NBA 2K25 – Evoluiu, mas não inova muita coisa | Análise
Sempre com o intuito de ser um título acessível, o NBA 2K25 conta com seis níveis de dificuldade, o que auxilia bastante os novatos
Analisado no PlayStation 5
Ao longo dos anos, a série NBA 2K tem se destacado pelo realismo e fidelidade, tanto na jogabilidade quanto nos gráficos. Em NBA 2K25, isso se mantém, mas com poucas inovações em comparação ao seu antecessor.
É inegável que o aprimoramento de novas mecânicas, como o sistema de dribles, captura de movimentos, defesas e arremessos, fortaleça ainda mais o jogo como um dos melhores simuladores de basquete da atualidade, isso pode não ser suficiente para convencer quem já possui NBA 2K24 a comprar a nova versão.
A Visual Concepts, desenvolvedora de longa data da franquia, fez melhorias significativas na jogabilidade, tornando NBA 2K25 mais fluido e realista, incluindo um refinamento nos movimentos dos principais jogadores da liga americana, e o sistema ProPlay, que se baseia na captura de partidas reais para gerar animações, contribuem para uma melhor imersão.
Outro ponto de melhoria está na personalização, permitindo que os jogadores façam pequenos, mas importantes ajustes, como efeitos visuais e o timing dos arremessos. As trejeitos de cada equipe são visivelmente afetados no decorrer da partida, e personalizar jogadores, como um ala-armador ou um pivô mais focado em infiltração no garrafão ou na Linha de 3 pontos pode ser decisivo.
Sempre com o intuito de ser um título acessível, o NBA 2K25 conta com seis níveis de dificuldade, o que auxilia bastante os novatos visto a quantidade de comandos e combinações de botões. Até mesmo para jogadores experientes, passar ao menos 1h ou 2h nos tutoriais é quase um quesito obrigatório para não cair na frustação de sofrer com aquelas enterradas cinematográfica.
Quanto aos modos de jogo, eles permanecem praticamente iguais ao título anterior, com pequenos refinamentos e também um certo downgrade por assim dizer. O modo My Career, por exemplo, não empolga e ainda que o foco seja na história e progresso na criação do seu jogador, é demasiadamente burocrático progredir a carreira na NBA. O jogador escolhe seu time e deve enfrentar grandes equipes que dominaram o basquete americano, desde os recentes Golden State Warriors até a estrelada época de Michael Jordan nos Chicago Bulls.
O Streetball Co-op continua sendo um clássico da série e logicamente funciona caso você tenha com quem jogar. Já o MyTeam, com seu viciante e perigoso método de reputação, ao qual faz o jogador a acumular horas de gameplay para subir no placar de líderes. Distribuído por níveis de recompensas, temos aqui os famosos “pacotinhos” da discórdia e fatalmente a já famigeradas micro transações. Montar o time dos sonhos com lendas da NBA pode custar caro, mesmo com a inclusão de modos especiais e eventos exclusivos, é quase um “jogo do tigrinho”.
O modo MyPlayer permite a criação de um jogador com diversas opções de personalização e diferentes arquétipos. É possível escolher a posição em quadra, medidas e ajustas para potencializar os atributos individuais com ganhos e perdas em tempo real. O sistema Rebirth possibilita reiniciar o jogador com benefícios adicionais.
The City, com foco na exploração, agora maior e remodelado, traz novos eventos, prêmios e quadras de streetball. De fato, tem muito o que se fazer, itens para coletar e até uma pista de kart para pisar o pé no acelerador no melhor estilo Mario Kart, além de quadras temáticas.
O modo MyNBA/MyGM, é o suprassumo da gerência de time e francamente, é o menos atrativo. Embora tenha robustez nas escolhas, dinâmicas e consequências das decisões, ser o gerente geral e administrar um time pode não ser o modo mais atraente de NBA 2K25. A adição do evento especial “Era Curry”, que revive momentos importantes da liga e permite alterar o curso da história, é um ponto de acerto, mas focado tão somente para os aficionados da NBA.
Ao menos, o modo LEARN 2K, com seus minijogos e treinamentos, é o passa tempo viciante que além de aprimorar suas habilidades, divertem uma com boa dose de desafios e quantidade de opções. Modo fundamental para os iniciantes não só da série 2K como aquelas que não fazem ideia das regras do Basquete em geral.
O maior ponto negativo de NBA 2K25 está nas micro transações agressivas, especialmente nos modos MyTeam e MyCareer, que inevitavelmente podem promover o modo “pague para ganhar”. Existem três tipos de micro transações: VC (Virtual Currency), que é a moeda virtual do jogo e que pode ser comprada com dinheiro real, os Pacotes de Cartas que contêm inúmeros itens do jogo no geral, e a Action House, onde jogadores negociam itens em uma espécie de mercado livre com preços e transações pré-definidas.
É preciso pesar na balança o quão prejudicial podem ser as micro transações na saúde do game de forma geral pois não estamos falando apenas de itens cosméticos, mas sim aceleração de progresso em que Jogadores que gastam dinheiro real podem construir equipes mais fortes rapidamente, gerando uma desvantagem competitiva.
Em conclusão, apesar de NBA 2K25 apresentar melhorias significativas na jogabilidade e personalização, a falta de inovações substanciais em relação ao título anterior pode não justificar a aquisição para quem já possui NBA 2K24. Além disso, as micro transações agressivas continuam sendo um grande obstáculo, especialmente em modos competitivos como MyTeam e MyCareer, comprometendo a experiência de jogo. No entanto, para novos jogadores ou fãs dedicados, as melhorias visuais e o refinamento das mecânicas podem ser suficientes para torná-lo uma escolha atraente.