Conheça um pouco mais de Luciana Druzina, diretora e produtora audiovisual e de games.

Como todos sabem, hoje comemoramos o Dia Internacional da Mulher, data que nos lembra a luta diária das mulheres contra um mundo machista e desigual.

E no nosso mundo, o dos games, a situação não é diferente. Em um ambiente machista e tão desigual e preconceituoso quanto outro qualquer, as mulheres ainda lutam apenas para se divertir e ter games como um hobby, mesmo já sendo metade dos jogadores existentes no mundo. Pode parecer mentira, mas ainda mulheres sofrem quando estão jogando on-line ou mesmo quando fala que gosta de videogame.

Se não bastasse tudo isso, elas também sofrem com todas essas descriminações no mercado de games. Nos estúdios e produtoras, elas ainda são minoria e lutam contra a desigualdade do mercado, seja em relação a oportunidade de trabalho, seja com salários menores do que os recebidos por homens.

Todo esse mundo está sendo retratado por Luciana Druzina, produtora de audiovisual gaúcha, que está produzindo um documentário chamado “Garotas do Game”.

“Garotas do Game” é um documentário que aborda o universo dos games sob o ponto de vista feminino, voltado para o público teen, retratando meninas tanto como jogadoras quanto desenvolvedoras.​

O documentário acompanhará as jogadoras de eSports, mostrando seu cotidiano como fio condutor da narrativa com aspectos como: a evolução histórica da participação de mulheres como jogadoras, criadoras e desenvolvedoras; a evolução das personagens femininas nos games; e o universo das garotas e suas estratégias para fugir do machismo do mundo geek.

​O filme utilizará recursos como inserção de animação, narrativa de gameplay e simulação de ambiente de jogo eletrônico.

A obra é dirigida por Saskia Sá, CEO da Horizonte Líquido e premiada diretora audiovisual. Seu documentário Rio das Lágrimas Secas foi selecionado em 25 festivais e ganhou 10 prêmios. Ela é roteirista do projeto da série Journey to Nemesis e tem diversos interesses artísticos, como escrita, artes visuais e ensino de cinema.

Mas não é só isso, Luciana Druzina vai apresentar uma outra face de seu portfólio, que é a produção de games. Winged foi baseado no livro “Menina de Asas”, do escritor gaúcho Pablo Morenno (que também inspirou uma curta de animação 2D, de mesmo nome, que está em fase de produção). Destinado ao público infantil, com idade entre oito e doze anos, o jogo tem uma particularidade muito especial – está sendo produzido com uma equipe majoritariamente composta por mulheres, para tanto, além do time interno da Druzina Content a produtora contou com a parceria do Sorora Game Studio, empresa formada por uma equipe de mulheres desenvolvedoras.

Winged inova ao combinar literatura e games: a personagem corre automaticamente e ao jogador cabe direcioná-la, evita obstáculos, pular e voar para coletar mini-livros, assim habilitando fases, acessando novos mapas e ativando a biblioteca. Lá pode-se desbloquear livros clássicos da literatura mundial, podendo assim liberar novas asas – uma metáfora para o conhecimento obtido através da leitura – com habilidades especiais.

“A essência do jogo é trazer a literatura de forma divertida e com jogabilidade”, afirma Luciana Druzina, CEO da Druzina Content. O foco do jogo é entreter o jogador em um jogo divertido de ação e aventura, tendo como consequência esperada o incentivo à leitura. “As editoras nos procuram por causa do mercado audiovisual, pois entendem que nossa experiência com produções de filmes, séries, animações trazem outras narrativas para games”, conclui Luciana.

O lançamento de Winged está previsto para 2023 e o jogo deverá também ser portado para consoles e PC, além das versões mobile (iOS e Android) previstas inicialmente.