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The Knight Witch – Rayne, a bruxinha camarada | Análise

Muita agilidade e caos define a tela de The Knight Witch

Analisado no PlayStation 4


Fazendo uso de mecânicas de tiro, entregando um mundo criativamente elaborado e um sistema de evolução da protagonista muito prático, baseando-se na gratidão da população. Esses elementos são uma combinação perfeita em um espectro bem elaborado que apresenta uma jornada interessante, mesmo que hajam alguns problemas pelo caminho.

The Knight Witch nos apresenta a uma bruxa poderosa que usa seus poderes e conhecimentos mágicos para proteger um povo de uma grande ameaça. Mesmo se tratando de um jogo indie, a proposta shoot’em up é muito precisa. A protagonista flutua sobre todo o cenário, lançando rajadas de magias nos inimigos que são alvos automáticos quando estão próximos. Falando assim parece mais um joguinho tosco de atirar com mira automática e tal, mas não é!  A jornada é muito intensa e em alguns momentos a tela é o próprio apocalipse de tanto projétil que tá rolando.

The Knight Witch

Há muitos anos atrás, a casa Daigadai desenvolveu tecnologias que utilizavam recursos naturais para a evolução humana. Pois bem, como era de se esperar, a ganância do grupo resultou em um grande sítio de conflitos, onde golens mecânicos e poderosas feiticeiras precisavam se enfrentar. O poder delas vinha da confiança da população que as apoiava, porém, mesmo vencendo a guerra contra a casa de Daigadai, o estrago já estava feito: A superfície da terra deixou de ser habitável por conta da ruptura do véu que revestia o céu.

A opção que restou para quem sobreviveu foi se esconder em regiões subterrâneas, onde todos passaram a viver harmoniosamente, até que um dia, tudo começou a desandar. Alguns anos depois, os Golens voltaram tocando o terror e em meio a tudo isso, Rayne, uma jovem aprendiz de feiticeira, se tornou finalmente uma Knight Witch e decidiu descobrir a origem do ataque que estavam sofrendo.

Fazendo uso de uma exploração em 2D e um sistema shoot’em up, o jogo incorpora muito bem a capacidade de Rayne ao voar de forma livre por meio dos cenários, e claro, enfrentar os inimigos com suas esferas de poder. Por automatismo, Rayne atira estrategicamente no inimigo mais próximo, mas também é possível mirar em outros oponentes com o analógico direito, diminuindo assim, a precisão do tiro, mas com o bônus de serem mais potentes. Associado a tudo isso, Rayne pode se teletransportar por curtas distâncias, evitando assim, alguns tiros e inimigos.

The Knight Witch

Muita agilidade e caos define a tela de The Knight Witch, pois é pontuada de inúmeros embates intensos, variedade de inimigos com particularidades distintas e cheios de armadilhas. A versatilidade que a heroína demonstra é incrível, principalmente em relação as magias, trazendo um leque de opções durante as batalhas,

Os sistemas de batalha e a forma como você age, devem ser amplamente dominados, pois a acentuação da dificuldade nesse jogo é bastante evidente. De um segundo para o outro você se vê cercado de inimigos e projéteis que te acertam em cheio. Fique atento para recuperar sua vida, o que é algo muito difícil, diga-se se de passagem, ou seja, qualquer bobeada, é fatal. Embora seja um jogo razoavelmente difícil, ele não chega ao ponto de ser desagradável, pois ela encontra seu ponto de equilíbrio perfeitamente.

Em termos de história, o jogo aborda temas importantes, como a centralização do poder e a retenção de informações dentro de conflitos, o uso de fake News e claro, os dilemas de um herói.

The Knight Witch

Dungeonidas é o mundo subterrâneo que Rayne precisa explorar. Com um mapa amplo que exige habilidades específicas para que a exploração aconteça. Isso traz uma variedade de situações e puzzles de navegação, com cenários e detalhes bem bonitos.

The Knight Witch peca um pouco na característica dos efeitos visuais como explosões e brilhos exagerados na tela, que acabam por poluir um pouco nossa visão, tornando tudo muito apelativo, vislumbrando uma confusão gráfica demasiadamente irritante durante embates mais intensos. Definitivamente precisa de mais balanceamento nessa parte. Mas tirando isso, o jogo apresenta cores maravilhosas que tornam um ornamento toda a mistura de tecnologia e fantasia. Os gráficos estão impecáveis, com desenhos, formatos e texturas detalhadas em camadas vibrantes.

The Knight Witch

O combate ágil torna The Knight Witch um shoot’em up singular e fofinho, com muitos feitiços e tiros para todo lado, entregando embates eletrizantes. A alternância de mira automática para manual é uma ferramenta útil e muito agradável, deixando a jogatina muito mais dinâmica. E indo além das batalhas, o mundo é repleto de curiosidade e situações que você certamente vai querer desbravar. Esse jogo é mais que recomendado para aqueles que gostam da temática e jogabilidade desse tipo de jogo.

The Knight Witch

8.5

Nota

8.5/10

Positivos

  • Combinação de tiro e magia eficaz
  • Dificuldade intensa e justa

Negativos

  • Excesso de explosões
  • E de brilhos na tela

Thiago Richeliê

Um otimista cauteloso que sofre influências da desastrosa Lei de Murphy! Fisioterapeuta, amante de Games, o louco das Séries, apaixonado por Filmes e que chora ouvindo Músicas.
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