Não podemos negar que 2022 foi um ano memorável para os nintendistas de plantão. Mais 12 meses de Pokémon Unite juntando amigos e te fazendo passar raiva com a solo queue, pistas novinhas em folha (outras nem tanto) em Mario Kart 8 Deluxe, uma nova aventura Pokémon em um continente completamente inspirado na magia da Espanha, embates emocionantes nos novos títulos de Fire Emblem e Bayonetta e isso tudo sem falar no fato de a empresa finalmente estar mais próxima da gente, fisicamente. Vamos lembrar um pouco mais?
O ano já começou em alta para os pokemaníacos: em 28 de janeiro, os treinadores foram levados à antiga Hisui, a antiga Sinnoh, muitos anos antes dos eventos ocorridos em “Pokémon
Diammond and Pearl”. Mecânicas novas foram introduzidas (e adoradas), assim como novas formas de monstrinhos já conhecidos, como o Decidueye e Arcanine. O mundo aberto proposto, assim como as inovações no sistema de batalhas de Pokémon Legends: Arceus deram um frescor à série, que já sofria de reclamações constantes ao redor dos moldes rígidos e repetitivos.
Nintendo Directs ao longo do ano aumentam o clima de ansiedade no ar! Será que estaria vindo o anúncio da tão aguardada sequência de “The Legend of Zelda: Breath of the Wild”? A comunidade estava até então apostando muitas fichas na possibilidade. “Hyrule Warriors: Age of Calamity” mostrou que o mundo explorado no Nintendo Switch tem muito a oferecer, com personagens carismáticos, histórias a serem desvendadas e possibilidades incontáveis apenas esperando uma nova aventura. O jogo acabou sendo mais tarde anunciado para 2023, mas com certeza esse ano fez o hype aumentar em níveis estratosféricos.
Kirby and The Forgotten Land foi lançado em março e, mais uma vez impressionou por trazer essa bolinha rosa em cenários lindíssimos (com uma inesperada temática pós apocalíptico) além de introduzir mecânicas empolgantes: agora, além dos seus inimigos, Kirby também consegue se apropriar de habilidades de objetos! Sim, objetos! Corra como um carro desesperado rumo à vitória ou lance latinhas ao incorporar uma gigantesca máquina de vendas. Com certeza uma adição notável e muitíssimo apropriada para a jogatina em família!
Os esportes também deram as caras em 2022! O sucessor espiritual do icônico “Wii Sports” chegou ao híbrido da Nintendo, com o nome “Nintendo Switch Sports”, contando com diversas modalidades e uma experiência atualizada. Além desse título, não podemos esquecer “Mario Strikers: Battle League”, o título que é uma salada de frutas entre o esporte e o caos dos power-ups estilosos e arrebatadores do reino do cogumelo, que inclusive percorreu alguns shoppings através de um evento promocional da Nintendo, o que foi bastante comemorado por ser uma aproximação mais “física” da empresa.
Entre junho e julho, três títulos de peso chegaram ao console: Fire Emblem Warriors: Three Hopes, Monster Hunter Rise Sunbreak, e Xenoblade Chronicles 3, que chegaram para alimentar a fanbase saudosa, que ansiava por mais jogos dessas séries, além de aumentar com qualidade e robustez a biblioteca disponível para o Nintendo Switch.
O “novo” clássico da Nintendo, Splatoon, foi também agraciado com mais um título em 2022: Splatoon 3, lançado em setembro. Apesar do lançamento controverso (já que dado o caráter online e casual de Splatoon, o mais coerente seria lançar uma DLC paga do que te fazer pagar por um jogo completamente novo), sem dúvidas, esse novo capítulo da batalha de tiros de tinta mais louca do mundo dos games ainda vale a pena, principalmente para os que ainda não experimentaram nenhum dos seus antecessores.
