loop de combate. As lutas contra os chefes são até legais, mas sofrem com hitboxes imprecisas e bastante backtracking para se chegar até elas. Aliás, o backtracking aqui só serve para testar a sua paciência e aumentar o tempo de gameplay, porque não existe nenhum objetivo ou exploração e também não acontece nada durante essas idas e vindas.

Narita Boy é mais um jogo que prova que beleza não é tudo. O título possui belos gráficos e uma ótima ambientação, que infelizmente são ofuscados pela repetição e pelo backtracking de sua jogabilidade. O preço cobrado é salgado pelo que o jogo entrega, assim se você se interessou eu recomendo que espere por uma promoção.

Confira neste vídeo de Gameplay o início de Narita Boy:

Narita Boy

7

Nota

7.0/10

Positivos

  • Gráficos
  • Trilha Sonora

Negativos

  • Jogabilidade
  • Enjoativo/Repetitivo
  • Preço

Jeferson Vasconcelos

PC Gamer desde os anos 90, entusiasta de VR que não consegue ficar sem jogar os velhos consoles. Aguardando há anos pelo próximo Lineage
Botão Voltar ao topo