Horizon VR – O Chamado da Montanha | Análise

Os gráficos são limpos, extremamente nítidos, com texturas maravilhosas que me deixaram de queixo caído.

Analisado no PlayStation VR 2


Lançado no mesmo dia do nascimento do novo óculos de realidade virtual da Sony. Horizon: Call of The Mountain traz uma experiência INCRÍVEL e não há como começar essa análise de outra forma senão já dizendo a verdade, você que tem, ou pretende comprar um PlayStation VR2, PRECISA ter Horizon em sua biblioteca de jogos e as razões para eu ter tanta certeza disso você conhecerá nessa análise.

Começamos a aventura na pele de Ryas, um Carja da Sombra prisioneiro que está sendo levado em um pequeno barco para vila de Solnasce, Hami e Kavad são seus vigias, mas nada fica muito claro no começo pois os dois não explicam a situação, só sabemos que Marad Inocente (uma pessoa importante e influente de Solnasce), acredita que possamos fazer algo por ele, e dessa forma até podemos conseguir o perdão do Rei Sol. Durante o trajeto com o barco somos atacados por um Bocarra enorme, que é uma espécie de crocodilo em forma de máquina e caímos na água, após emergir Kavad acaba morrendo quando tentamos salvá-lo do Bocarra mas sem sucesso. Então seguimos nossa trilha até Solnasce para saber o que Marad quer conosco. E também encontrar alguém muito familiar, a própria Aloy.

Antes de falar sobre os gráficos temos que ter em mente que o PSVR2 é um dos óculos de realidade virtual mais novos do momento, se você for como eu que pulei do PSVR1 para o PSVR2 sem ter tido muito contato com outros óculos, como Quest, Oculus Rift e qualquer outro para PC, prepare-se, pois, a mudança é enorme.

Os gráficos são limpos, extremamente nítidos, com texturas maravilhosas que me deixaram de queixo caído. O jogo traz tantos detalhes que várias vezes fiquei parado apenas admirando a paisagem, pedras, terra, madeira, as graminhas entre as pedras, as flores, cachoeiras, água e por aí vai. Os personagens parecem de verdade, tirando o fato que as cores do jogo são mais saturadas que outros jogos, e deixando-o mais cartunesco que real, mas isso é da própria direção de arte de Horizon. O efeito de iluminação e sombras é excelente e não devem nada ao próprio Horizon Forbidden West.

A sensação de imersão é enorme, como por exemplo quando escalamos uma montanha bem alta, e elas são muitas hein, ao nos virarmos e olharmos para baixo, conseguimos ver todo o caminho desde o começo da fase que fizemos até chegar lá em cima, a sensação de olhar para baixo é sensacional e quem tem medo de altura com certeza pode ter alguns problemas nesse jogo sendo que noventa por cento do tempo é o que mais fazemos, escalar lugares altíssimos. Aquela sensação de profundidade também está muito presente aqui, pois os cenários são enormes e dão a sensação de que tudo está há muitos quilômetros de distância, algo que só a realidade virtual pode oferecer.

O jogo tem uma ótima fluidez, mas nem tudo é perfeito, pois em várias partes, são muitas aliás, há uma queda de framerate que acaba atrapalhando a experiência, diferente de Resident Evil Village, que não presenciei isso em nenhum momento.

Call of The Mountain vem com a mesma dublagem e localização em português brasileiro dos outros jogos da série, então podem ter certeza de que a qualidade é excelente. O que mais chama a atenção aqui é o fato do áudio ser totalmente em 3D, pois quando estamos com o headset o som tem que vir de todos os lados naturalmente nos dando a sensação de estarmos imersos naquele mundo, e isso ele faz com perfeição, pois a trilha sonora é ótima, os efeitos sonoros dos passos e do vento são perfeitos, junto disso ainda estão presentes os rugidos das máquinas que são aterrorizantes em algumas partes do jogo. Aliado a isso, temos a vibração do headset que nos mantém mais imersos ainda no jogo, e a primeira vez que isso acontece é logo no começo do game quando uma Ave-Tempestade dá um rasante muito perto da nossa cabeça, fazendo com que o headset vibre com uma intensidade muito forte aliada ao som da enorme máquina voadora.

A jogabilidade de Horizon: Call of The Mountain é um dos pontos mais importantes, e é ela que nos dá um gostinho do que será possível daqui em diante com os novos controles SENSE do PSVR2. Tudo é muito intuitivo pois antes não tínhamos controles analógicos no PSVR1 e da forma como era feito para que virássemos o personagem com os controles MOVE seria inviável oferecer a experiência proporcionada por Horizon.

Tirando a parte básica de nos mover, que é feita com os analógicos esquerdo e direito (também tem várias opções de movimentação nas opções, principalmente para quem sofre de cinetose), aqui temos a sensibilidade dos controles para fechar nossos dedos com força quase que individualmente durante o jogo, ainda estou tentando entender como o próprio analógico entende que meu dedo está apenas encostado nele sem produzir pressão alguma para o dedão do meu personagem se mover no jogo. Quase tudo é interativo aqui, copos, pratos, cestos, maçãs e peras que comemos para recuperar nossa energia, tambores, pedras e até umas graminhas que tem entre as rochas que escalamos. É algo espetacular.

Colocar o braço para trás do ombro e puxar o arco é algo que parece tão natural quanto pular, aliás o pulo aqui só funciona em áreas especificas, ou seja, não podemos sair pulando infinitamente como nos outros jogos, dessa forma, dentro da área específica, seguramos L2 e R2 e jogamos nossos braços pra frente fazendo com que saltemos para agarrar em cordas, suportes, escadas, montanhas, etc.

Além disso, atirar com o arco e flecha é uma das coisas mais satisfatórias que vamos fazer em Horizon: Call of The Mountain e conforme vamos avançando na história novas flechas vão aparecendo como a de fogo, choque e flecha lacerante. Assim como no jogo de Aloy, aqui também precisamos de recursos para montar as flechas, e para trocar de uma para outra basta girar o pulso para esquerda e todas as flechas aparecem em cima do arco. Outros itens vão surgindo também, como picaretas para escaladas em rochas que não tem suportes, ganchos para nos pendurarmos de um lado para o outro, estilingues com bombas de gelo e pedra.

Uma das coisas que devem ser mencionadas é a parte do combate. Assim que um inimigo surge os controles não são mais “livres” e passamos a nos movimentar na horizontal da esquerda para direita, dando pequenos “pulinhos” rondeando o inimigo, achei diferente isso dos outros jogos que já joguei como Skyrim que tem uma jogabilidade mais livre nessa parte, aqui funciona bem, e evita que a gente se perca na batalha, com o analógico direito nos esquivamos dos ataques.

Em conclusão, como dito no começo dessa análise, Horizon VR Call of the Mountain é um jogo obrigatório para quem tem um PSVR2, com quase oito horas de jogo ele é muito mais que uma simples experiência, e mesmo que você não conheça o mundo de Horizon Zero Dawn/ Forbidden West vai aproveitar cada pedacinho desse título, seja para você mesmo bater recordes na área de treino, jogar a história novamente para descobrir mais detalhes que não percebeu da primeira vez ou para mostrar o “modo Safari das Máquinas” para sua avó, paro o seu vô, pai, mãe, cachorro…,

Confira no vídeo abaixo as primeiras impressões de Horizon: Call of The Mountain:

E neste outro vídeo o modo Safari das Máquinas:

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