Endling: Extinction is Forever – Experiência agridoce e isso não é um elogio | Análise
A gameplay é fundamentada em sobreviver na vastidão do mundo, abrindo caminhos progressivamente no mapa.
Analisado no PlayStation 4
Endling: Extinction is Forever é um jogo de sobrevivência que conta a história de uma família de raposas. O jogo começa com o sequestro de um dos filhotes e nós assumimos o papel de mamãe raposa que tem como missão, sobreviver um mês inteirinho com os outros filhotes, enquanto a história se desenvolve.
A gameplay é fundamentada em sobreviver na vastidão do mundo, abrindo caminhos progressivamente no mapa. Ao cair da noite, nosso objetivo é encontrar alimento que seja suficiente para manter os filhotes vivos e claro, se esconder na toca antes do amanhecer. O período noturno é representado por uma barra que faz a contagem regressiva na tela. Além da busca por comida, precisamos evitar caçadores que podem machucar ou simplesmente matar a mamãe raposa, portanto, a habilidade furtiva da raposa deve ser usada como ferramenta crucial na busca pela sobrevivência.
O cenário oferece a possibilidade de se distanciar cada vez mais da toca, a fim de conseguir comida, afinal, você está cuidando de filhotes em fase de crescimento, ou seja, eles não comem menos com o tempo. Caso você morra durante a sua missão, o jogo reinicia no começo da noite atual, com a intensidade de fome e com a quantidade de filhotes que você tinha no momento que morreu. Se você deixar algum filhote morrer, a história prossegue sem ele, ou seja, você descobrirá o que aconteceu com o filhote raptado com um irmãozinho a menos.
Logo de cara, temos uma ótima impressão sobre o jogo, pois ele apresenta um gráfico lindo, uma trilha sonora comovente que associado a uma experiência linear e cinemática, deixa tudo muito mais interessante. Porém não é o caso. Logo após os primeiros minutos de jogatina, caímos na rotinha maçante de basicamente sobreviver a cada noite. Certeza que há quem goste dessa natureza de jogo, e talvez agrade. A ideia de sobreviver por 30 é bastante peculiar, mas se torna cansativa ao passo que os sentimentos que a narrativa instigou no começo, se perde por completo.
Endling: Extinction is Forever é um jogo curtinho de poucas horas, mas sua repetitividade e atmosfera entediante faz parecer que estamos jogando durante a eternidade. É triste ter que escrever isso, visto que é um jogo que propõe um aspecto emocional bem intenso e profundo, provocando uma dramaticidade bem elaborada, mas ele se perde completamente após os primeiros 15 minutos. Durante a campanha é inegável se deslumbrar com a disposição de cores, o visual gráfico e a trilha sonora, afinal, não é um trabalho feio ou malfeito, mas ele não entrega o fator diversão ou imersão necessária para cativar o jogador, e isso é uma pena, pois havia potencial. Meu veredito é: A experiência é agridoce, estacionada no tédio. Quem tiver interesse, precisa adquirir por conta e risco!