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Tin Hearts – Fofo e auditivamente agradável, porém assíncrono | Análise

Na história de Tin Hearts acompanharemos o sagaz Albert J. Butterworth, um homem Vitoriano bastante criativo.

Analisado no PlayStation 5


Criado e desenvolvido por profissionais que estiveram atuando na série Fable, esse jogo fofinho chamado Tin Hearts traz um mix de puzzles com narrativa densa no que diz respeito as emoções a cerca de uma família. No jogo, controlamos e guiamos soldadinhos de chumbo que precisam desviar de obstáculos ao longo do caminho.

Na história de Tin Hearts acompanharemos o sagaz Albert J. Butterworth, um homem Vitoriano bastante criativo. Com um roteiro dividido em atos, somos introduzidos na vida da família de um inventor e construtor de brinquedos. Seremos apresentados à sua espora, sua filha e conhecendo toda a dinâmica entre eles.

Tin Hearts

Tudo isso vai se desdobrando em cenas cotidianas e visões que surgem durante a gameplay, dessa forma, tudo o que vemos flui organicamente, sem atrapalhar o fluxograma imposto pelo jogo. Dessa forma, a história além de contada, é também mostrada, uma vez que tudo acontece dentro da propriedade da família, ou seja, todos os cômodos internos e adjacências externas são exploradas para entender ainda mais a vida dessa família.

Por se tratar de um game para resolver quebra-cabeças, Tin Hearts oferece uma mecânica na qual precisamos guiar um grupo de soldadinhos de chumbo até seu objetivo final. Eles andam apenas em fila e em linha reta, nos forçando utilizar de ferramentas fixas e até mesmo disponibilizadas ao longo da jornada durante os atos apresentados.

Tin Hearts

A primeira ferramenta com a qual nos deparamos é um conjunto de blocos geométricos triangulares, que são encaixados em espaços pré determinados. Eles têm como funcionalidade, desviar os soldadinhos de algum caminho, seja para alcançar um objetivo, ou mesmo, não cair de plataformas, fazendo-os cair no chão e quebrarem. Outra ferramenta importante é o kit de tambores que servem como trampolins, para evitar que os soldadinhos caiam, ou permitir que eles avancem para plataformas mais distantes.

O jogo também possui um mecanismo para prender balões coloridos nos soldadinhos, possibilidade de mover trens de brinquedo, controlar cata-ventos e acionar canhões para atingir objetos. Porém o jogo possui problemas em sua jogabilidade, que começa no controle propriamente dito do soldadinho de chumbo, esse que não responde imediatamente ao comando. Outro problema um pouco chatinho está no manuseio de objetos pelo personagem no cenário, tornando difícil a utilização, uma vez que sua mecânica se apresenta mais lenta. Mas são detalhes que se a produtora der uma atençãozinha, se resolvem facilmente.

Em termo gráficos, os visuais de Tin Hearts são bonitos e polidos, construídos com muita riqueza de detalhes e texturas, oferecendo uma experiência visual bastante interessante. A trilha sonora também não deixa a desejar, suas composições são bastante introspectivas e trazem certa calma durante a gameplay, com melodias de piano, trazendo uma suavidade importante, que se adequa de acordo com a necessidade do jogo, tornando-se, para mim, o ponto alto do game. Infelizmente o jogo não possui dublagem em nosso idioma, mas é possível ativar legendas.

Tin Hearts não é uma grande obra prima, mas é um jogo para se divertir e relaxar, sem passar raiva. Para se inserir em uma história de pura harmonia que passa por dificuldades como todos nós. Com um visual fofo, facilidade no domínio de conceitos lógicos e jogabilidade agradável, ele se torna um dos jogos mais interessantes para se ter na biblioteca.

Tin Hearts

7.5

Nota

7.5/10

Positivos

  • Trilha sonora
  • Gráfico
  • Roteiro

Negativos

  • Não tem dublagem em português-BR
  • Controles com assincronia

Thiago Richeliê

Um otimista cauteloso que sofre influências da desastrosa Lei de Murphy! Fisioterapeuta, amante de Games, o louco das Séries, apaixonado por Filmes e que chora ouvindo Músicas.
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