Analisado no PC
Esta é uma análise referente a versão para PC (port) de Final Fantasy VII Remake INTERGRADE, por isso não irei me aprofundar na história. Se você quiser ler a análise completa do jogo acesse este link.
Final Fantasy VII Remake INTERGRADE é um RPG de ação desenvolvido e distribuído pela Square Enix e lançado para PlayStation 5 em 10/06/2021. O port para PC chegou de surpresa com um anúncio durante o TGA 2021, onde foi confirmado o lançamento para o dia 16/12/2021 como exclusivo da Epic Games Store.
De pouco em pouco os exclusivos do PlayStation vão chegando para o PC, já recebemos uma excelente versão de Death Stranding, um port de Horizon Zero Dawn que demorou meses para ficar jogável e um port bem feito de Days Gone. A lista não para de crescer e para este ano de 2022 estão confirmados, Uncharted: Legacy of Thieves Collection e God of War (2018).
Final Fantasy VII Remake chegou ao PlayStation 4 em 2020 e naquela época foi especulado que o título teria uma versão para PC. O tempo passou e o jogo ganhou uma versão “INTERGRADE” para o PS5, essa nova versão inclui o jogo base juntamente com sua expansão que traz um novo arco com a personagem Yuffie, mas isso não é tudo, ela também trouxe melhorias visuais e de performance para o console da nova geração.
Bom, a versão utilizada para o port de PC foi a INTERGRADE, ou seja o jogo completo, o que é uma maravilha para o jogador, contudo este é um port bastante “cru” que aparenta ter sido feito com o objetivo de somente fazer o jogo rodar no PC. A versão para os computadores chega com poucas opções gráficas e quase nenhuma otimização, o que acaba gerando alguns problemas em alguns sistemas.
Vamos lá, quem joga no PC sabe que é praticamente um ritual configurar as opções gráficas sempre que nós abrimos qualquer jogo pela primeira vez e infelizmente as decepções começam logo cedo ao fazer isso em Final Fantasy VII Remake INTERGRADE. As opções gráficas são bastante limitadas, o jogo não possui suporte a resoluções ultra wide, algo que está se tornando popular no PC, não temos opções de iluminação, reflexos, oclusão de ambiente, filtro anti serrilhamento, motion blur e nada relacionado a raytracing e nem ao DLSS ou Fidelity FX.
O menu de opções tem o extremo básico e as únicas coisas que podemos ajustar são, a qualidade das texturas, sombras, uma trava de FPS e o modo HDR. Mesmo com poucas opções não pense que você irá configurar do jeito que quiser, pois as texturas e sombras só possuem duas opções, baixo ou alto, mas não se preocupe pois o jogo é “otimizado” e irá rodar tranquilamente em máquinas de entrada.
Quando o quesito é performance o jogo funciona, mas temos algumas inconsistências. Nós jogamos e testamos com duas configurações, um kit com Ryzen 5 3600 junto com uma Vega 56 e um kit com Ryzen 5 1600 pareado com uma RX570. Em ambas configurações o jogo rodou sem problemas enquanto jogávamos nas resoluções 1080p e 1440p com taxa de quadros travada em 60, contudo ao subir o limite de quadros com o nosso kit mais forte, o jogo acabou apresentou “stuttering” (engasgos) com certa frequência, algo que foi observado por outros jogadores e que quebra completamente a imersão. Este problema ocorreu conosco somente quando colocamos o limitador de quadros acima de 60 e não se mostrou presente a 60 ou a 30 quadros.
Ports para PC geralmente vem acompanhado de melhorias gráficas, mas infelizmente a versão lançada de Final Fantasy VII Remake INTERGRADE chega com poucas melhorias e com um grande problema. Como disse mais acima, praticamente não existem opções de configuração e com exceção de algumas pequenas melhorias nas sombras e texturas, o jogo acaba se parecendo graficamente quase que idêntico com a versão de PS5. O port não ficou feio, o jogo é bonito mesmo nas configurações mais baixas, o problema é que a versão de PC veio acompanhada de um sistema de resolução dinâmica que não pode ser desativado sem o uso de mods externos.
Essa resolução dinâmica entra em ação aleatoriamente durante a jogatina e é ativada sem necessidade mesmo com um hardware que aguenta o jogo com facilidade. Infelizmente isso acaba criando falhas de texturas e inconsistências que podem ser notadas com frequência principalmente nas cutscenes, onde em uma cena o personagem está com cara de PS5 e em outra ele parece um de PS3. Infelizmente por causa dessa inconsistência o jogo às vezes fica “feio”, mas é algo que pode ser corrigido com a utilização de mods que desativam a resolução dinâmica.
Os controles são ok, é possível jogar com teclado e mouse mas é preciso se acostumar pois, não temos a possibilidade de utilizar o ponteiro do mouse para a navegação nos menus, algo que é pouco intuitivo e incomum em um jogo de PC. Em relação aos controles é preciso lembrar que este é um jogo feito para consoles e consoles utilizam controles, portanto para uma maior comodidade eu recomendo que jogue com um controle no PC.
No final o port de Final Fantasy VII Remake INTERGRADE é bastante mediano, o jogo é bom e funciona, mas falta “amor” para com a comunidade do PC. Tudo indica que o mínimo possível foi feito, com o objetivo final de só fazer o jogo funcionar no PC sem nenhuma melhoria. O preço cobrado é bastante salgado pelo o que o port entrega, por isso mesmo o jogo sendo muito bom, se seu objetivo for jogá-lo no PC, eu recomendo que espere por atualizações e por uma boa promoção.