Crossfire: Legion – Não inova, mas diverte | Análise

A história aqui se passa no universo da franquia Crossfire onde o mundo está em guerra as duas facções Black List e Global Risk lutam para tomar o controle.

Analisado no PC


Crossfire: Legion é um RTS desenvolvido pela Blackbird Interactive e distribuído pela Prime Matter. O título foi lançado no início deste ano de 2022 para PC como um acesso antecipado e ganhou sua versão final em 08/12/2022.

Trazendo mecânicas interessantes e uma experiência divertida, infelizmente Crossfire: Legion é mais um título com potencial que acaba sofrendo com problemas técnicos e decisões questionáveis de seus desenvolvedores.

A história aqui se passa no universo da franquia Crossfire onde o mundo está em guerra as duas facções Black List e Global Risk lutam para tomar o controle. Legion continua essa mesma temática adaptando o conflito de FPS para RTS e adicionando mais uma facção, a “New Horizon”, que chega para jogar gasolina no fogo.

O modo campanha serve como um grande tutorial que apresenta as mecânicas de jogo e as facções através de missões que são divertidas de se fazer, mas duram pouco, assim não espere por uma experiência “PVE SOLO” complexa, pois infelizmente este é um jogo que requer conexão constante – “always online” – e foco aqui está no multiplayer.

No multiplayer Legion não faz feio e temos vários modos de jogo que incluem desde os tradicionais skirmish que aqui podem ser jogados em até seis jogadores, até modos de ataque, defesa e também cooperativos, onde os jogadores se unem para resistir a hordas de inimigos. O mais interessante do multiplayer é que não é só escolher uma facção e partir para a batalha, aqui você precisa montar seu exército.

Sim, você não leu errado, o grande diferencial de Crossfire: Legion é que o jogador tem total controle de customização de seu exército, sendo necessário escolher desde sua facção, até seu comandante e quais unidades você irá utilizar. São inúmeras opções e combinações possíveis e suas escolhas podem ter um impacto gigante na hora da batalha, com comandantes que possuem habilidades que podem mudar o rumo do combate e unidades difíceis de se combater. Claro que essa liberdade de criação acaba aumentando bastante a curva de aprendizado o que deixa o jogo difícil de ser dominado, pois dependendo de suas escolhas e do exército inimigo, não há o que se fazer.

Como disse mais acima, apesar de ser divertido o jogo sofre com alguns problemas técnicos e decisões. Começando pelo pathfinding que é bem ruim, sendo comum as unidades se perderem ou pararem no meio do caminho, algo que acontece com frequência principalmente quando temos unidades grandes e pequenas indo na mesma direção. A interface também não é das melhores, com ícones bem pequenos que dificultam a visualização e seleção de tropas e para piorar atualmente este é um jogo “always online”. Infelizmente até o momento desta análise o título exigia uma constante conexão para ser jogado e isso vale para todos os modos, inclusive partidas contra AI, essa exigência de conexão não faz sentido, visto que este é um jogo completo sem loja online ou desbloqueáveis e a exigência de conexão acaba deixando o jogador à mercê de instabilidades de conexão e de servidores, algo que pode acontecer a qualquer momento e acabar afetando a experiência.

No final, Crossfire: Legion é um jogo interessante e apesar de suas limitações, sua experiência final com certeza irá agradar os fãs do gênero. O preço cobrado é justo e eu prefiro recomendá-lo para quem gosta de RTS e não se importa com a exigência de conexão constante.

Confira neste vídeo de gameplay o começo de Crossfire: Legion:

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