Teardown – Que reine o caos, ou não | Análise

Apesar de ser divertido, Teardown peca em um aspecto, e para mim isso é a falta de um modo co-op.

Thiago Richeliê29/11/2023Última Atualização 29/11/2023

Analisado no PlayStation 5

Teardown tem sua característica marcada como um jogo de estratégia e destruição, não necessariamente nesta ordem. Foi lançado originalmente para PC no ano passado e agora faz sua estreia também nos consoles. A gameplay dele se resume a derrubar estruturas com explosões e delinear as melhores rotas de fuga para cumprir as missões. Pode-se dizer que a liberdade criativa impera neste título, trazendo uma sensação de controle inovador em como os objetivos são alcançados.

Para iniciarmos nossa jornada, receberemos um e-mail com uma proposta de trabalho que pede que derrubemos uma casa para que uma corporação possa se instalar. Mas é aí que vem o plot: a casa e o terreno, não pertenciam a corporação. Bem no centro desse espiral de tramoias, vamos recebendo inúmeros trabalhos, cada vez mais complexos. Os trabalhos variam entre contratos com bandidos e com a própria polícia.

Se apresentando em 20 missões espalhadas em 5 mapas, elas têm como pano de fundo roubar alvos pré-determinados. No momento em que você conclui um objetivo do trabalho em questão, uma sirene começa a berrar e você precisa fugir do local rapidamente, sendo necessário chegar até o carro de fuga. É preciso raciocinar antes de começar o trabalho, pois há sempre mais de um objetivo dentro da missão, então é melhor otimizar o tempo, para que você roube tudo em um tempo de 60 segundos.

Estrategicamente temos diversas ferramentas disponíveis para nos apoiar durante a execução das missões. Entre elas estão: maçarico, espingarda, marreta e várias outras que são desbloqueadas de acordo com nosso progresso no jogo. É possível aprimorá-las também, com as moedas que encontramos e coletamos nos mapas. Como a liberdade criativa do jogo é muito explorada, temos ferramentas extras que podemos usar. Quase tudo que está presente no cenário é utilizado como ferramenta: carros, barcos e tanques de gás. Tudo isso pode e será usado para liberar passagem ou alcançar novos níveis.

Apesar de ser divertido, Teardown peca em um aspecto, e para mim isso é a falta de um modo co-op. Esse jogo é muito dinâmico e seria absurdamente mais prazeroso se fosse explorado com um amigo. Todo o caos apocalíptico que o game oferece seria ainda melhor na companhia de um parceiro de jogatinas. Outro problema é a falta de localização em português-BR nas legendas. Pessoas que não dominam o idioma inglês podem encontrar diversas dificuldades para progredir no jogo, seja por não entender a história ou mesmo para compreender as instruções que definem os objetivos. Por conta desses detalhes podemos ter uma experiência comprometida.

Visualmente temos um jogo lindíssimo, com ambientação deslumbrante em paisagens distintas, com iluminação encantadora e texturas muito detalhadas, criando uma experiência densa e coerente com a trilha sonora que se mostra em sintonia com o cenário, tornando o processo de imersão ainda mais gratificante.

Em resumo, Teardown apresenta uma jogatina inovadora, repleta de estratégia e destruição associada a uma sensação de liberdade distribuída em diversos modos de completar as missões, seja no modo campanha principal, mapas da comunidade ou o modo de mundo aberto. Focados em situações diferentes, cada modo te permite planejar melhor suas rotas de fuga, bem como pode ligar o dane-se e deixar o pau torar sem limites. Apesar dos tropeços em relação ao idioma e ao modo cooperativo, temos um jogo que faz valer a pena o investimento.