Analisado no PlayStation 5
Mount & Blade II: Bannerlord é um jogo da TaleWorlds Entertainment, que após longo período de Early Access chegou aos donos de PlayStation 5 e Xbox Serie X | S.
Vale ressaltar que o game também foi oficialmente lançado no PC em março de 2020 e que você pode conferir a analise desta versão aqui.
Com uma boa combinação de combate medieval e elementos de estratégia, o título traz ao jogador a experiência de vivenciar o colapso do Império Calradiano construindo sua própria narrativa e protagonismo.
Seguindo o sucesso de Mount & Blade: Warband, que por sinal é considerado um dos melhores RPGs do gênero, em Bannerlord o mundo aberto da fictícia Calradia e suas inúmeras facções são um prato cheio para os fãs, ainda que possa afastar os marinheiros de primeira viagem que não estão habituados com o dinamismo da série.
Bannerlord se passa 200 anos antes de Mount & Blade: Warband e a narrativa principal da TaleWorlds Entertainment demonstra todo cuidado com o universo criado, tanto nos diálogos quanto em sua storyline. Assim como vemos em Game of Thrones, Senhor dos Anéis e outras franquias cinematográficas, a disputa por impérios, as batalhas de facções estão representadas com muito esmero pela equipe de desenvolvimento do game.
Evidente que existe um avanço entre o que foi apresentado em Early Access e o que temos atualmente e muito disse se deve ao fato de a comunidade ter sua devida e merecida atenção. Não é difícil encontrar pela internet citações sobre os inúmeros feedbacks que foram incrementados no resultado final e evidentemente irão continuar enquanto houver interesse de ambos.
Alguns bugs insistentes como a movimentação dos cavalos quando há um número maior de players no mesmo cenário, não demora há perceber que os animais contêm um comportamento robótico e falho quando exigido um ataque direto contra o oponente, independente da arma utilizada.
Em outra ocasião, o NPC ficou preso dentro da parede impedindo a continuidade do diálogo não restando outra opção a não ser abandona-lo com aquele sentimento de frustração.
Rodando no PlayStation 5 esperava-se melhorias, porém é graficamente razoável e um tanto quanto datado quando observado o level design dos NPCs, a ausência de detalhes em cenários, iluminação ambiente e quedas de frame rate.
Como todo sandbox, o game proporciona uma vasta gama de opções de personalização do personagem e conforme o jogador avança nas missões, criando a sua própria narrativa, mais conteúdos são liberados e Mount & Blade II: Bannerlord usufrui da boa dinâmica entre RPG e liberdade de criação.
Em Calradia tudo é possível, desde se tornar um novo Rei, saquear as casas provocando o caos ou até mesmo gerenciar uma facção e lutar pelo domínio do Reino. Certamente que o game te obriga a upar armas e acessórios, mas como contra ponto é um maçante sistema de progressão que te obriga a cumprir missões, sem falar em um tutorial de “boas vindas” exaustivo e lento.
As legendas em PT-BR trazem certo alivio pois ajudam na imersão tanto da história em si quanto a própria jogabilidade visto a enorme quantidade de informações, itens e missões que o jogador precisa gerenciar.
De fato, estamos falando de uma grande jornada e como todo bom RPG que se preze, os vínculos pessoais são explorados através de diálogos, relacionamentos e situações que requerem do jogador a experiencia com o “modus operandi” de Mount & Blade. Em determinado momento, uma pequena resposta ríspida com um NPC gerou transtorno em todo o vilarejo fazendo com que a missão secundaria daquele momento fosse inviável além da má fama criada.
Mount & Blade II: Bannerlord é honesto no que se propõe e entrega uma vasta experiência de RPG amplo e com uma temática que não sai de moda. Não carrega pra si qualquer obrigação reinventar a roda e está tudo bem.