Vengeful Guardian: Moonrider – Mais um indie retro brasileiro que não faz feio | Análise

O tipo de guardião que o brasileiro precisa

Jeferson Vasconcelos12/01/2023Última Atualização 12/01/2023

Analisado no PC

Vengeful Guardian: Moonrider é um jogo de ação e plataforma desenvolvido pela JoyMasher e distribuído pela The Arcade Crew. O título está sendo lançado hoje 12/01/2023 com versões disponíveis para PC, PlayStation 4 | 5, Switch e Amazon Luna.

Dos desenvolvedores de Oniken, Odallus: The Dark Call e Blazing Chrome. Vengeful Guardian: Moonrider é o novo título da JoyMasher que chega com uma linda pixel art em 16-bits, muita ação e plataformas, uma experiência que assim como os outros jogos da desenvolvedora se inspira nos clássicos dos anos 80 e 90.

Em Moonrider nós jogamos no controle de um guerreiro cibernético “Moonrider” criado para garantir a ordem e a opressão de um estado totalitário sobre seus cidadãos. Após algumas revoltas os ditadores resolvem ligar o guerreiro, só que algo dá errado e o robô se rebela e se volta contra os seus criadores, partindo então em uma missão para eliminar os opressores e garantir a justiça e a paz.

A jogabilidade segue o tradicional do gênero com muitas plataformas que requerem pulos precisos, vários inimigos e projéteis pelo cenário. No controle do personagem é possível se movimentar para os lados, correr, atacar e utilizar movimentos especiais que consomem os MP (Magic Points) do robô, os diferenciais são a possibilidade de trocar os golpes especiais durante a jogatina e também as modificações que podem ser ativadas no guerreiro, mas vamos falar disso mais abaixo.

Quem jogou os outros jogos da desenvolvedora com certeza notará várias semelhanças e uma certa evolução nas mecânicas. A combinação de movimentos e mapas lembra um pouco de clássicos como Shinobi e Strider, temos até uma sessão onde jogamos com uma moto no estilo Super Hang-On e Road Rash.

A dificuldade é de moderada a alta, sendo bastante punitiva com iframes mínimos após recebermos dano, mas calma que este é um jogo para todos. Como dito mais acima é possível ativar algumas modificações no Moonrider, esse sistema é feito através de módulos que o jogador pode encontrar escondidos no cenário e são uma mão na roda na hora de passar certos níveis. São vários módulos diferentes, temos desde redução de dano, regeneração de vida e MP, pulo duplo e até o famigerado canhão de vidro, com este último o personagem morre assim que receber qualquer dano.

Os módulos ajudam bastante no progresso e temos uma boa quantidade de itens restauradores nos cenários, mas no geral este é um jogo onde é preciso morrer algumas vezes até você aprender ou decorar os movimentos dos inimigos e os caminhos do cenário, pois como disse temos muitas plataformas e basta um pulo errado para te colocar em apuros.

A apresentação aqui é muito boa, nos gráficos temos um pixel art feita em 16-bit que mistura uma temática cibernética com gore, temos vários modelos com animações bem feitas e opção de filtros de tela. O visual é acompanhado de uma trilha sonora animal, com músicas divertidas que combinam perfeitamente com a temática e embalam os combates.

No final, Vengeful Guardian: Moonrider é mais um belo trabalho da JoyMasher, o jogo com certeza irá agradar aos fãs do gênero e seu único ponto negativo é ter um baixo fator replay, pois diferente de Blazing Chrome, aqui nós só temos o modo história e quem quiser mais tempo de jogo só tem como opção rejogar os cenários em busca de uma nota melhor. Ainda não temos um preço definido, mas pela experiência eu posso recomendar este título para todos os fãs de jogos de ação e plataforma.