Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion – Um remaster premium de um jogo muito bom | Análise

Neste título o foco principal da história gira em torno de Zack Fair, um personagem bastante conhecido -e um tanto misterioso- do público de Final Fantasy VII

Analisado no PlayStation 5


Crisis Core -Final Fantasy VII- Reunion é um remaster com pitadas de remake do RPG de ação originalmente lançado para o PSP em 2007, que será lançado pela Square-Enix na próxima terça-feira, 13 de dezembro nos consoles PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X | S, Nintendo Switch e no PC.

Esse relançamento vem num bom momento e era até mesmo esperado pelos fãs da saga de Final Fantasy VII, afinal, após o lançamento da primeira parte do Remake e o anúncio das outras duas partes que virão no futuro, todos começaram a se perguntar onde estariam os spin-offs, pois bem, um deles está aqui, numa versão melhorada e ajustada para os padrões modernos, mas será que a Square-Enix fez bem o trabalho de revitalização?

Pegando do princípio de que Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion é um título spin-off era de se esperar que ele não recebesse o mesmo trabalho que os remakes do jogo principal tem e vão ter, mas ainda assim, o título me surpreendeu visualmente, já que esse é o primeiro aspecto em que temos contato, mas nem tudo é perfeito, e alguns pontos ficam relativamente próximos da versão original do PSP.

Neste título o foco principal da história gira em torno de Zack Fair, um personagem bastante conhecido -e um tanto misterioso- do público de Final Fantasy VII, é aqui que conhecemos mais dele e sua história junto com nomes conhecidos como Genesis, Angeal e Sephiroth, além de outros que aparecem no título principal e que aqui também aparecem em uma versão “mais jovem”, como o próprio Cloud, protagonista de FFVII.

Por se tratar de um relançamento as melhorias são esperadas, ainda mais com esses 15 anos de diferença entre a versão do PSP e essa. É possível notar que a equipe responsável utilizou o Remake de 2020 como base para as mudanças, sendo que elas estão presentes principalmente com um combate mais fluído que lembra bastante a movimentação do FFVII Remake e mudanças bem-vindas na forma como o combate se desenrola.

Em Reunion, agora a barra inferior serve para um acesso rápido aos itens no inventario de Zack, bastando apenas um toque nos gatilhos para selecionar o próximo ou anterior. Já o acesso às magias e ataques especiais é feito ao pressionar o botão de ombro, fazendo com que o menu apareça, esse novo local aceita até seis itens em simultâneo, sendo quatro nos botões de face e dois nos botões superiores que ficam livre quando o menu é acionado. Junto a esses dois menus esta o painel DMW, o tal Digital Mind Wave, uma espécie de máquina caça niqueis em que Zack pode formar uma sequência e recebe execuções especiais em alguns momentos críticos. Um ponto que jogadores de primeira viagem podem estranhar é o fato de que aqui o acesso aos menus não para ou coloca o combate em câmera lenta como acontece em títulos mais recentes da franquia, a ação continua rolando e por esse motivo a decisão do jogador precisa ser rápida.

Em questão de gameplay as coisas permanecem bem parecidas, além das melhorias já citadas o jogo continua o mesmo, sem mudanças na história ou novidades, oferecendo uma tonelada de missões secundárias que podem ser acessadas facilmente pelo menu ou algum ponto de save espalhados pelos ambientes, essas missões são repetitivas e algumas delas bem chatas, mas infelizmente necessárias para ganhar nível no personagem e enfrentar algumas batalhas mais ferrenhas. Mas um ponto legal deste jogo é referente à fusão das matérias, que está presente aqui e poderia aparecer mais títulos, esse recurso permite que o jogador misture duas matérias distintas para formar uma nova, nem sempre o resultado é acertado, mas para evitar que a fusão não resulte em nada novo o jogo sempre mostra no que resultará antes da fusão acontecer.

Quando falamos sobre apresentação Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion é um mix, em primeiro momento a impressão é relativamente positiva, é nítido que a Square-Enix investiu mais tempo e recursos nesse título do que em outros remasters atuais da empresa, isso fica claro na qualidade da modelagem dos personagens durante o gameplay, que tem modelos próximos aos encontrados no Remake, considere isso como algo bom ou ruim, trazendo toda a qualidade e os defeitos deles, alguns personagens são bem equivalentes, em outros a diferença é mais evidente. Os cenários são muito bonitos, com detalhes que são comparáveis ao Remake, principalmente áreas como a sede da Shinra e a praça central do Setor 8 parecem ter vindo diretamente do Remake, mas em contrapartida, as cenas que são pura CG pecam, por melhor que elas fossem originalmente e mesmo que a melhor técnica de AI Upscaling tenha sido usada, as coisas não são tão bonitas quanto o resto do jogo.

Já a parte sonora é mais equilibrada, sem pontos bons e outros ruins, as músicas são boas como de esperado, a qualidade parece ok e a nova dublagem dos personagens fez bem aos mesmos. Infelizmente, este é mais um título da Square-Enix que passa batido e não oferece nem legendas em Português do Brasil, sendo que ele faz parte do universo do Final Fantasy VII e sua história tem ligação com aquele título era esperado que a empresa fizesse essa adição, mas esse não foi o caso.

Em resumo, Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion é um jogo bom, ele faz o básico e vai além, afinal ele atinge seu objetivo em melhorar e oferecer um jogo de 2007 nos consoles modernos e com melhorias consideráveis em gameplay e visuais, claro que não é perfeito e nem dava para esperar mais, em nenhum momento foi dito que esse era um título refeito do zero, mas aquilo que foi possível mexer mais a fundo foi feito, tirando o caso das CG’s que estão um pouco abaixo do restante da apresentação e da falta de localização em nosso idioma, o jogo continua bastante divertido e muito frenético, e claro, é mais do universo de FFVII. Com isso tudo dito afirmo que é um bom jogo para os fãs da franquia e que ele vale a pena para aqueles que não acompanham ou desconhecem a franquia e se interessaram em comprar, mas tenha em mente que ele não é um jogo novo, alguns pontos podem deixar a desejar.

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