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Max Mustard – Impossível não gostar | Análise

Durante o jogo vamos recolhendo as moedas e comprando os upgrades em uma lojinha que fica no mapa

Analisado no PlayStation VR2


Lançado inicialmente para Quest 2, 3 e Pro, em 21 de março de 2024, a Toast Interactive agora presenteia os donos de PlayStation VR2 lançando uma versão aprimorada desse jogo de plataforma delicioso em realidade virtual, aproveitando os recursos existentes no óculos de realidade virtual da Sony e ainda dando uma polida boa nos gráficos.

A história de Max não poderia fugir da premissa básica dos jogos de plataforma, onde o vilão, Roboctocpus sequestra os Mudpups, criaturinhas adoráveis muito parecidas com os Bulbasaurs de Pokémon, e os prende pelos 40 níveis existentes no jogo, e é aí que entra Max com suas botinhas a jato e a missão de resgatar os Mudpups, encher o bolso de moedinhas (que servem para comprar upgrades) e derrotar Roboctopus e seus aliados.

Eu já tinha jogado Max Mustard no Meta Quest 3, e posso dizer que no PlayStation VR2 ele consegue brilhar muito mais, os gráficos estão mais polidos, não se vê serrilhados, tudo roda perfeitamente, mas o que mais me chamou a atenção foram detalhes de efeitos que não tinham no Quest 3, como efeitos de luz, sombra aprimoradas e reflexos em algumas partes de metal como o capacete de alguns inimigos, e isso fica bem nítido quando usamos a botinha a jato de Max que produz uma labareda de fogo, que ao chegarmos perto de paredes e inimigos podemos ver a iluminação refletindo neles, pode parecer um detalhe bobo, mas particularmente adoro esses detalhes sutis, e que fazem uma boa diferença quando estamos imersos na realidade virtual, pois deixa tudo mais bonito e natural, até as lentes do óculos de Max tem reflexo, algo que no Quest 3 não vi.

Os cenários do jogo são bem variados, trazendo paisagens verdes, com árvores, lagos, plantas etc… há uma variedade boa de fases, como fábricas, espaço, cavernas, mas senti falta de uma fase na neve, ou no deserto, ou alguma fase marinha, de qualquer forma todas as fases tem gráficos lindos e mesmo vendo as coisas lá longe elas são nítidas e conseguimos distinguir todo o caminho que iremos percorrer para salvar os três Mudpups filhotes e reuni-los com suas mães no final de cada fase. Algumas fases trazem armas especiais para nós que controlamos Max usarmos, e assim ajudar em sua missão, uma delas é uma arma de desentupidor de pia, bem parecida com a arma que Donald usa em Quackshot de Mega Drive (fui longe na referência agora hein) que serve para atirar nos inimigos e em botões-chave espalhados no cenário, a outra arma é um aspirador, que além de sugar as moedinhas e ativar as plataformas de ventiladores, também serve para sugar os inimigos e assim jogá-los contra outros, gosto muito desse tipo de interação a mais pois nos sentimos mais úteis na missão, além disso Max está sempre olhando pra gente quando o trazemos pra perto de nós e não tem como não ficar feliz com aquele rostinho super simpático e sorridente dele.

Falando um pouco sobre os controles, eles são bem simples, intuitivos, e nada complicados, há um botão de pulo que se segurarmos produz a labareda na bota de Max e nos faz ficar um tempo no ar, e outro botão é de chute giratório, uma ou outra coisinha vai mudar conforme os upgrades são comprados, tipo um tempo maior do funcionamento da bota no ar, o fogo dela que será útil contra os inimigos, e até o famoso “stomp” que é a “bundada” do nosso querido Mario, e uma particularidade que esse jogo implementou é a vibração no PSVR2, que a cada golpe que tomamos nosso headset vibra, fora o gatilho adaptável que também funciona muito bem quando estamos com a arma de desentupidor.

Durante o jogo vamos recolhendo as moedas e comprando os upgrades em uma lojinha que fica no mapa, mas essa parte dos upgrades confesso que fiquei um pouco decepcionado pois não precisamos da maioria deles, nem o chute giratório que é padrão é tão necessário para terminar o jogo, pois todos os inimigos são derrotados pulando em cima deles com o pulo simples, nem os inimigos com capacetes precisam de outro método para morrerem, o que facilita e muito o jogo, de qualquer forma precisamos comprar os upgrades na ordem que eles aparecem pois senão outros não surgem na loja. Mas quem sabe em uma continuação possam acrescentar esse tipo de dificuldade… e isso me lembra outra coisa, os Mudpups sequestrados são as únicas coisas que precisamos pegar nas fases, pois precisamos de uma certa quantidade deles para abrir as outras fases, só que eles estão em lugares muito fáceis de se encontrar, e no meu caso, em quase 100% das vezes passamos a fase apenas uma vez, o que mata o fator replay de procurar colecionáveis pelo jogo.

A parte sonora faz bem seu papel no jogo todo, mas apesar das músicas serem agradáveis, para mim algumas delas não condizem com o cenário que estamos, vou dar um exemplo de uma fase que seja meio rápida na minha opinião, mas a música é lenta, ou uma fase lenta com uma música mais animada e por aí vai. Não é ruim de forma alguma, mas parece apenas que estão fora do lugar.

Um fator que pode afastar algumas pessoas é em relação ao tempo de jogo, no meu caso terminei em pouco mais de 4 horas, pegando todos os Mudpups mas deixando um único upgrade pra trás que custa 12250 moedas e aí sim eu teria que repetir as fases acumulando moedas, aliás talvez eu precise fazer isso para ganhar um troféu, mas o prêmio em si não me chamou a atenção e não me faz ter vontade de acumular esse tanto de moedas só para obtê-lo.

Enfim, Max Mustard é um jogo lindo, com jogabilidade excelente, desafio na média para fácil, extremamente divertido, e que enriquece a biblioteca de jogos de PSVR2 que anda bem fraca até o momento. Recomendo fortemente.

Confira no vídeo abaixo o gameplay de Max Mustard no PSVR2:

Max Mustard

9

Nota

9.0/10

Positivos

  • Gráficos limpos, bonitos e detalhados
  • Controles ótimos
  • Som e músicas agradáveis
  • Divertido até o fim
  • Usa bem a vibração do headset PSVR2

Negativos

  • Um pouco curto, terminei em pouco mais de 4 horas
  • Sem idioma em português, mas não influencia no jogo em si.
  • Chefes e fases um pouco fáceis e sem fator replay
  • Upgrades pouco explorados
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