Mortal Kombat 1: Khaos Reign – Superficialmente divertido | Análise

Para quem quer violência gratuita e muito sangue, essa DLC é altamente indicada, exceto pelo preço atual que estão pedindo

Analisado no PlayStation 5


Para começarmos a falar da DLC de Mortal Kombat 1: Khaos Reign, precisamos relembrar alguns acontecimentos: Liu Kang recriou a linha do tempo de acordo com sua vontade. Nesta nova vertente, a paz reina entre o Plano Terreno e a Exoterra, com pequenas tensões políticas e pessoais entre eles. O torneio Mortal Kombat ainda acontece, mas de forma mais amistosa, como uma se fosse um jogo de verão com o propósito de confraternizar. Você pode conferir na integra nossa análise de Mortal Kombat 1 aqui.

Essa história, de fato, me empolgou bastante. Foi uma farofada sem limites, que rendeu muito hate por parte de muita gente. Mas eu mantive minha mente aberta e abracei o estranho mundo novo que a NetherRealm apresentou. Mas como eu sempre digo, esta foi a minha ótica, meu ponto de vista sobre o projeto e eu ainda mantenho essa opinião. MK1 é um jogo bastante interessante e divertido, e eu mantenho sempre a mente aberta quando o assunto é narrativa, claro, mantendo uma linha de raciocínio voltada para qual mídia está me apresentando tal história.

Soarei bastante controverso, visto que muitas análises tão descendo a lenha nesta nova DLC. Particularmente, não me desagradou, e não é porque eu tenho baixo critério, mas é porque eu não levanto expectativas sobre lançamentos e porque eu sei exatamente o que esperar de cada franquia. O que quero dizer com isto? Tratando-se de Mortal Kombat, um jogo que desde os primórdios lá em 1.992 sempre foi sobre lutas absurdas com muito sangue e bagaceira. E eu não digo isso de forma desdenhosa, eu digo isso com muito carinho e nostalgia. Então, olhando para este ponto, eu consigo entender que qualquer apelo narrativo que eles nos entreguem, é puramente superficial e tá tudo bem!

A nova DLC tenta de forma duvidosa, explorar o Havik como antagonista de todas as linhas do tempo, isso é fato. Eles não conseguiram apresentar para o público, o potencial que eles enxergavam no personagem. De maneira previsível, eles criaram um aglomerado de acontecimentos que tem como objetivo, juntar um leque de lutadores para chegar em um embate final, mas não antes de termos vários outros embates. Sério, alguém esperava ver algo além disso em se tratando de Mortal Kombat? A motivação de Havik gira em torno de transformar todas as linhas do tempo em caos e anarquia, simplesmente porque SIM! E embora muitos estejam dizendo que isso não sustenta uma boa história, eu discordo, nem todo vilão precisa ser humanizado com uma história de origem que explique sua motivação, que justifique seus poderes ou que seja cheio de carisma como o nosso amado Shang Tsung. Às vezes, só precisamos de um roteiro superficial que sirva de pano de fundo para lutas insanas e sanguinárias.

Nesta DLC veremos dos capítulos 16 ao 20, que dura em média umas 3 horas e pouquinho. Podemos controlar as versões femininas de Sektor e Cyrax, que na minha opinião ficaram ainda mais interessantes (mecanicamente falando), Tanya, Rain e Noob Saibot. Durante a história vamos nos deparar com diversos personagens queridos, e um deles é Johnny Cage, que infelizmente sofreu um downgrade em relação as piadas. Mesmo apelando para temas como Game of Thrones e 2ª Guerra Mundial, não consegui sentir aquela energia vista na primeira parte da história.

Algo que me chamou bastante atenção, é que as versões femininas de Cyrax e Sektor não são robôs e sim, pessoas utilizando trajes que modulam as habilidades dos droides já conhecidos. As duas são pupilas de Bi-Han (Sub Zero) e defendem o legado dos Lin Kuei, mas Cyrax passa a duvidar dos interesses deles. Com uma gameplay linda, graficamente falando, temos excelentes lutas e expressões faciais muito detalhadas, que associadas a dublagem em português brasileira, ficaram sensacionais, ainda mais realistas.

Era óbvio que Khaos Reign queria agradar com sua história, o que não é o caso, mas ele entregou 3 novos lutadores muito satisfatórios: Cyrax, Noob Saibot e Cyrax, além é claro, de mais 3 futuros lutadores que farão parte do elenco, sendo eles: T-1000 (antagonista do filme O Exterminador do Futuro 2), Conan, o Bárbaro (com a skin clássica de Arnold Schwarzenegger) e Ghostface (dos filmes Pânico). Como eles ainda não estão disponíveis, não é possível avaliar sua gameplay, o que resta é esperar.

No geral, Khaon Reign traz consigo uma atualização de animalities, que originalmente surgiram em Mortal Kombat 3, o que é uma adição bastante nostálgica e que ratifica a criatividade de mentes problemáticas que integram a equipe da NetherRealm, e eu não digo isso de forma pejorativa, espero que continuem por esse caminho. Para quem quer violência gratuita e muito sangue, essa DLC é altamente indicada, exceto pelo preço atual que estão pedindo, que particularmente, achei bastante agressivo, levando em consideração que é apenas mais uma DLC.

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