Retropolis 2: Never Say Goodbye – Um Point & Click com estilo Noir em VR | Análise

Os gráficos de Retropolis 2 no PSVR2 são muito bonitos, nítidos e sem aquele embaçado costumeiro

Analisado no PlayStation VR2


Desenvolvido pela Peanut Button, Retropolis 2 se passa um ano após os acontecimentos do primeiro jogo chamado The Secret of Retropolis, lançado em julho de 2021 para Quest e Oculus Rift.

Como eu não conhecia a história pois meu único óculos de realidade virtual nessa época era o PlayStation VR 1, vi um gameplay para não ficar perdido nessa análise e me deparei com um jogo muito interessante de “point and click”, mas com 40 minutos de duração apenas… infelizmente Retropolis 2 não foge muito à regra e trás um jogo de 3 a 4 horas de duração, isso para quem quiser pegar todos os troféus já sabendo todas as soluções dos puzzles.

A trama se passa em Retropolis em um futuro pós-apocalíptico bem estilo “noir” onde existem apenas robôs “vivendo” com hábitos humanos. No papel de Philip Log, um ex-policial e agora detetive temos que interagir com outros robôs e resolver puzzles para dar continuidade em nossa investigação que é nada menos que descobrir o paradeiro de Jenny Montage, uma atriz e seu affair, que foi sequestrada pelo temível criminoso The Magician.

Os gráficos de Retropolis 2 no PSVR2 são muito bonitos, nítidos e sem aquele embaçado costumeiro, os ambientes são cheios de detalhes, e os personagens são únicos trazendo uma sensação de conforto ao jogar pois em muito pouco tempo realmente parece que fazemos parte daquele ambiente.

A jogabilidade é bem simples pois só controlamos as mãos de Philip que se estendem para interagir com os objetos do cenário, existem momentos em que “andamos”, mas é feito no estilo “apontar e clicar” onde nosso personagem já vai parar no lugar certo, e dali só podemos virar a câmera que é apenas em estilo snap turn, mas para um jogo desse tipo não vi problema nenhum em ser assim. A vibração do PSVR2 funciona em algumas partes do jogo e os controles usam os haptics dos controles, deixando os botões mais duros de serem apertados, mas não senti tanta necessidade de ter isso, bom ao menos usaram essa função.

Os puzzles são interessantes, mas nem de longe são um problema que precisamos procurar a solução em algum site especializado, o que é até um pouco decepcionante pois torna o jogo mais fácil do que já é, mas nem por isso acaba com a graça de jogar.

Para mim uma das melhores coisas de Retropolis 2 é a dublagem dos personagens que mesmo sendo robôs com rostos inexpressivos, parece que cada um tem sua própria personalidade e nos abraça com um show de interpretação, um deles em especial é o Billy, um robô que está preso à sua função de “cancela” na porta do estacionamento do prédio da polícia há quase 65 anos… a conversa com ele me deixou chateado, juro. E isso me leva a outro ponto do jogo que para a maioria dos brasileiros é um problema, apesar do jogo oferecer vários idiomas de legendas ele não conta com idioma em português, e o que chega mais perto seriam as legendas em espanhol, ou seja, a maioria não vai nem sequer se interessar em um jogo onde o foco principal é a história se ele não a entende.

No geral Retropolis 2: Never Say Goodbye é um ótimo jogo para quem não está a fim de ação, e quer aproveitar uma ótima história mesmo que seja um pouco clichê de mais, a jogabilidade funciona muito bem, a parte sonora é ótima, os gráficos são bonitos, mas nada espetaculares, os puzzles apesar de serem fáceis são satisfatórios e a história é interessante. Com o preço de $24,99 dólares e chutando que custará uns R$ 124,90 na PSN brasileira, aconselho a esperar uma promoção caso não tenha pressa para jogá-lo.

Confira no vídeo abaixo as primeiras impressões de Retropolis 2: Never Say Goodbye:

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