Abordando a origem a da imunidade de Ellie, o non episódio também mostrou como o amor de Joel pode levá-lo ao limite e fazer coisas sem pensar em consequências, uma vez que não existe certo e errado em The Last of Us e não é fácil definir quem é herói e vilão num mundo pós-apocalíptico.
Como todos sabem, Ellie é a prometida salvadora do mundo, sendo que até agora, ela é a única imune ao Cordyceps. A série mostra como a mãe de Ellie, ainda grávida teve contato com o fungo, tornando a filha imune. Ainda no episódio pudemos vislumbrar como os acontecimentos de antes e depois de conhecer Joel mudaram Ellie profundamente para sempre.
Anna que é interpretada por Ashley Johnson (a Ellie dos jogos), entregou uma atuação absurdamente tocante, ao encenar um duro parto e ter que entregar sua bebê para a amiga Marlene. Tudo isso ilustra as angústias que Ellie terá de enfrentar no futuro.
Joel e Ellie finalmente chegam ao seu destino, com uma das cenas minhas lindas, tanto na série, quanto no jogo, que é a interação deles com as girafas. Embora seja um dos episódios mais curtos da temporada, ele é muito certeiro quando Joel descobre que a cirurgia custará a vida de Ellie, sendo somente dessa forma que poderão sintetizar a vacina, mostrando mais uma vez que o certo e o errado não existem.
A carnificina do hospital, os vários corpos de Vaga-Lumes e a mentira de Joel, ditam profundamente a atmosfera da cena e geram desconforto em quem está assistindo. Fica aquele sentimento agridoce de que o mundo deixou de ter uma vacina, para que um pai não perdesse a filha.
The Last of Us elevou o nível das adaptações a um patamar impecável, mostrando-se ousada, com competência produtiva e criativa no que diz respeito a uma obra. Tudo foi expandido e detalhado de forma caprichada e meticulosamente medida, para que agradasse os fãs do jogo e o novo público.
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