Layers of Fear VR – Camadas de medo, sustos e pinturas assustadoras | Análise
Um passeio pela mente perturbada de um pintor!
Analisado no PlayStation VR
Layers of Fear foi lançado em 2016 para PC, PlayStation 4 e Xbox One, no Nintendo Switch ele apareceu em 2018, todos lançados pelo estúdio Bloober Team. Agora em 2021 nós fãs de realidade virtual finalmente recebemos uma versão que sempre quisemos para nosso querido PlayStation VR (já estava disponível no PC), bom pelo menos eu que sou fã de jogos de horror queria muito essa versão!
O que posso adiantar é que valeu muito a pena, andar mais uma vez por essa mansão vitoriana assombrada pelo passado terrível desse pintor no ano de 1920 nos Estados Unidos.
A História
Infelizmente não dá para contar muito da história sem dar spoilers, mas basicamente voltamos para mansão onde houve uma tragédia familiar para tentarmos terminar a “Magnus Opus”, a obra prima do pintor, e para isso teremos que andar pela casa atrás de várias lembranças de tudo que ocorreu lá.
Jogabilidade
O único jeito de jogar Layers of Fear VR no PSVR é usando os controles MOVE, isso pode espantar alguns jogadores pois a jogabilidade com esses controles nem sempre é boa. Os controles até que são simples pois o jogo não é tão complicado, basta andar e interagir com os objetos, não há uma barra de vida, não há combates, e é basicamente um passeio muito tenebroso.
A Bloober Team colocou vários tipos de configurações de controle nas opções para cada um poder se adequar do seu próprio modo, como o jogo é em primeira pessoa, o esquema dos controles é bem parecido com outros jogos como Skyrim, Doom, Atividade Paranormal e Walking Dead Saint’s and Sinners, para citar um jogo mais recente, que é basicamente apertar o botão MOVE para nos mover e apontar a mão do personagem (nosso controle) para os lados que queremos ir, além disso temos os botões quadrado e triângulo para virar rapidamente (temos a opção de virar por cliques ou a que eu mais uso que é a ‘Smooth’ para virar suavemente), e o botão X para agacharmos, também usamos os gatilhos para pegar objetos, acionar interruptores entre outras coisas, mas isso é apenas uma das configurações. Então basta escolher a melhor para você e entrar de cabeça nesse pesadelo.
Gráficos
Não consigo dizer muitos sobre os gráficos sem citar outros jogos, mas se você jogou Atividade Paranormal estará bem familiarizado pois os gráficos de Layers of Fear VR são bem parecidos, a imagem não é embaçada, a sensação de profundidade e imersão são muito boas e realmente parece que estamos dentro de uma casa. Uma das coisas mais legais desse jogo é o que ele faz com a nossa própria mente, pois muitas e muitas vezes você passará por lugares e assim que virar a cabeça o lugar que você tinha acabado de passar não existe mais, aí viramos a cabeça novamente e tudo muda, é surreal. Sem falar do medo de ao virarmos a cabeça e nos depararmos com algo assustador que não estava ali. É sensacional!
Os cenários são cheios de quadros que só de olhar dão alguma tensão, basicamente a narrativa é focada no pintor, então teremos muitos objetos de pintura espalhados pela casa.
Algumas vezes o gráfico deixa a desejar pois alguns objetos que deveriam estar no chão estão flutuando um pouquinho acima dele, alguns tem uma textura mais baixa e as vezes alguns parecem papel, um exemplo disso é uma corrente que temos que puxar mas claramente ela é chapada, não dando a sensação de algo tridimensional. Isso acaba tirando um pouco da imersão, mas não chega a atrapalhar pois são coisas mínimas e que só jogadores mais exigentes se preocupam.
O som do terror
Para um jogo de horror/terror funcionar bem, sabemos que o som é algo primordial, Layers of Fear peca um pouco nesse quesito algumas vezes. A impressão que tenho é que a qualidade do áudio não faz jus ao que estamos vendo, as vezes um áudio acontece após ter acontecido a cena que deveria nos assustar, mas isso não acontece direto, na maior parte do jogo ele funciona muito bem nos assustando como deveria fazer. Então prepare-se para ouvir choros de bebê, gritos agonizantes, sons vindo de paredes e tudo que um jogo de terror tem que ter para fazer nossa espinha gelar.
A narrativa é contada pelo próprio pintor e uma das melhores coisas é que temos legendas em português para ficarmos por dentro de toda história, muitos estúdios nem se preocupam com isso mas a Bloober Team se preocupou e isso mostra o quanto é importante para eles que a maioria dos jogadores entendam a história.
Resumo da Obra
Layers of Fear é um excelente jogo de horror psicológico que fará qualquer jogador se assustar nem que seja uma vez. A viagem pela mente perturbada do pintor é cheia de segredos e mistérios que nos fazem querer ver tudo de uma só vez. O jogo conta com seis fases, e como não há combates as chances de morrer são poucas (existem mas são poucas), portanto leva pouco mais de duas horas para ser finalizado,
O bom de Layers of Fear VR é que podemos contar com o fator replay, pois temos três finais diferentes e isso depende dos itens que pegamos e ações que realizamos pelo caminho para conseguir os três finais. Além disso sabemos que você vai colocar esse jogo para seu amiguinho ou aquela tia que tem medo de tudo se assustar, portanto vai voltar a jogar muitas vezes não é mesmo?
Confira neste vídeo em Live o início de Layers of Fear no PlayStation VR:
Layers of Fear - PlayStation VR
Positivos
- Gráficos bons e ótima imersão
- Jogabilidade acessível à todos
- Legendas e textos em português
- Vários sustos pelo caminho (Jump Scares)
- Três finais
Negativos
- Um pouco curto, pouco mais de duas horas de duração
- Algumas falhas na sincronia do áudio
- Alguns objetos em baixa resolução ou com efeito de flutuação
