Triple Take – Uma assustadora quebra de quarta parede | Análise

O jogo apresenta uma mecânica que não é nova, mas é lindamente explorada no decorrer da gameplay

Analisado no PC


Triple Take é um jogo de plataforma de terror feito pela FlyAway e publicado pela Bonus Stage em 6 de outubro de 2022 para Steam.

O game se apresenta com textos na tela que lembram um console de programação, códigos aparecem e pelo que eles dizem parece que está sendo criada uma fase de um jogo, porém no final do texto uma “anomalia” ocorre, a qual ele não consegue finalizar a execução. Essa anomalia é um vírus de computador que tem o objetivo de sair do mundo do game, e o seu objetivo é ajudá-la chegando ao último nível.

O player joga com um bonequinho branco sem muitas expressões que é seguido pelo vírus de computador. Os personagens secundários do game são bem característicos, uma vez que eles têm personalidades bem distintas. Não vou revelar muitos detalhes de suas interações com o player, mas saiba que eles são muito importantes para criar a atmosfera macabra do jogo.

O jogo apresenta uma mecânica que não é nova, mas é lindamente explorada no decorrer da gameplay. Ela consiste em uma fase que tem três etapas, cada vez que você chega no final ela muda completamente, quebrando blocos e ativando armadilhas. Os controles são bem precisos e responsivos. Um fator que é bem possível de se observar durante o jogo é o estresse, já que quando você morre o jogo te leva para o começo da fase, isso pode deixar o jogador louco se ele estiver preso numa parte complicada do level, e isso é visto principalmente nas boss fights onde é muito fácil de cometer erros.

Isso não é tudo, o jogo ainda quebra a quarta parede quando mostra os diálogos do personagem com o tal vírus de computador, onde o player é obrigado a mover arquivos nas pastas do jogo durante a gameplay, essa mecânica é muito revolucionária e foi muito bem utilizada pelos desenvolvedores.

Algo bem reparável é a clara referência a Undertale em Triple Take, tanto nos diálogos quanto nos gráficos dos personagens, que tem os sprites bem parecidos com os das batalhas da obra de Toby Fox. Apesar de simples, os cenários são bem desenhados, e trazem um toque especial que lembra bastante o Game Boy Color, onde as paletas de cores dos níveis mudam de acordo com o quão avançado você está.

A trilha sonora do jogo também lembra os jogos antigos, no sentido que elas se repetem bastante sendo loops de 20 segundos, porém as boss fights tem uma música diferenciada que faz valer a pena deixar o som do jogo ligado.

É difícil demonstrar o quão impressionante Triple Take é, cada avanço, cada detalhe da história é sensacional, apenas jogando para saber, porém apesar de ser um jogo de terror, ele não chega ser tão assustador.

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