Fort Solis: Promissor e instigante | Análise
Em Fort Solis a história é um pouco arrastada no que diz respeito a desenvolvimento.
Analisado no PlayStation 5
Lançado no último dia 22 para PC e PS5 (para Mac ainda este ano), Fort Solis traz na bagagem um elenco muito talentoso: Roger Clark (Red Dead Redemption 2), Troy Baker (The Last of Us, Death Stranding) e Julia Brown (The Last Kingdom, World on Fire). O jogo conta com legendas localizadas em português, tornando a experiência mais imersiva para quem não se familiariza com inglês.
A história que envolve o jogo é bastante simples: ambientado em uma estação espacial localizada em Marte, Jack Leary recebe um sinal de lockdown de uma estação vizinha e corre até lá para investigar. Chegando na estação que carrega o nome do jogo “Fort Solis”, Jack percebe que algo está errado, uma vez que não encontra ninguém da tripulação.
Os fatores que determinam o progresso da história são registros de áudio e vídeo espalhados nos cenários, que estão acessíveis durante a exploração da estação. Essas gravações deixadas pela tripulação funcionam como uma bússola para entendermos tudo o que está rolando.
Em Fort Solis a história é um pouco arrastada no que diz respeito a desenvolvimento. No início as coisas são confusas, mas de acordo com a exploração da estação, tudo começa a se encaixar e fazer sentido. Embora não seja um jogo AAA, ele não fica muito atrás, seja pelo gráfico surpreendente ou mesmo pelo trabalho dos atores já bastante conhecidos pelos gamers. As interpretações são um caso à parte, entregando vida e personalidade aos personagens. Os detalhes dos cenários são incríveis, só de observar o quarto de algum tripulante, você já consegue ter um panorama sobre as características pessoais dele.
Em Fort Solis a história é um pouco arrastada no que diz respeito a desenvolvimento. No início as coisas são confusas, mas de acordo com a exploração da estação, tudo começa a se encaixar e fazer sentido. Embora não seja um jogo AAA, ele não fica muito atrás, seja pelo gráfico surpreendente ou mesmo pelo trabalho dos atores já bastante conhecidos pelos gamers. As interpretações são um caso à parte, entregando vida e personalidade aos personagens. Os detalhes dos cenários são incríveis, só de observar o quarto de algum tripulante, você já consegue ter um panorama sobre as características pessoais dele.
Assim como grandes jogos do mercado, Fort Solis se apresenta em capítulos, onde as revelações são pouco a pouco destrinchadas. Durante a jogatina, mesmo com divisão de capítulos, Fort Solis não apresenta telas de carregamento, ele roda lisinho do começo ao fim, nos aprofundando em uma atmosfera de suspense imprevisível.
Apesar do ritmo desacelerado, o jogo oferece uma experiência interessante, evitando clichês, mantendo a atenção do jogador, fazendo com que ele explore mais e mais para encontrar os colecionáveis e claro, se envolver ainda mais com o inesperado, com a narrativa e com o que move os personagens. Uma dica deste que vos fala é: explore a base no seu ritmo, reúna itens de vários locais como os quartos da tripulação, laboratórios, enfermaria, salas de comunicação e tudo mais, isso vai enriquecer a história.
O personagem principal se move de forma muito lenta e não existe um botão que auxilie uma corrida, então caminhar é a única forma de se locomover. Confesso que isso me incomodou um pouco, uma vez que em algumas situações, “andar” vai contra a proposta emocional que o jogo oferece. Por vezes o personagem se encontra em estado de alerta, adrenalina a mil por hora, mas a cadência de marcha dele se mantém uniforme.
Fort Solis entrega uma jogatina simplista, com puzzles quase inexistentes e com grau cognitivo bastante inferior ao que estamos acostumados. A história é inteiramente linear, ou seja, suas escolhas não possuem efeito sobre o curso que o jogo toma. Falando em gameplay, o de Fort Solis é bastante superficial e longe de ser o ápice do jogo. Em contrapartida, ele apresenta uma história densa, com roteiro estruturado e textos brilhantes que fluem em apoio de um elenco estelar, que trazem muita verdade para os personagens.
Sendo assim, se você gosta de histórias fortes, curte o gênero Sci-Fi e ama exploração, Fort Solis certamente vai preencher todos os pré requisitos que você procura. Personagens interessantes e carismáticos, diálogos agradáveis e uma narrativa muito boa, que permeia um caminho linear sem clichês. Infelizmente, a gameplay não se mostra tão robusta, mas com toda certeza é uma ótima aquisição para sua biblioteca, pois a experiência é de qualidade e eu garanto que vale muito a pena!