Teenage Mutant Ninja Turtles: The Cowabunga Collection – Direto do túnel do tempo | Análise
Os games estão bem emulados e possuem recursos que permitem certa liberdade pra gente
Analisado no PlayStation 4
Lá nos anos 90, eu era apenas um moleque que vislumbrava alguns jogos no meu PROSYSTEM-8 (história para outra ocasião), vivia pendurado nas 6 máquinas de fliperama que tinha no bar da minha mãe, estudava e treinava karatê para ter uma aventura estilo Daniel San, e sempre que eu ia para a casa de amigos eu me deparava com algum jogo das Tartarugas Ninja. 30 e poucos anos depois, sou pego por uma onda nostálgica com essa coleção cheia de jogos que eu já vi e alguns outros que nem fazia ideia que existiam!
Atualmente isso mudou, é claro. Pois recebi a oportunidade de analisar o Teenage Mutant Ninja Turtles: Cowabunga Collection, seleção de jogos disponibilizado pela Konami disponível nos consoles PlayStation, Xbox, Nintendo Switch e no PC, onde pude mergulhar num mar de 13 jogos que é direcionado para a galera saudosista dos anos 90, quando 8 e 16 bits ainda eram parte da nossa realidade de processamento.
Logo de imediato, me aventurei por Turtles in Time, mas é necessário enfatizar que o pacote possui títulos incríveis e outros nem tão bons assim, bem como outros que eu nunca tinha ouvido falar, como o The Manhattan Project, lançado no NES e nunca chegou em terras brasileiras de maneira oficial. De qualquer forma, toda essa imersão causou um calorzinho no coração com tanto joguinho bonito, empolgante e divertido, que por muitos anos, estavam enterrados na minha memória.
A lista oficial contempla os seguintes jogos: Teenage Mutant Ninja Turtles (Arcade e NES, 1989), Turtles in Time (Arcade 1991), TMNT 2: The Arcade Game (NES, 1990), TMNT 3: The Manhattan Project (NES 1991), TMNT: The Hyperstone Heist (Mega Drive, 1992), TMNT: Tournament Fighters (NES, SUPER NES e Mega Drive, 1993, 1994) e TMNT: Fall Of The Foot Clan, TMNT: Back From the Sewers e TMNT: Radical Rescue que foram lançados entre 1990 e 1993 para o Game Boy.
Falando de forma bem generalista, os games estão bem emulados e possuem recursos que permitem certa liberdade pra gente, como os Save States e a possibilidade de voltar no tempo para correção de erros no progresso da jornada. Uma das ferramentas mais legais ao me ver, que possibilita refazer algumas coisas em jogos mais difíceis. Essa coleção também oferece o modo co-op online, ou seja, é possível emular aquela sua experiência de jogar com amigos no fliperama do boteco do seu bairro.
A Konami e a Digital Ecplise fizeram um trabalho lindo reunindo conteúdo extra da época, como publicidade das revistas japonesas e norte-americanas, documentos que demonstram o processo de criação dos jogos, HQs, trilha sonora original e muito mais, Definitivamente tudo feito com muito carinho! Pensando em qualidade, The Cowabunga Collection é uma das melhores coletâneas já lançadas, não é apenas um aglomerado de ROMs emulados num menu fofinho e sim um trabalho denso repleto de conteúdos que muitos não lembravam e outros nem conheciam.
Na minha humilde opinião, os jogos foram bem otimizados, não apresentaram falhas durante minha jogatina, percebi também uma melhorada na resolução e na jogabilidade, ela se apresenta mais precisa, possibilitando assim, uma exploração mais imersiva.
Se assim como eu, você acendia um Espiral no chão do seu quarto pra espantar pernilongo a noite e automaticamente é invadido por um sentimento nostálgico, Teenage Mutant Ninja Turtles: The Cowabunga Collection é o jogo certo pra você, pois a experiência que ele proporciona é incrivelmente saudosista. Tive a oportunidade de apresentar e jogar os títulos em parceria com a minha sobrinha Lara, de 8 anos e recomendo fortemente que façam isso também, caso tenham pequenos em casa!