The Falconeer: Warrior Edition – Tem potencial, mas precisa ser melhor explorado | Análise
O game lembra levemente o clássico Star Fox no Nintendo 64
Analisado no PlayStation 5
Com o desenvolvimento de Tomas Salas e publicado pela Wired Productions em 2020, The Falconner traz um ambiente interessante com muito estilo próprio.
Você é um guerreiro falcoeiro que tem a habilidade de montar em falcões se desbravando como se fosse um avião de caça em disputas áreas, capturar itens para leva-los em diversos cantos do mapa, explorar localidades em cenários repletos de fantasia e mistério.
Fazendo um comparativo simples, porém saudosista, o game lembra levemente o clássico Star Fox no Nintendo 64 uma vez que você nunca está sozinho em sua jornada e os diálogos com os outros NPCs são sempre constantes. Ainda que esteja localizado para PT-BR, é evidente o quanto faz falta uma boa dublagem para enriquecer ainda mais o envolvimento com a trama, dando mais liberdade ao jogador para explorar apenas ouvindo os diálogos sem a necessidade de ler.
O cuidado que Tomas Salas teve com os falcões é digno de nota pois existe uma boa opção de upgrade e isso é fundamental para que você consiga passar pelos capítulos do game sem se perder com o nível de dificuldade. The Falconner é game de mundo aberto e isso faz com que você possa desbravar outros cantos do cenário para enfrentar inimigos de níveis elevados. Tal liberdade é colocada de forma proposital para que você possa primeiramente desenvolver seu falcão e assim, estar preparado para os desafios.
Vale destacar o quão desafiante é controlar os falcões que literalmente parecem ter vida própria e nem sempre irão corresponder aos seus comandos. Quer queira ou não, leva um certo tempo até se acostumar com a movimentação, controle de mira e os movimentos evasivos os quais ficam evidentes logo nos primeiros minutos do game.
Existe uma barra no canto inferior da tela que lhe auxilia na navegação e indicação das missões e inimigos, mas que poderia ser melhor aplicada, principalmente quando há inúmeros inimigos em tela.
Os efeitos sonoros são simples porem eficazes e cumprem seu papel, principalmente os efeitos de água e das tempestades. A sensação de grandeza das nuvens se aproximando carregadas de raios, relâmpagos e trovões é muito convincente, lembrando que estamos falando de um game indie.
Por diversos momentos a trilha sonora prevalece, principalmente quando algo grande se aproxima. Em um dos capítulos, temos uma variação do tempo ao entardecer, acompanhado de uma enorme tempestade, que aliás, muda drasticamente a física da gameplay, dificultando a ação e controle do seu falcão.
Tomas Sala se preocupou em trazer a sensação de liberdade aos jogadores e consegue faze-lo de forma singela e um tanto quanto artística, porém desliza ao decorrer do tempo. A sensação de vazio é facilmente percebida após algumas horas de gameplay, quando já não há mais novidades e as missões passam a ser repetitivas.
Partindo para a DLC de The Falconner, que traz o título Edge of the World – “O limite do mundo” – trata-se de um ajuste fino que acrescenta algumas missões ligeiramente mais difíceis e longas.
Com campanhas adicionais, mini missões e duas novas classes, ganha-se robustez e melhora consideravelmente o fator replay. O acréscimo de uma arma extremamente divertida e um tanto quanto “roubada”, já deveria estar disponível desde o lançamento.
Tanto o game padrão quanto a DLC fazem de The Falconner, um título competente, que como qualquer outro game tem acertos e erros, os quais devemos dar um desconto ao lembrarmos que não se trata de um Tripe-A e sim de um game indie.
Existe potencial que pode ser ainda melhor explorado em futuras atualizações e se tratando de um game disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series S|X, PC e Nintendo Switch, provavelmente continuaremos a falar de The Falconner em algum momento.
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