Analisado no PlayStation 5
Com uma pegada descrita como “Souslight”, Flintlock: The Siege of Dawn que foi desenvolvido pelo estúdio A44 Games e publicado pela Kepler Interactive, conta com inimigos que desafiam os jogadores, associado a um progresso que se perde em decorrência da morte, mas em contrapartida, entrega uma história e uma jogabilidade mais direcionada e acessível. Disponível no Xbox Game Pass, ele foi lançado em 18 de julho e pode ser adquirido no PlayStation 5, Xbox Series X | S e PC via Steam e Epic Games Store.
Em Flintlock somos levados ao mundo de Kian, onde um misterioso portal permite que os mortos escapem do submundo. Mas para o bem geral da nação, temos uma frente militar encarregada de combater essas criaturas, liderada por Nor Vanek, que por sua vez encontra-se bastante empenhada em destruir de uma vez por todas esse portal, sem imaginar que tal ação pode desencadear um apocalipse.
Logo após descobrirmos que a ação da protagonista desencadeia um desastre gigantesco, nossa missão já fica bastante clara: precisamos matar 3 deuses, que são responsáveis pelo apocalipse e nessa jornada enfrentaremos seus exércitos de mortos vivos, cavaleiros corrompidos e bandidos avulsos que cruzarão nossos caminhos, com intuito de impedir que alcancemos nosso objetivo.
Jogado em terceira pessoa, Flintlock é conhecido por se inspirar em Soulslike como Bloodborne, Elden Ring e Dark Souls, mas a verdade é que ele apresenta muito mais semelhanças com God of War e Banishers: Ghosts of New Eden, uma vez que conforme vamos jogando, ele se torna mais orgânico e intuitivo.
De início começamos usando apenas um machado, mas na sequência já desbloqueamos uma espingarda e aos poucos vamos destravando granadas e armas adicionais, bem como armaduras. Além disso tudo, os pontos de reputação podem ser usados para fazer upgrade de novas habilidades. Um detalhe interessante que me chamou muita atenção, é o contra ataque com a espingarda de Nor. Uma ferramenta poderosa e útil, mas com limitação de carga, que só recarrega e permite novos disparos após acertarmos quatro golpes nos inimigos.
Ter esse recurso sempre recarregado é primordial, uma vez que ele é a única forma de rebater muitos ataques poderosos, que são indicados por uma luz vermelha nos inimigos. Essa ferramenta possibilita que avancemos de forma agressiva, mesmo quando não parece muito prudente. Além das armas já citadas, temos também lança-chamas, canhões de mão e armas de longo alcance, ou seja, são armas mais robustas com poder de fogo mais eficaz, mas suas cargas são mais limitadas, sendo possível recarregá-las apenas em pontos de descanso. Então, minha dica é: sejam estratégicos com o uso.
Do meio para frente falta um pouco de desafio, confesso, mas nada que tire a diversão do jogo em si. Entretanto, os inimigos poderiam ser mais resistentes, sinto que a partir de alguns poucos minutos eles já desistem e entregam os pontos. Faltou performance aí.
Visualmente, o jogo entrega um trabalho ok, sem pretensão de se aproximar do ápice técnico que encontramos na atualidade. O game entrega características artísticas sólidas, mas nada que surpreenda ou que se tornem memorável em algum momento. Porém, como jogo de ação para players sem muita personalidade crítica, Flintlock: The Siege of Dawn é um jogo interessante, que rende aí, umas 15 ou 20 horas de jogatina agradável e consistente.
Apesar de se tratar de um jogo que tenta mergulhar nas águas que formulam o estilo souls, ele certamente capenga um pouco em virtude do orçamento e polimento, mas entrega um jogo bom de modo geral. Recomendo-o pela satisfação da jogatina. Mas se preferirem aguardar uma promoção, mal não vai fazer.