Ainda no fim de setembro, uma parceria inesperada: o lançamento de “Celestial”, canção de Ed Sheeran dedicada ao mundo Pokémon. A essa altura, o hype para o lançamento de Pokémon Scarlet e Pokémon Violet já estava incontrolável, e ter todo esse sentimento embalado pela trilha do ruivinho foi realmente um presente. Aliás, os fãs de Pokémon foram bastante mimados esse ano: além das aventuras em Hisui, das músicas temáticas lançadas, das aventuras emblemáticas no anime (e nos seus spin-offs), o jogo Pokémon Sword e Shield, como um último respiro teve eventos com distribuição de Pokémon Míticos (tais como Victiny e Marshadow, que há tempos não estavam disponíveis), além de eventos in-game, onde participando de 3 partidas online você poderia receber as versões shiny das aves lendárias de Kanto, na variação galariana (espécies estas somente disponíveis na DLC paga). Não podemos esquecer também das diversas atualizações e eventos do segundo ano de Pokémon Unite, onde foi possível adquirir gratuitamente uma permissão para o uso do mítico e misterioso Mew, um dos Pokémon mais desejados por gerações de treinadores.
Pois bem, o ano chegando ao fim e as novidades não pararam: no dia 20 de outubro a sequência do caótico e delicioso Mario + Rabbids Kingdom Battle foi lançada, com o nome “Mario + Rabbids: Sparks of Hope”, cuja análise fresquinha você pode inclusive ler aqui no site. A aventura estratégica se mostrou renovada e com fôlego para transformar o então subestimado jogo base em um trampolim para um sonho de consumo, ficando pau a pau com jogos muito maiores e entrando para o invejável rol dos jogos indispensáveis. Em comparação ao seu predecessor, pode-se dizer que “Sparks of Hope” é melhor em tudo: visual, jogabilidade, mecânicas e muito mais… Ponto para a Ubisoft!
Com o pé ainda no acelerador para alcançar maior adrenalina, o muitíssimo aguardado Bayonetta 3 foi lançado no finzinho de outubro. Fazendo cada segundo de espera valer a pena, o game entrega muita ação, novidades e uma trama mais amigável aos jogadores, principalmente os novatos. Com a missão de se tornar épica, Bayonetta 3 esbarra nos limites do console e tem algumas questões técnicas, mas que não ofuscam o brilho dessa empreitada. Também foi um dos jogos que chegou dando voadora na porta da jogatina e entra fácil como uma das adições mais relevantes do ano.
Quase fechando o ano com um lançamento que geraria polêmicas muitíssimo discutidas, Pokémon Scarlet e Pokémon Violet finalmente ficam disponíveis ao público, talvez um tanto antes do que seria necessário. Sofrendo com lags irritantes, bugs gráficos que o tornariam um fantástico gerador de memes e novidades que em parte não agradaram a todos (especialmente após o muitíssimo elogiado Legends: Arceus), o jogo dividiu opiniões. Mas apesar de todas as questões técnicas (que não são poucas), o jogo consegue transcender essa nuvem de defeitos e ser divertido. A aventura em Paldea resgata a emoção de jogar Pokémon em diversos pontos diferentes: a trilha sonora finalmente parece mais ligada aos outros jogos da série (e me faz querer esquecer que um dia tive que escutar por horas aquela gaita de fole na Wild Area), além de trazer 3 missões principais e independentes que te passam uma maior sensação de liberdade. É um jogo muitíssimo divertido, mas não é para todos.
Não podemos esquecer de mencionar o fato de agora, alguns jogos selecionados da Nintendo estarem fisicamente disponíveis no Brasil de forma oficial através da Amazon, Americanas, Submarino, Malagu… e outros varejistas. São poucos os jogos e ainda há diferença entre estes preços e os da mídia digital, mas com certeza há espaço para inovação e melhorias. Vamos aguardar as promoções e comemorar esse retorno da Nintendo.
Finalmente, no último mês do ano, fomos presenteados com a lindíssima wave 3 da DLC de Mario Kart 8 Deluxe: Booster Course Pass. Contando com a adição de 8 pistas, algumas preciosidades são facilmente destacáveis: a corrida por Berlin, muitíssimo detalhada e cheia de referências, o lindo jardim da Peach, mega nostálgico para quem se divertiu no título para o Nintendo Wii, e a pérola da vez: a pista baseada em uma vila em plena época de Natal, com direito a neve, embrulhos de presente e muita magia no ar. Com certeza essa “onda” coroou o ano de 2022 como um ótimo ano para quem tem um console Nintendo Switch, e foi a cereja no topo do bolo, que deixou os fãs nintendistas ansiosos pelo que está por vir.