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Tinykin – Um estilo de jogo que estava em falta | Análise

Eu não fazia ideia do quanto estava fazendo falta um game nos moldes de Pikmin

Analisado no PlayStation 5


Tinykin é um jogo de plataforma e exploração em 3D, desenvolvido pelo Splashteam e publicado pela tinyBuild, foi lançado em 30 de Agosto de 2022 com versões disponíveis para PlayStation 5, PlayStation 4, PC, Nintendo Switch, Xbox One e Xbox Series X | S.

Logo de começo conhecemos Milodane, arqueólogo e pesquisador que vive em Égide, o planeta que é berço da humanidade, de acordo com o que é ensinado nas escolas. Mas por conta de sua profissão e profundos estudos em artefatos e objetos arcaicos, Milodane chegou à conclusão de que os humanos não são originários de Égide, mas sim de outro lugar os espaço sideral. Em suas buscas ele foi capaz de identificar uma transmissão humana vindo de outra galáxia e após pesquisar cada planeta nela conseguiu chegar à fonte e decide se tele transportar para esse local, é aqui que nosso jogo começa.

Tinykin
Existe um santuário para Ardwain na cidade de Sanctar

Assim que chegamos ao tal planeta desconhecido, Milodane está desacordado, mas um detalhe curioso chama nossa atenção, tudo está gigantesco e nosso personagem não é muito maior que uma formiga nesse planeta. De imediato somos recepcionados Leami, um ser não identificado que nos dá às boas vindas e vai aos poucos nos explicar o gameplay e os objetivos do game. É logo nesse início que conhecemos as criaturinhas que dão nome ao jogo, os Tinykin!

Tudo se passa no dentro de uma residência, onde cada cômodo da casa é um ambiente único e majestoso, uma bolha da nova sociedade que vive ali formada por insetos, como formigas, percevejos, traças, besouros rola bosta, libélulas entre outros, no geral todos vivem em harmonia e sintonia, e um detalhe em comum existe entre eles, todos são devotos do Salvador Ardwin, uma espécie de Deus, cultuado e venerado. Nesse cenário, Leami encabeça a meta de cuidar do legado e de construir o último projeto deixado pelo criador, mas para tal ele precisa de nossa ajuda, o recém chegado capaz de controlar os tinykin.

Tinykin
Tinykin dos tipos rosa, vermelho, azul e verde

Os tinykin são pequenos seres que até então vagavam pelo mundo e ficavam por aí dentro de seus ovos, eles nunca deram bola a ninguém, a não ser ao Ardwin, até que Milodane apareceu, dessa forma, assim como acontece em Pikmin, franquia da Nintendo, aqui podemos juntar vários desses tinykin e usá-los das mais variadas formas de acordo com suas habilidades.

No total são 5 tipos de tinykin, o rosa é super forte e consegue carregar muito peso, o vermelho é explosivo, ou seja, é capa de destruir objetos e liberar passagens, os verdes conseguem formar uma torre, funcionando como uma escada e dando a possibilidade de alcançar novos locais, os azuis são elétricos, crie uma rede interconectando-os e leve eletricidade onde for necessário, e por fim, os amarelos são capazes de se conectar criando pontes.

Tinykin
Os azuis são capazes de conduzir eletricidade

Os cenários são variados, temos acesso a escadaria e hall da casa, sala de estar, cozinha, laboratório/estufa, banheiro e um quarto de brinquedos. Em cada um desses ambientes um novo tipo de tinykin será introduzido e com isso novos desafios de plataforma também são propostos, porém, para transpor esses desafios é necessário mais que os tinykin, e aí entram as capacidades de Milodane, que por si só não são grande coisa, mas no geral o suficiente para tal.

