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Re:Zero kara Hajimeru Isekai Seikatsu – É bom ou é apenas mais um anime estereotipado? | Análise

O Desespero, a Ganância, a Loucura, a Desgraça, o Orgulho, a Bruxa…

Hoje vamos falar sobre um anime vencedor, não uma, mas sim duas vezes no Anime Awards: em 2017 e em 2021.

Agora para não perder o costume, bora de sinopse logo de cara:

“Natsuki Subaru, um adolescente comum, conhece uma linda garota de cabelos prateados vinda de outro mundo. Subaru quer ficar ao lado dela, mas o fardo que ela carrega é maior do que Subaru pode imaginar. Eles enfrentam o feroz ataque de monstros, traições, violência irracional…e, por fim, a morte. Subaru promete derrotar qualquer inimigo, qualquer destino, tudo para protegê-la. E assim, o pobre garoto sem poder algum obtém o “Retorno da Morte”, uma habilidade única que permite ao usuário voltar no tempo ao morrer. Usando esse poder, o passado é perdido e as memórias são reescritas.”

Bom como mencionado, esse anime ganhou prêmio 1 ano depois do seu lançamento, quando ele ainda estava bem fresquinho. Lançado em 2016 “Re:ZERO − Starting Life in Another World” rapidamente conquistou uma base de fãs. No entanto, os fãs tiveram que esperar alguns anos por novos episódios, já que o anime havia alcançado a história da light novel original.

Re:ZERO ~Starting Life in Another World
Re:ZERO ~Starting Life in Another World~ Director’s Cut

No que diz respeito à história do anime, na época acredito que a ideia de o protagonista, Subaru Natsuki, ter o poder de ressuscitar como um personagem de videogame era uma novidade. Devemos lembrar que em 2016, um dos gêneros mais populares no Japão foi o isekai, que consiste em histórias na qual pessoas são transportados para mundos “paralelos” sem conhecer ninguém, e claro, o protagonista costuma utilizar seus conhecimentos prévios da Terra ou então nasce com uma habilidade mágica poderosa que o destaca dos demais. Acredito que um dos motivos pelo qual esse anime se tornou tão popular no Japão, foi sua inspiração em estilos já existentes há tempos, como Digimon e Guerreiras Mágicas de Rayearth. O diferencial é vender a fantasia de uma pessoa sem muitos atrativos no nosso mundo que passa a ter alguma grande importância em outra realidade. E essa fantasia pegou em cheio uma parcela considerável do público japonês e também o ocidental.

Com um total de sete arcos diferentes, a história começa quando o jovem adulto Subaru Natsuki vai a uma loja de conveniência e, sem qualquer explicação, é transportado para um mundo fantástico, com criaturas mágicas e forte inspiração medieval. No novo mundo, o alfabeto é diferente, as frutas têm outros nomes e dragões puxam carroças de mercadores, aí pra ajudar, Subaru é um NEET ou “nem-nem” em bom português, um jovem adulto desempregado e sem perspectivas de crescimento na vida. Ele logo percebe que foi parar em uma história isekai que os otakus tanto amam e se anima com a ideia de estar lá, pois sua vida real o chateava. Como Subaru não consegue descobrir qual é o tal poder mágico que o destacará dos demais, aquele que todo personagem de isekai ganha, o jovem vaga com sua sacola de compras e seu celular flip que pra época era um top de linha.

Logo ele é salvo por uma bela garota chamada Emilia, que busca urgentemente um item furtado por uma “trombadinha”. Subaru decide ajudá-la a encontrar o item, mas, no meio do processo, ambos são levados a um bar na periferia e cruelmente assassinados. Poderia ser o fim, mas é então que o poder de Subaru se manifestae o rapaz descobre a maldição que lhe acompanhará por toda a série: ele pode retornar da morte assim como tal qual um personagem de videogame, toda vez que Subaru morre ele retorna a um “checkpoint” do passado, uma espécie de viagem no tempo, podendo refazer seus passos com os conhecimentos adquiridos pelo erro. A premissa de Re:ZERO então se apresenta: Subaru precisa evitar a morte de seus amigos, caso contrário ele precisa morrer para tentar de novo uma rota perfeita.

Em alguns momentos, como no mini arco de dois episódios, eu fiquei muito frustrado vendo o personagem principal só fazendo merda, que sob a minha visão não faz sentido no momento em que a história se encontrava. Aquela velha história que eu digo, está subindo a montanha russa e quando você pensa que vai ter uma queda cheia de adrenalina, acontece apenas uma quedinha para você se assustar a toa.

Re:ZERO ~Starting Life in Another World é, no mínimo, um anime interessante. Ele apresenta um mundo intrigante, ele é diferente da maioria dos isekais, e a direção do anime é simplesmente maravilhosa mesmo com a história se prolongando sem necessidade e as vezes algumas coisas não fazem sentido por não serem explicadas.

A obra tem algumas falhas? Tem, mas suas qualidades são inegáveis. Os diálogos são bem elaborados e Subaru é um personagem muito interessante, você passa da fase do ódio até a fase do “Ele até que se redimiu”. E antes que achem estranho, não falei nada sobre a abertura porque não achei grande coisa, porém a música é boa em todas as versões

Classificação de Conteúdo: A16 (Violência, Conteúdo Sexual)
Duração: 4 Temporadas, 40 Episódios
Distribuidora: Re:Zero Partner
Áudio: Japonês, Alemão, Português (Brasil), Inglês, Espanhol (América Latina)
Legendas: Alemão, Espanhol (América Latina), Inglês, Francês, Russo, Português (Brasil), Chinês Simplificado, Espanhol (Espanha), Italiano

Todos os episódios estão disponíveis com exclusividade na Crunchyroll.

E ai, o que achou da análise? Deixe seu comentário e dicas para as próximas.
Que o poder da rede de morfagem esteja com você! E até a próxima.

Leo Gomes

Viciado em Power Rangers, Comida, Cultura Geek e programas culinários
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