Analisado no PlayStation 5
A tão aguardada expansão da franquia, DLC Modern Warfare III, digo… Call of Duty: Modern Warfare III tenta de todas as formas balancear a ação intensa que caracteriza a série com novos elementos de jogabilidade. Infelizmente, o resultado é um tiro no pé para a comunidade de fãs.
Sequer podemos negar a maestria da série Call of Duty em construir enredos envolventes. Continuando a história do antecessor, COD Modern Warfare III expande a experiência ao redor do mundo, centrando-se em conflitos globais. Personagens centrais como Ghost, John Price e Vladmir Makarov retornam para cativar os jogadores.
Contudo, o que poderia ser um ponto forte acaba sendo ofuscado por uma execução deficiente. A franquia, reconhecida por momentos memoráveis, falha em proporcionar algo marcante neste capítulo.
COD MWIII enfrenta duras críticas, e não é difícil entender o porquê. A fadiga em jogos FPS até poderia ser um dos motivos, mas logo nos primeiros minutos de gameplay fica evidente que estamos falando de um projeto que tinha como base, ser uma DLC e não uma sequência direta. A pressa, possivelmente agravada pela recente compra da Activision Blizzard pela Microsoft, é notável, lembre-se, estou dizendo que a pressa pode ter relação com isso, não é possível ter certeza absoluta. Na campanha existem alguns momentos cinematográficos e que enaltecem a ação de qualidade, mas que não são o suficiente para salvar o titulo da mesmice
Uma das mudanças significativas é a abordagem de algumas missões, proporcionando um modo mais furtivo e estratégico em grandes mapas remanejados do Call of Duty Warzone. Essa adição traz uma experiência nova de jogabilidade com a introdução de um mundo semi-aberto, com áreas de exploração que favorecem o fator replay, mas a forma genérica como a Sledgehammer Games o fez, é a maça podre do título.
Outro pesar é a história pouco envolvente, curta e diminutiva com seu principal antagonista, Vladmir Makarov, seu papel neste game não transmite a real sensação de perigo aos jogadores, sendo de longe uma das maiores decepções de toda a franquia. Diálogos rasos com frases de efeito atrapalham o efeito surpresa, salvo em raríssimas exceções que deixam a nítida impressão de um desvio de rota enquanto o game estava em desenvolvimento.
Surpreendentemente, o destaque do título é o Modo Zumbi, que apresenta uma nova dinâmica de jogo mais atrativa do que o próprio modo campanha. Esta peculiaridade seria cômica se não fosse trágica, considerando o peso da franquia nos jogos de FPS contemporâneos. O multiplayer, é a cereja do bolo da série e isso sempre ficou evidente em todos esses anos, oferece poucas novidades além de uma movimentação mais rápida. Se trouxermos a nossa análise do Multiplayer Call of Duty Modern Warfare II, teremos exatamente os mesmos pontos a destacar, nada além de um apelo da comunidade.
Enquanto alguns aspectos foram apreciados, a campanha falha em atender às expectativas de muitos jogadores, que ansiavam por mais inovação e uma experiência envolvente, e a curta duração da campanha certamente não corresponde a essas expectativas. COD Modern Warfare III talvez seja mais um exemplo de como a pressão por um game anual pode comprometer a qualidade de uma franquia tão renomada.