Crow Country – Equilíbrio e nostalgia em evidência | Análise
Podemos dizer que o jogo é lindíssimo, com uma direção de arte fantástica, temos uma obra de arte que remete ao PlayStation 1
Analisado no PlayStation 5
Com jogos de terror e aventura, cheios de puzzles, o PS1 marcou a infância de muitos players em uma época que as gameplays começavam a se tornar ainda mais inversivas com exploração cada vez mais dedicada, despertando o interesse de todos naquele tempo. Os desenvolvedores de Crow Country visavam isso durante sua produção, prometendo entregar elementos da atualidade associados aos puzzles repletos de desafios que outrora obrigaram players saudosistas a comprar revistinhas de detonado. Mas, muito além de apenas esses fatores, eles também entregam um roteiro rebuscado e misterioso, junto a um dinamismo artístico que automaticamente lembra os jogos clássicos daquele período.
Em Crow Country, assumimos o papel de Mara Forest, uma agente que recebe a missão de encontrar Edward Crow, o dono do parque de diversões que havia desaparecido. Ao chegar no local, ela percebe que o parque está abandonado e que pessoas foram atacadas por criaturas assustadoras. Ao coletar alguns recursos, a agente encontra Arthur, um homem que foi ferido pelos monstros e está entre a vida e a morte.
O jogo se divide em 4 áreas referenciando Silent Hill e Resident Evil, sendo possível solucionar puzzles levemente complexos que sempre guardam locais que reservam itens especiais. Além disso, o jogo conta com 5 tipos de armas: escopeta, pistola, Magnum, lança chamas e granadas. Em termos técnicos, tudo funciona perfeitamente aqui. As mecânicas são bem modernas, tornando a jogabilidade mais familiar para os novatos. O combate é bastante satisfatório, sem grandes dificuldades, uma vez que os inimigos são bastante lentos, permitindo uma janela de fuga bastante promissora, bem como mata-los à distância. Muitos recursos são disponibilizados, tornando a experiência de sobrevivência menos angustiante, quando comparado aos clássicos de Survivor horror daquela época.
Graficamente, podemos dizer que o jogo é lindíssimo, com uma direção de arte fantástica, temos uma obra de arte que remete ao PlayStation 1, nos dando uma impressão bem próxima de um lugar abandonado e destruído que veríamos na época. Em contrapartida, a trilha sonora se apresenta inexpressiva, enquanto alguns efeitos sonoros funcionam bem, tornando a experiência mais tensa e imersiva em alguns momentos do parque de diversões. As armadilhas espalhadas pelo cenário são incríveis, desde itens falsos que explodem, até luminárias caindo do teto, capturando com excelência aquele feeling de exploração em busca de novos itens e chaves que abrem caminhos, e que deixam a gente curioso.
Particularmente, adorei passar um tempo este jogo. É um daqueles títulos autênticos que dão prazer em jogar, por se tratar de uma experiência de alta padrão dentro deste estilo proposto evocando toda a essência de games clássicos. Sem se alongar muito na gameplay, temos um incentivo equilibrado para investir nosso tempo. Formalizando o sentimento nostálgico junto a uma roupagem nova de survival horror, temos em Crow Country um dos jogos mais perfeitinhos e gostosinhos de jogar.