Durante o gameplay temos um objetivo principal que é sempre conseguir uma das partes do projeto que está sendo tocado por Leami, e mais dois ou três opcionais, que oferecem relíquias do museu do Ardwin. Os objetivos principais sempre incluem algo que precisa ser feito ou resolvido dentro daquela sociedade que vive naquele cômodo, como por exemplo, fazer o CD Player voltar a funcionar, ou então, criar um bolo de festa para o festival do Criador. Além disso, o jogo tem pólens para ser coletado e trocado por novas bolhas de ar, aumentando assim a capacidade de Milodade de planar entre uma área e outra e também evitar que ele se esborrache no chão quando cair de uma grande altitude.

 

Visualmente Tinykin é bom, ele não tem nada incrível, mas essa sensação de escala dele faz com que tudo parece muito diferente, além do que, cada objeto e móvel acaba sendo visto de um ângulo tão diferenciado que qualquer coisa simples pode se tornar outra completamente diferente. O cenário é todo em 3D com a câmera livre em todas as direções, mas todos os personagens são em 2D, como se fossem colados na tela e se movem de forma bastante engraçada. Falando neles, cada um dos NPCs que você encontra no game tem algo a dizer ou uma história a contar, além disso, fique bastante atento a detalhes, existem muitas áreas escondidas no jogo.

Na parte sonora o game é bom, as músicas são agradáveis e combinam bem com os ambientes, os personagens não falam, afinal são insetos, mas eles tem uma língua própria que é facilmente entendida por conta da localização em Português do Brasil presente no jogo, e de verdade, que localização bem feita! Por vezes você vai encontrar personagens que tem nomes que se encaixam perfeitamente com o que eles são no jogo, além de referências a pessoas conhecidas da nossa sociedade, com os nomes levemente modificados, fique atento.

Tinykin
No banheiro existe um conflito entre os pacatos besouros rola bosta

Em geral, Tinykin é um jogo extremamente prazeroso de jogar, ele é super divertido, por muitas vezes engraçado e oferece um bom desafio para aqueles jogadores que querem completa-lo, para o meu gosto, somente algumas das missões secundárias são difíceis de serem achadas, uma vez que na imensidão que cada cômodo da casa ganha achar um pequeno personagem pulando querendo atenção por diversas vezes é difícil, é muito mais fácil comprimir as metas principais para coletar o item principal e acabar deixando as opcionais de lado mesmo sem querer. Outro ponto a considerar é o seu tempo de conclusão que pode ser baixo, caso o jogador não tenha muito interesse em fazer as missões opcionais e foque apenas no principal, eu que decidi fazer tudo não marquei muito mais de 8h de game, não é uma marca ruim, mas se houvesse mais seria ainda melhor.

Em relação a performance do jogo, ele foi analisado no PlayStation 5, mas tivemos acesso também à versão do Nintendo Switch, em ambos os casos não foram encontrados nenhum bug ou problemas sérios, as vezes um queda de framerate aqui ou ali era sentida quando muitas coisas estava acontecendo na tela, mas no geral o jogo rodou liso por quase todo o tempo.

Tinykin
E as traças festeiras

No final, só posso dizer que eu adorei Tinykin, não fazia ideia do quanto estava fazendo falta um game nos moldes de Pikmin, e ele consegue suprir essa lacuna de uma forma monumental, contando com uma história cativante e bastante misteriosa, um gameplay agradável e por vezes desafiador, trilha sonora e visuais bastante convincentes e digo que é mais do que garantido uma boa diversão no game, e se o preço no PlayStation e Switch parece um pouco salgado, a versão de PC seja pela Steam e Epic está bem convidativa e se você for assinante do Xbox Game Pass, te convido a baixar esse jogo agora mesmo.

Confira neste vídeo de gameplay dois cenários de Tinykin:

Tinykin

9.5

Nota

9.5/10

Positivos

  • É muito divertido
  • Exploração é bem forte
  • Os personagens são engrados
  • A história é intrigante
  • A jogabilidade

Negativos

  • As vezes é difícil localizar os personagens as missões secundáras
  • O tempo de conclusão pode ser baixo

Saulo Fernandes

Publicitário de formação, editor do Gamers & Games desde 2015. Gosto de jogos de exploração, aventura e corrida, comecei a jogar no Master System, mas o meu console queridinho até hoje é o GameCube.
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