Analisado no PlayStation 4
Caso preferir você pode conferir está análise em vídeo:
Embora muita gente esteja com o pé atrás (e com razão) por causa de Avengers, é necessário dizer: Marvel’s Guardians of the Galaxy é TUDO o que o Avengers tentou ser e não conseguiu. Para todos que conhecem o personagem, não é preciso dizer que Peter Quill não é lá um dos melhores heróis, ou mesmo poderoso. Então colocá-lo na posição de líder é razoavelmente questionável. Mas acredite, a ideia de controla-lo funciona de maneira muito orgânica dentro a proposta que o jogo entrega. Ao invés de ficarmos naquela loucura de alternar personagens que utilizam ataques capengas e que possuem umas habilidades meio xoxas, temos uma jogabilidade frenética no campo de batalha, onde controlamos o Senhor das Estrelas, fazendo acrobacias e planando sobre inimigos com ataques potentes e, claro, dando ordens de combate aos companheiros, por meio de controles que você mesmo opera enquanto luta.
Toda essa dinâmica é muito fluída, o que permite uma maior mobilidade no cenário, seja para lutar, observar o status do combate ou mesmo tomar decisões. Eu sou apaixonado por Gamora, e quando comecei o jogo, fiquei meio de bico querendo controla-la, por fim, não consigo imaginar um motivo para eu querer trocar de personagem. Peter Quill ROCKS! Mas que fique claro, a quantidade de inimigos em cada cenário é bem grande, então, meu querido amiguinho, nada de ignorar os outros Guardiões e querer descer a porrada em todo mundo com o Peter. Você se dará mal! Embora não sejam combates nos moldes de BloodBorne ou outro título Soulslike, eles também não são tão fáceis assim. Dominar com destreza os tiros do Peter, com suas esquivas e aproveitar as oportunidades de execução em massa é fundamental, portanto, foquem no trabalho em equipe!
Uma recomendação importante é: durante a história, deem uma massageada no ego do Rocket Raccoon, pois ele é o aliado mais importante durante as batalhas, considerando a ideia de derrubar grupos volumosos de inimigos que se encontram próximos uns dos outros. O plot twist deste embate pode depender exclusivamente dele!
Ok, Thiago, mas como assim, massagear o ego do Rocket Raccoon?
Fico feliz que tenham feito essa pergunta (ou foram as vozes da minha cabeça?).
Durante o desenvolvimento da história, vários problemas precisam ser resolvidos por Peter Quill, afinal, ele é o “fucking líder” e isso tá diretamente ligado às suas escolhas e como você decide resolver as questões levantadas. Em algumas ocasiões você precisa escolher entre um outro companheiro e é óbvio que isso influencia em como ele estará disposto a te ajudar em determinado momento. Esse sistema em si não é relevante no que diz respeito a história, como em Until Dawn, mas incorpora uma nuance satisfatória a jogatina, implementando uma percepção de controle sobre todos os Guardiões.
Entre uma missão e outra, umas coisas mais legais é passar um tempo na MILANO, a nave dos Guardiões da Galáxia. É possível até pilotar em um certo ponto do jogo. Próximo à estação de trabalho do Rocket Raccoon existe um dispositivo que permite ouvir as músicas incríveis da trilha sonora que eu nem preciso falar sobre, né!? Nesta mesma área encontramos um ambiente comum entre eles, onde diálogos bem estruturados são desenrolados. Conversas filosóficas com Drax, segredos enterrados de Gamora, dentre outros…
Embora seja possível interagir com as músicas no dispositivo da Milano, elas também estão presente no gameplay, adicionando momentos sensacionais de pancadaria com música de qualidade. A música é o elemento que beira a perfeição desse jogo, pois a associação de momentos dinâmicos e piadas afiadas com os clássicos do Hard Rock dos anos 80 é fantástica. A sinergia é tão grande, que seu corpo todo vai reagir, uma mistura de estímulos visuais, sonoros e sensitivos. Pode botar fé!
O jogo segue a linha de acontecimentos das HQ’s, mas a trilha é inspirada nos filmes, cheia de Hits Pop/Rock dos anos 80, com nomes como Bonnie Tyler, A-Ha, KISS, Billy Idol, Autograph e claro, Star-Lord Band.
Os gráficos do jogo são lindos, cheios de texturas diferentes e cores reluzentes. A interação com os cenários é bem realista, bem como a movimentação dos personagens, dando destaque pra movimentação do Peter que é muito natural. Os detalhes de cada cenário visitado e até mesmo das roupas são absurdamente caprichados e você certamente perderá algum tempo observando isso. A distribuição de luz e sombras também impressiona, seja em momentos de exploração ou combate. Os detalhes da caracterização do Groot estão lindos também e merecem destaque (sem contar que ele é um fofo).
Marvel’s Guardians of the Galaxy é um jogo recheado de acertos e pontos altos, ou seja, não é tarefa fácil elencar algo específico, mas para deixar registrando, seria covardia de minha parte não mencionar o quão fiel o jogo e os personagens são ao que conhecemos no cinema: Piadas afiadas e de humor duvidoso (tio do pavê, você sabe do que tô falando), com uma trama intergaláctica fenomenal. Sem contar as menções indiretas aos Vingadores e Homem Aranha, em determinado período do jogo, que torna tudo ainda mais familiar! No começo do jogo eu achava que minha empolgação era por causa das músicas, mas no fim, o jogo era muito mais, definitivamente, uma grata surpresa!
Então se você é fã das HQ’s ou cinema, entendam: Marvel’s Guardians of the Galaxy merece sua atenção, pois ele garante horas e horas de combates frenéticos com mecânicas de respeito acompanhadas de uma trilha sonora que nos coloca na pele dos heróis. Fãs da Marvel e não fãs da Marvel, estejam devidamente preparados, pois esse game veio te fazer esquecer o fiasco de Marvel’s Avengers!
O veredito é: Cativante, dinâmico, fluído, divertido, com uma história envolvente, uma trilha sonora empolgante e personagens tão bem desenvolvidos, que soam praticamente VIVOS!