Townsmen VR – Um jogo extremamente viciante | Análise

Para minha surpresa, Townsmen VR é um jogo mais simples do que eu imaginava e conta com uma jogabilidade viciante

Analisado no PlayStation VR 2


Desenvolvido pelo estúdio HandyGames, Townsmen VR foi lançado para PCVR em 2018, e desembarcou no dia do lançamento do PlayStation VR2 trazendo consigo muita diversão em um game de gestão de cidades medievais.

Esse tipo de jogo nunca chamou muito minha atenção, pois sempre achei que levaria tempo demais em apenas um game, afinal de contas temos muitas coisas para fazer como construir casas, fazendas, moinhos, serrarias e por aí vai. Não tive experiências muito boas com esses jogos desde a época de Sim City. Mas para minha surpresa, Townsmen VR é um jogo mais simples do que eu imaginava e conta com uma jogabilidade viciante, além de uma história muito interessante e hoje posso dizer que estou muito imerso nesse pequeno mundo medieval.

No começo do jogo somos apresentados a Sir Clunkalot, um dos cavaleiros do Rei Ricardo (sim, é o nome dele mesmo, não estou me vangloriando rs), ele aparece como um grande cabeção e duas mãos flutuantes, assim como nós somos no game. Nosso navio acaba de passar por uma tempestade e precisamos consertá-lo, pegando os recursos que estão boiando no mar. Após consertar o navio é que chegamos na Ilha da Neblina e é aí que começa o tutorial do game, explicando como construímos as residências, como caçamos, cortamos lenha etc. Lembrando que aqui apenas gerenciamos a vida das pessoas, então é meio que inevitável pensar que somos Deuses onipresentes que influenciam os cidadãos. Nessa ilha temos que completar algumas missões de construção para que a população não morra de fome e tenha recursos suficientes para sobreviver.

Ao final dessa ilha um navio mercante passa por lá e promete nos levar o mais perto que conseguir do Reino do Rei Ricardo. Ele não cumpre o que promete e paramos em outra ilha, tendo que começar nossa pequena vila novamente, mas agora com recursos adicionais. Depois que completamos os objetivos aqui, a princesa, filha do rei aparece, e finalmente nos leva ao reino, explicando a situação de que Edgar o irmão do Rei não aceita que ela seja a sucessora dele quando o Rei se for, e é aí que chegamos em uma ilha bem maior, contando até com guardas armados, os quais serão primordiais para as defesas contra os ataques de Edgar. Como eu disse a história é bem interessante.

Os gráficos do jogo são simples e bem cartunescos, limpos e sem serrilhados, o que pode nos fazer lembrar aqueles jogos para PSVR1 mais simples, mas bem polidos, e até me faz pensar em motivos para não ter sido lançado antes, enfim. A premissa aqui não é ser realista, e sim ser hilário, divertido e aqui parece que estamos vendo uma grande maquete que podemos interagir, e é isso o que faz Townsmen entrar para minha lista de jogos favoritos. A interação com tudo, a simplicidade e o bom humor que há no jogo e em seus personagens. Mas nem tudo é perfeito, há muitas quedas no frame rate quando viramos as ilhas que contém muitas coisas construídas,

A jogabilidade é bem simples, e quem já está nesse mundo de realidade virtual há algum tempo não terá dificuldade alguma nos comandos que basicamente são apontar para menus escolhendo o que queremos construir, pegar pessoas e colocá-las em pontos e construções do mapa, e para nos locomovermos seguramos os gatilhos dos controles SENSE e “segurando no ar” nos arrastamos pelo mapa como se estivéssemos nadando e girando um grande tabuleiro, além disso podemos dar zoom para ver tudo muito de perto. Não se preocupe, pois, Sir Clunkalot explica tudo no começo do jogo. Na minha opinião as configurações dos controles poderiam ser diferentes, como por exemplo usando os dois analógicos para nos locomover, aliás não vejo o motivo pra não ser dessa forma, pois tem quatro botões que ficam inutilizados, o círculo, o quadrado, o triangulo e a cruz que serviriam também para “agarrar” no cenário e nos locomover dessa forma aí.

Uma dica de começo é que você entre nas opções logo de cara e já ative a função “mãos fantasma”, que deixam “nossas” mãos invisíveis para que possam passar pelos cidadãos sem que sejam derrubados na água, evitando que eles se afoguem. Nosso objetivo é colocar as pessoas para trabalhar, sendo que todas as pessoas podem mudar de função a hora que quisermos, como por exemplo colocá-las em uma árvore para se tornarem lenhadoras, ou colocar em cima de um lago para que comecem a pescar, e por aí vai.

Uma coisa muito importante que ainda não citei é que o jogo está com todos os textos e legendas em português, o que é ótimo para um jogo que tem bastante explicação. Um baita ponto positivo, pois tem desenvolvedoras que não se importam com isso.

O som do jogo apesar de não ter nada especial é muito bem feito e relaxante, as músicas são características da época medieval, mas somem as vezes nos deixando apenas com os barulhos de construção e conversinhas entre os cidadãos (que são inaudíveis óbvio), a dublagem dos personagens é muito bem feita e parece que nasceram com os personagens, e a medida que avançamos no jogo conhecemos novos aliados e inimigos com ótimas vozes.

A campanha de Townsmen VR tem quinze fases e não tenho muita noção do tempo de cada uma, pois estar dentro do PSVR2 é não ter noção de tempo algum, já que estamos imersos naquele mundo.

Confira no vídeo abaixo as primeiras impressões de Townsmen VR no PSVR2:

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