Analisado no PlayStation 5
Outcast – A New Beginning trata-se de uma continuação pouco conhecida pois o primeiro game foi lançado em 1999. Talvez a nostalgia fique apenas para os mais velhos e nesta análise, temos aqui uma mistura de Just Cause 4 Reloaded com Avatar: Frontiers of Pandora.
Entre a ficção e fantasia, com planetas diversificados e vasta ambientação, A New Beginning proporciona ao jogador uma longa jornada de um ex soldado chamado Cutter Slade que no contexto geral da história, é um viajante espacial. Pode-se dizer que temos uma vaga lembrança do filme Avatar visto que o personagem precisa se adaptar ao planeta Adelpha, principal cenário do game.
Em Outcast, fica nítida que a imersão em um vasto ambiente quase que orgânico, serve como pano de fundo para que os jogadores tenham a curiosidade em desbravá-lo e não há como negar a criatividade da Appel Studios pois o mundo de Adelpha contém criaturas únicas e paisagens exuberantes. A exploração também traz desafios o que faz com que Slade tenha um grande arsenal a disposição além de um escudo energético que irá acompanhá-lo por praticamente todo tempo.
O primeiro Outcast é de 1999, ano do qual não tínhamos tantos títulos de “mundo aberto” e era interessante ainda com suas limitações, já agora com a continuação, traz a essência sem perder suas raízes na exploração. Infelizmente Outcast – A New Beginning sofre da sensação de “mais do mesmo”, pois outros jogos com a mesma abordagem estão aos montes e disponíveis em quase todas as plataformas, o que enfraquece o interesse por quem não se importa com a nostalgia. De fato, Slade conta com uma enorme gama de armas, acessórios e praticamente todos são customizáveis, o que pode agradar e atrair novos jogadores.
A comunicação com os NPCs é interessante e alguns diálogos são memoráveis, porém após 2 ou 3 horas de jogo, torna-se cansativo pois tudo se resume em ajudá-los de alguma forma, aceitar quests em troca de itens exclusivos dentre outros. A sensação de jogo datado é evidente e as expressões faciais não colaboram para a imersão, fazendo com que tudo seja simples demais além de maçante.
Ao menos, temos uma das jogabilidades mais divertidas em um título espacial e a combinação das armas com uma boa variedade de inimigos em tela, favorece o level design além da criatividade em cada Boss. Customizar os assessórios é imensamente satisfatório além de trazer resultados imediatos enaltecendo o combate direto bem como o fato de que títulos de plataforma com essa temática não há limites para a criatividade.
Não tão importante no contexto geral, porém necessários em uma análise, os gráficos estão bons em alguns momentos e sofríveis em outros, prevalecendo aquela sensação de jogo datado, fazendo uma comparação direta entre Just Cause 4 Reloaded ou Avatar: Frontiers of Pandora, Outcast – A New Beginning seria o primo “feio” com frequentas quedas de frame rate.
Por fim, Outcast – A New Beginning é divertido, oferece uma grande quantidade de conteúdo, sendo explorando o mundo de Adelpha, criando novas formas de jogabilidade através das customizações das armas ou fortalecendo os laços com os NPCs, mas que não agrega em quase nada a não ser o sentimento de nostalgia para quem conhece o primeiro título.