The Bad Son – Não é todo ruim | Análise

O jogo feito no RPG Maker e como este não é um RPG a jogabilidade fica bastante limitada.

Analisado no PC


The Bad Son é um jogo de suspense e terror de 16 bits. Desenvolvido por Víctor Atobas, distribuído pela Zoozobra Studios e lançado para PC em 26/10/2022.

Desenvolvido através do RPG Maker, The Bad Son não é um RPG e sim uma aventura que traz uma história intrigante e uma jogabilidade extremamente limitada pela sua engine.

Em The Bad Son nós iremos acompanhar a jornada do protagonista Tom que estava viajando com seu carro e por um descuido acaba ficando sem gasolina. Sozinho no meio do nada, Tom precisa tentar buscar ajuda em uma sinistra cidade interiorana que guarda mistérios e é habitada por cidadãos pra lá de exóticos. A história é a melhor parte do jogo e traz uma trama intrigante que te faz querer continuar jogando para descobrir as respostas do porquê da cidade e de seus habitantes estarem agindo da forma que estão, não espere nada muito complexo, mas pelo menos o que temos é o suficiente para prender e te fazer continuar jogando.

Como dito mais acima este é um jogo feito no RPG Maker e como este não é um RPG a jogabilidade fica bastante limitada. Por conta de suas limitações, The Bad Son traz um mix de walking simulator com alguns puzzles e um frustrante modo furtivo. Na maior parte do tempo você irá se encontrar andando de um lado para o outro e interagindo com itens e pessoas, não temos combate e para quebrar um pouco do ritmo em algumas sessões será preciso correr e se esconder de inimigos, é aqui que o jogo fica bastante frustrante.

Basicamente todo modo furtivo e baseado na seguinte dinâmica, o inimigo te vê e começa a te perseguir, o jogador então precisa correr e se esconder em locais pré-determinados, quando escondido o inimigo volta para a rota original de patrulha. Parece e é muito simples, porém essa simplicidade é um problema visto que alguns inimigos te encontram fora de seu alcance de visão e caso você escolha entrar em alguma porta, quando retornar para o mapa os inimigos não irão resetar e estarão te esperando na entrada. Toda essa dinâmica leva a vários encontros indesejáveis, onde você acaba tomando dano forçado, sendo necessario gastar um dos raros itens de cura, ou em algumas ocasiões tendo de carregar o ultimo ponto salvo

Graficamente o jogo é bonito, sendo um jogo feito em RPG Maker todo o gráfico é baseado no tradicional pixel art, porém nada aqui é básico e todos os cenários são ricos em modelos e detalhes. A trilha sonora é boa e ajuda a passar o clima de suspense e tensão, porém é fácil enjoar da música depois de um tempo.

No final, The Bad Son traz uma experiência diferente, com uma trama interessante que infelizmente é combinada com uma jogabilidade fraca e bastante limitada. O preço cobrado é OK pela experiência, contudo por causa da jogabilidade eu prefiro recomendar este título somente para quem se interessar.

Confira no vídeo abaixo o começo de The Bad Son:

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